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MÊS ABR 2016 - DIAS 02 - 09 - 16 - 23 - 30 (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

A VIDA COMO ELA É (30/04/2016)

Há muitas coisas na vida que não imaginamos como são, mas quando passamos a vivenciar tais coisas, concluímos que sabemos pouco dos mistérios que a vida tem. E o mais interessante é que a cada mistério descoberto, queremos mais mistérios. E, como sempre digo - assim caminha a humanidade e rumo ao futuro, acrescentando sempre mais em sua trajetória.

Mas, como nem tudo é perfeito, há os retrocessos. E destes gostaríamos de não lembrar, mas está impossível, pois é notório que uma boa porcentagem da humanidade a cada dia que passa sofre retrocesso cerebral. Não sei se estou sendo claro, mas noto - ainda mais eu que trabalho com a mente humana, que muitos não querem aprender, muito menos apreender: preferem ser ociosos na vida. E, pensando em ociosidade, o que ela traz de bom ao ser humano?

Estar ocioso quando se pode é bom - pois não é só de trabalho que vive o homem, também de descanso, de lazer: como num fim de tarde sentar e esperar, como diz o popular, a hora passar - entre outras coisas; mas permanecer constantemente na ociosidade é prejudicial, deixa a mente cada vez mais lenta, mais preguiçosa, mais... E - assim falando - chegamos realmente ao estágio de possível retrocesso cerebral, pois nem simples informativo gostam de ler. Será que chegamos?

Será que chegamos próximo ao fim do poço? Se estivermos próximo ainda é possível reverter, mas se já estivermos com os pés no fundo? Certeiramente prefiro ficar com a primeira hipótese: próximo do fim, pois ainda existirá tempo de reverter. Mas a quem cabe esse papel de reverter? De buscar saídas? De correr atrás e mostrar que ainda existe tempo para mudar? E a resposta é uma só: cabe a todos, de maneira geral, à sociedade. E, como pertencentes à sociedade, estamos fazendo a nossa parte? Estamos alertando?

Sempre existe aquela fala: 'Estou fazendo a minha parte, e você?' - mas fazendo a minha parte da melhor maneira possível? Ou simplesmente fazendo? Ou, ainda, fazendo e não cobrando a si mesmo, mas cobrando os outros? Tudo a se pensar... Tudo a se pensar como a vida é. Simplesmente a vida é maravilhosa se a conseguirmos viver de forma plena. De forma saudável, harmoniosa - sem dependências nocivas, tanto fisicamente como espiritualmente.

A vida é como ela é mesmo - e a arte a imita. E digo a arte em todos os sentidos - todas as artes: cinema, televisão, escultura, pintura, música, literatura... E poderia sair citando muitas artes, mas paro por aqui que já sabemos onde podemos chegar - numa infinidade de artes, e ainda deixaríamos algumas de fora, pois cada um tem em si a sua própria arte - e, creio eu, a melhor arte é a de conhecermos a nós mesmos, assim passaríamos a conhecer melhor como a vida é.

E, falando em arte, não poderia deixar de lado uma arte que muitos não gostam nem de ouvir, muito menos de falar - a arte da política! Ah, essa é necessária, porém perigosa. Muitos não gostam, mas não percebem que fazem política desde que levantam (ou, ainda, quando dormem: pois escolhem o lado da cama que vão dormir). Mas, como citei, é uma arte tão necessária que, desde que mundo é mundo, ela existe e está presente na vida de cada cidadão.

Logo, como a vida é? É um verdadeiro ponto de interrogação. E não é um ponto de interrogação pequeno - é um ponto de interrogação bem grande, que talvez fosse necessário, após este ponto, usar reticências (pois nunca aceitamos o ponto final). Vamos vivê-la alegremente.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 30/04/2016 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.  

NADA MAIS IMPORTANTE QUE... (23/04/2016)

Outro dia postei numa das minhas páginas da rede social uma frase de Oscar Niemeyer: "Não há nada mais importante que a mulher, o resto é bobagem" - pura realidade (e muitas curtidas). E se passarmos a analisar, notaremos muitas verdades na citação.

Se levarmos em conta a sociedade machista em que estamos inseridos desde os tempos mais antigos - pra dizer, desde a criação do mundo, ou um pouquinho mais à frente, desde o tempo em que temos registros (para termos provas), vale lembrar que o homem foi criado e, posteriormente a mulher - e com qual intuito Divino? Este mesmo que o leitor acabou de pensar. Vamos aos detalhes.

Tomando como base o que muitos creem, e eu também creio, refiro-me às Sagradas Letras - a Bíblia, o homem foi criado e, após olhar tudo que tinha sido criado pelo seu Criador, argumentou com Ele dizendo que entre as criaturas criadas nenhuma lhe servia como companheira, e foi então que o Criador criou a mulher - como está escrito: da costela do homem. E por isso está escrito que o homem deixa a casa de seus pais e une-se a uma mulher e, ambos, tornam-se um - constitui-se a família.

E voltando ao intuito do Criador (pelo menos podemos imaginar - e se imaginamos foi porque o Criador nos deu este poder de imaginar), podemos nos interar que em todas as criaturas viventes foram criadas em casais - ou seja: para dar continuidade à vida. Ao homem foi dado o direito de pensar, de procurar, de se interar e, consequentemente sugerir uma companheira (como citei no parágrafo anterior): e pediu a companheira - a mulher. Esta que lhe estende as mãos desde o nascimento.

Um ser que por muitos anos foi considerada frágil, e que na verdade estava apenas oprimida, mas que em seu interior mantinha a chama viva de ocupar realmente o seu lugar dentro de qualquer sociedade, hoje ocupa - não como deveria ser, mas que pouco a pouco vem ocupando espaço nunca antes ocupado. E é visível de ver em todas as funções da sociedade - mas ainda aguarda (e com não muita paciência) o desenrolar dos fatos.

É notório, também, que muitos machistas ainda ocupam a sociedade e dela se acham donos - mas que lá no fundo sabem que não é bem assim. Dependem delas em boa parte da vida - inclusive para exercer a vida, se assim podemos dizer: nasceu de uma mulher. Por isso o dizer nada mais importante que a mulher.

Agora - digo, de alguns anos para cá, até a própria Justiça Eleitoral solicita aos partidos políticos que a cada quatro cidadãos inscritos para disputar um cargo, por exemplo, um tem que ser do sexo feminino. Caso contrário, nada feito. Mulher cada vez mais em alta - como deveria ser feito desde o princípio de sua criação - tanto que lá nas Sagradas Letras, em Gênesis, capítulo 2, verso 18, o Criador disse: "Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda" - logo: auxiliar, corresponder - e não ser-lhe serva, como muitos a fazem.

E, falando ainda nas Sagradas Letras, muitos são os entendimentos dos textos - muitas divergências sobre os textos que dela fazem parte, mas o mais importante de tudo é poder dizer que, a partir do assunto aqui tratado, há muitas passagens que cita o valor da mulher, como Débora (que foi juíza, profeta e estrategista militar do povo de Israel), Ester (judia, órfã, sábia - que se casou com Assuero, rei da Pérsia), Sara (mulher de fé, estéril, mas que deu a luz a uma criança - origem de todo o povo israelita) - entre outras. Então, 'nada mais importante que a mulher porque o restante é bobagem'.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 23/04/2016 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.   

CADA MINUTO VALE OURO! (16/04/2016)

E foi pensando sobre cada minuto que resolvi escrever essas linhas - cada minuto vale ouro, e muito ouro! Muito mesmo! Aliás, aos esportistas, frações de segundos valem muito, por exemplo. E são nesses desafios, nesses exemplos de vida, que encontramos forças para lutar, para seguir à frente sempre.

Se começarmos por grandes coisas - quanto vale o tempo? Uma pergunta um tanto pesada, desafiadora, mas que vale a pena pensar sobre. O tempo pode ser um sonho - que não sabemos exatamente quanto tempo demora, logo, não sabemos quanto vale - mas nos leva a refletir sobre o que sonhamos. E sonhamos sonhos altos e conseguimos em vários obter sucesso! Porém, outros com não muito sucesso - mas tentamos, e vamos continuar tentando, e aprendendo com os erros.

Outro exemplo: as grandes pesquisas científicas - quanto tempo os cientistas demoram pra chegar a um resultado positivo? São, em alguns casos, anos e anos de trabalhos, de testes em laboratório, depois aprovação pelo 'mundo científico', pelo conselho de ética, até chegar diretamente ao consumidor - e, o que esta aqui na ponta, sempre tem a esperança de que novas medicações vão chegar e ele vai se curar brevemente. Alguns alcançaram; outros apenas ficaram na esperança e partiram para outra dimensão.

Dado esses exemplos acima, é hora de pensar quanto está valendo o nosso tempo. Já parou e perguntou quanto está valendo o seu tempo? A começar pelo seu dia, pela sua hora, minuto, segundo? Chegou mais ou menos a qual valor? Creio que seria uma resposta um tanto forçada se estabelecermos valores, mas podemos pensar de forma diferente: está valendo a pena tudo que estou fazendo? E ainda mais longe: em que posso mudar para melhorar ainda mais as minhas ações aqui nessa dimensão chamada Terra?

As reflexões levam-nos a buscar saídas para melhorarmos o nosso ser. As leituras fazem-nos crescer - tanto em entendimento material como espiritual. São verdades absolutas - e então fico a pensar: por que quando somos jovens não escutamos os mais velhos e colocamos tudo isso em prática? Por que deixamos o tempo passar e, lá na frente, caímos na realidade, e ai notamos que está sobrando pouco tempo pra tudo o que desejamos fazer?

Logo, o que escrevi acima é uma verdade tão pura que poucos - quando jovens - não colocam em prática, e tem mais: dentro de casa vi isso. Sempre estou a ler... Pouco se lê em casa - refiro-me aos meus filhos. Leem basicamente o necessário, sem explorar esse mundo maravilhoso que a leitura nos proporciona. E não é falta de comentar, nem de incentivar - mas volto-me ao velho ditado: casa de ferreiro, às vezes, espeto de pau.

Talvez essa será uma dor que vou carregar aqui dentro - não consegui passar a ele o legado de minha existência. Ou será que quando mais velhos colocarão em prática? E, fico a pensar: será que estarei aqui nesta dimensão terráquea para saborear tal ventura? Se estiver, e se acontecer, contemplando direi que os minutos aplicados às advertências benéficas feitas a eles neste sentido estarão valendo peso de ouro dobrado, triplicado, ou mais. Logo, me sentirei mais completo do que hoje - e a um alto preço na cotação do outro. 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 16/04/2016 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02. 

EM CADA CAIXINHA, UMA SURPRESA (09/04/2016)

É muito legal quando o ser humano descobre nas palavras uma janela para o mundo - e tal passo se dá a partir do processo do contato com as letras. Alguns, quando já alfabetizados, vão mais longe ainda: recortam palavras de todos os tamanhos, de jornais e revistas, e as guardam em caixinhas de cores diferentes.

Creio que alguns já ouviram falar nessa atitude. É - pelo menos do meu ponto de vista, interessante. Já li também que alguns autores fazem isso quando lhes faltam assunto. Li, outro dia, um pequeno texto escrito por Eduardo Galeano que dizia sobre o assunto e até classificava as palavras em caixas de várias cores.

E suas cores chamaram-me a atenção. As palavras furiosas ficavam em caixas vermelhas, as amantes em caixas verdes, as neutras em caixas azuis, as tristes em caixas amarelas e, aquelas consideradas mágicas, com poder de magia, em caixas transparentes. A partir dessa descrição podemos ir mais longe ainda.

Fico a imaginar um trabalho diferente com as palavras. Chamar uma pessoa que tenha problemas de visão - falta de, e colocar as caixinhas em sua frente. Pedir que ela retirasse um papel de uma das caixinhas. Leria essa palavra ao cidadão e este imediatamente começasse a falar sobre. Se fosse uma palavra de magia, seria fácil - a transparência é a melhor das situações a serem desenvolvidas em qualquer canto. E se fosse uma palavra triste?

Em outra situação, pediria a outro cidadão que retirasse um papel - mas este de olhos vendados. Evita-se a escolha (pois nem sempre na vida temos escolhas). E se a palavra escolhida fosse de uma situação neutra? Seria este capaz de imediatamente começar a discorrer sobre? É de se pensar sobre as escolhas - que nem sempre podem ser escolhidas. Por isso que, quando se pode escolher, o melhor é pensar conscientemente e fazer a melhor escolha possível.

E na última situação, pediria a uma jovem que retirasse um papel. De olhos vendados - que sorte ela teria se lhe saísse uma palavra da caixinha verde. Toda apaixonada, com certeza não teria dificuldades em abordar o assunto. O jovem, por excelência, que num mundo maravilhoso, crê num mundo de magia, de paixões, e que tudo pode correr a seu favor: a lua, o sol, as estrelas, os ventos... E, se lhe caísse uma palavra da caixinha vermelha? Também não ficaria atrás, porque jovem em estado de alerta, por assim dizer, derramas fúrias em palavras e atitudes, não é mesmo?

De toda essa soma de ideias, posso dizer que ter o poder da palavra é fundamental. É uma arma, como costumo dizer aos alunos, que dificilmente vão lhe impedir de usar. A expressão 'botar a boca no trombone' cai bem para o momento. Dizer, conscientemente, tudo que tem vontade é uma dádiva do Criador ao ser humano. E em várias situações os homens as usam inadequadamente - por isso, também a expressão: 'erramos, porque somos humanos' - e é isso mesmo. Após essa vida, na imortalidade, não teremos este problema.

Agora vou fazer isso: pegar revistas e jornais e recortar palavras e classificá-las de acordo com as cores - mas surgiu-me uma dúvida: onde vou encontrar a receita de classificação das palavras? Fico a pensar... 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 09/04/2016 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02. 

SONHOS QUE SE VÃO (02/04/2016)

Fiquei pensando em todas as coisas que a humanidade já fez - e tudo, creio eu, partiu do querer, do desejar, e do desejar cada vez mais. Do sonhar, talvez. Sonhar é uma questão de dois pontos de vista, além de interpretação: eu sonho querer algo e vou atrás do meu sonho (é o primeiro), e o sonho (é o segundo).

Creio que começar pelo segundo parece-me ser mais fácil. Tenho alguns amigos que dizem que sonham colorido - eu raramente sonho (ou não me lembro do sonho que sonho), mas quando lembro esse está em preto e branco - pb, como costumo chamar. Eu acho graça desse meio jeito de ser, de ver as coisas, tanto acho que me renderam alguns textos sobre o assunto - e em forma de carta (e alguns publicados e respondidos pelos poucos leitores que tenho).

Outro dia pesquisei e descobri, se é verdade ou não, não sei, mas que todos sonham. Mas - lá aparece o mas, nem sempre lembramos o que sonhamos. E eu sou a prova viva dessa situação: não lembro o que sonho (se dizia lá que sonhamos todos os dias). Agora, dificilmente eu sonhar, mas quando sonho a maioria dos sonhos acontecem. Não sei explicar tal fenômeno, mas comigo é sempre assim. Às vezes até pergunto aos amigos se estes sonham - dizem que sim e com uma boa frequência. Acho-me, então, um ser de outro planeta, talvez.

Sonhar. Querer e ir atrás: é algo que a raça humana traz em seu DNA - vamos dizer assim. É a força de vencer os obstáculos que fortificam os sonhos, que fortifica a vontade de correr atrás do que deseja. Digamos que não são fáceis determinadas coisas, mas se o homem navegou por mares nunca dantes navegados, se foi para o espaço - lançou sondas, satélites, foguetes e chegou à Lua, por que não chegar noutros lugares? Por que não alcançar outras coisas que são menos corriqueiras? Sonhar alto faz parte.

A palavra principal neste momento chama-se força de vontade de desafiar a si próprio. Querendo, ou não, essa é a ideia principal - força de vontade de desafiar-se. Quando se quer, se deseja, luta-se veemente até conseguir o que deseja. E depois - nós, os humanos, não paramos: sempre queremos mais. Esse poder torna a raça humana maravilhosa! Torna-a diferente de tudo que se pode imaginar. Creio que torna-a tão ímpar que, se houver vida em outros planetas, a nossa está entre as melhores, ou a melhor.

Nestes últimos tempos o povo brasileiro sonhou com um país livre de corrupção - e sonhou tanto que foi à luta: foi para as ruas. Gritou palavras de ordem contra os governantes, gritou pela democracia, gritou pelos seus direitos de cidadão que não está sendo respeitado (e não precisa ir longe para conferir: a Educação, a Saúde, a Segurança Pública, etc. em maus lençóis). Então... E o sonho retomado, a euforia... E nem sempre respeitados.

Somos um povo sábio e queremos um país livre da corrupção, dos maus tratos - mas vale lembrar que só é possível quando se une - e não contra um partido, mas sim a favor da democracia, da justiça, da liberdade, da paz, do amor, da igualdade social. E tudo isso são sonhos sonhados, e não em pb, mas colorido. E bem colorido - com as cores maravilhosas e vivas da nossa bandeira nacional - um símbolo de uma terra que poderia estar jorrando leite e mel, mas ainda não. 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 02/04/2016 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02. 

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