LEIA E FAÇA O SEU COMENTÁRIO EM CONTATO      

MÊS DEZ 2011 - DIAS 03 - 10 - 17 - 24 - 31 (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

RETRO E PERSPECTIVAS 2012 (31/12/2011)

Em 2011, que dentro de poucas horas se finda, como colunista falei de tudo um pouco: desde enaltecer a nossa cultura, o nosso povo até fazer críticas sobre os mesmos - mas críticas que procuravam apontar possíveis saídas aos araçatubenses que nos liam, que nos enviavam e-mails, ou faziam comentários quando nos encontravam nos ir e vir da vida. E, claro que não são muitos, mas os poucos que tecem seus comentários deixam o cronista a pensar cada vez mais na responsabilidade do ato de escrever, logo, é necessário ler constantemente, estar aberto a receber opiniões e sugestões, e estar por dentro do que acontece em nossa cidade e região.

Numa breve retrospectiva, abrindo o ano falamos de sorte, de sucesso e - acima de tudo - de trabalho: tudo pode correr a favor, mas somente o trabalho que concretiza. Somado a tudo isso, o caminho do amor faz crescer quando a felicidade está em nós: ou seja, depende exclusivamente de nós. No segundo mês continuamos falando de transformações e que dias melhores viriam - bastando apenas fazermos a nossa parte. Em março os araçatubenses foram ressaltados com citações de várias atividades culturais, fechando - ainda - com um episódio interessantíssimo: 'Velas coloridas' (presente a uma namorada). Em abril o destaque ficou por conta da crônica 'Sonho de um sonhador cultural', onde ficaram registrados os premiados do Troféu Odette Costa 2011, onde este colunista também recebeu o prêmio por divulgação cultural na categoria Blog de Mídias Livres. Maio destaca-se pelo assunto de como ter um bom blog. Em junho 'Cronicando': um rápido comentário sobre os tipos de leitores e seus interesses dentro do jornal. No mês de julho 'Ser escritor ou estar escritor': um rápido comentário sobre o dia do escritor. No mês que não tem feriado, agosto, os e-mails entraram em discussão - ter ou não ter: é necessário? Em setembro os destaques dos textos ficaram por conta da Semana de Literatura - ação, reação e participação. Outubro e as flores nas janelas. Novembro de pura reflexão: o brasileiro acaba se contentando com um pouco de amor, de pão e de circo - será? Fechando o ano, ficou registrado o aniversário de nossa cidade, completando 103 anos - e com muita arte.

E para o próximo ano, o que se pode esperar o leitor?

Pode esperar, novamente, de tudo um pouco: paixão, amor, felicidade, dores, sorte, sonhos, sobre a arte de escrever e seus escritores, literatura e suas boas leituras, atividades culturais - teatro, danças e seus festivais, sobre fé e suas religiosidades, sobre Araçatuba! E sem esquecer, com certeza, de comentários sobre um dos assuntos que mais tomarão as páginas dos jornais: as eleições municipais. Quais serão os candidatos ao cargo Executivo? Quais serão os candidatos aos cargos do Legislativo? Alguns serão eleitos pela primeira vez, outros tentarão ser eleitos novamente - mas todos, a princípio, com um único propósito: servir o povo - como diz todo cidadão de sã consciência. Como eu gosto de usar esta expressão: será?

E fechando este ano, este colunista deseja a todos os leitores que o ano que dentro de poucas horas se inicia seja repleto de paz, de amor, de felicidades, de grandes sonhos realizados e que, acima de tudo, o Ser Maior - Deus, nosso Criador, esteja presente em todos os lares com suas bênçãos e dando a força necessária a cada um para vencer os desafios que a vida proporciona, pois somente através d'Ele que alcançaremos o que desejamos tornando-nos mais que vencedores. Feliz 2012!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 31/12/2011 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.    

VÉSPERA DE NATAL (24/12/2011)

Hoje, sábado, vinte e quatro de dezembro: véspera de Natal - um dos dias mais comemorado dentro das celebrações cristãs, pois o Verbo se fez carne e nasceu para salvar o mundo, ou pelo menos para as criaturas que nele crer.

Fez-se carne e habitou entre os homens; ainda menino, no meio dos doutores foi encontrado e havia de muito os superado; adolescente foi batizado; homem feito realizou curas, milagres, ressuscitou morto e cumpriu o propósito do Pai: morreu crucificado para salvar a humanidade de todos os males cometidos (e perdoou os que o crucificaram, pois não sabiam o que faziam) - mas ainda hoje poucos dão valor a este feito.

Na data de hoje as famílias se reúnem de todos os cantos - são estradas movimentadas e nem todos respeitam o trânsito, causando assim tristezas e mortes - para a celebração cristã: mas será que todos sabem do valor (e dar valor) a esta data simbólica tão maravilhosa? Ou será que é apenas mais um dia de grandes banquetes, regados a muitas bebidas, conversas fiadas e, quando não, discussões desnecessárias - pois mentes alteradas geram confusões.

Famílias reunidas em busca da paz - a paz que o menino Jesus pregou desde que nasceu, pois a sua estrela brilhou altamente no céu e os reis vieram de longe adorá-lo, presenteá-lo: nascia o Rei dos reis. Hoje, independente do credo religioso, todos buscam esta estrela maior: a representação da paz. Um ponto de apoio que almejam; que precisamos.

Natal traz em si uma mensagem que, ao longo dos anos, foi sendo espalhada entre os povos - e, de geração em geração, chegou aos nossos dias como conhecemos: paz, muitas comidas e bebidas boas, inclusive com o Papai Noel em seu trenó distribuindo presentes - e a criançada toda feliz esperando pela hora do 'bom velhinho'. (E muitos ainda pensam em dizer aos pequenos que o 'bom velhinho' não existe, que é apenas uma criação ilusória - mas por que não deixar este ser folclórico, se assim posso dizer, na mente dos pequenos somados a mensagem natalina? É hora de pensar de maneira diferente deixando sempre a paz reinar.)

Apesar de todo propósito que o Ser Maior criou e com o envio do menino Jesus reforçou-o, o Homem - um ser que Ele criou a sua imagem e semelhança, muitos pensam apenas em aproveitar do seu próximo, seja na exploração através da mente ou do trabalho (e, provavelmente neste dia estarão sentados à mesa fartamente, junto de seus familiares, sem pensar nos males que cometeram - mas será que no último dia, no juízo final, se livrarão da condenação final?).

Neste dia - que todos buscam a paz, a solidariedade entre os povos, é mais um momento de reflexão e de perdão interior. É mais um momento de remissão dos possíveis pecados cometidos consciente ou inconscientemente - mas, tendo em vista que os cometidos conscientemente têm um peso bem maior em cada ser.

E, fechando esta penúltima coluna do ano, desejo aos leitores e aos nossos familiares um Natal repleto de paz, de amor, de reunião em família - e de promessas de grandes realizações para o próximo ano: da busca da paz entre os homens e, principalmente, da busca da paz interior. Feliz Natal!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 24/12/2011 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.     

MUDANÇAS DE ARES (17/12/2011)

Sabemos que as mudanças de ares de vez em quando fazem bem. E não somente ao corpo, mas também a alma. Logo, se assim é, por que não mudar? Dizendo de forma mais objetiva, por que não ousar de vez em quando - ou sempre?

Mudar faz ter novos olhares sobre as coisas - são novos paradigmas que, aos poucos, vão sendo (re) criados. Mudança faz pensar. E, por mais que pareça complicado dizer, poucos seres hoje em dia andam a pensar - pois boa parte prefere pegar pronto.

Algumas pessoas prometem a si mesmas que, pelos mais variados motivos, o iniciar de cada novo ano será de mudanças - e preste bastante atenção em seus amigos e amigas, pois o dia primeiro de janeiro está chegando! Mas o ano começa, depois segue mês a mês e logo termina e nada de mudanças. Por quê? Será medo? Ter medo do desconhecido faz parte do ser humano - por isso ele ainda vive, mas faz parte da espécie humana ser ousada.

As mudanças podem e devem ocorrer de forma significativa em cada ser - pois cada ser é único, logo, somente cada ser pode fazer com que as mudanças ocorram. E, se cada ser pensar que somente ele faz a diferença em si e em seu espaço (junto dos outros seres dentro da comunidade em que está inserido), não titubeará nunca por mudar.

Pelo olhar do corpo, os novos ares - as mudanças em si - causam preocupações, além de alguns incômodos. É uma inquietude danada, um cansaço físico que demanda esforço de adaptação. E, pensando bem, o homem saiu do campo e veio para a cidade - e aqui se estabelecendo ao longo dos anos passou a respirar um ar poluído, além de ser ainda mais escravo dos deveres. Passou a ser escravo de si mesmo - seguido cada dia mais de perto da escravidão tecnológica que tanto pode ajudar, como também pode causar danos irreversíveis quando não usada de forma adequada.

Pelo olhar da alma, os novos ares - as mudanças em si - causam preocupações sim, mas faz com que o ser humano olhe além do horizonte. E olhar além do horizonte é reconhecer que está vivo e que precisa de transformações - e de certa forma urgente. Olhar além do horizonte é viver a imaginação - é viver cada vez mais as fantasias que ultrapassam os seus limites: é a busca da plena realização como ser pensante que é. É o ser Homem.

Alguns homens, como tal que foram, conseguiram grandes mudanças. E tais mudanças fizeram grandes diferenças a raça humana - e até os dias atuais alguns exemplares da raça humana ainda fazem a diferença. Para entender melhor o que escrevo, as grandes invenções fizeram do homem o que ele é hoje - alguns exemplos: a energia elétrica, o telefone, o computador, as grandes descobertas científicas em busca da cura. Tecnologia! É muito ruim imaginar as coisas sem a energia elétrica: como ter claridade durante a noite; como falar com amigos de longas distâncias; como ler mensagens instantâneas, ou até mesmo acessar excelentes bibliotecas virtuais; como ter o prolongamento da vida. A citar apenas estas, mas muitas outras poderiam ilustrar este parágrafo - e você, caro leitor, pode fazer uma varredura em sua mente e, com certeza, acharás muitas coisas inventadas pelo homem que até hoje fazem diferença - e melhor de tudo: a cada momento que passa o ser humano vai aprimorando o que os seus ancestrais construíram (pena que nem tudo leva a edificação!).

Aproveite o final de ano e o iniciar do próximo e não prometa mudanças de ares, mas faça as mudanças de ares acontecerem - comprometa-se com você mesmo e mude! Só você pode fazer a diferença em você e no local em que você vive. Pare, pense e mude: faça a diferença!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 17/12/2011 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.      

A ESPERA (10/12/2011)

Você, caro leitor, já imaginou o que a palavra 'espera' causou, causa e ainda causará nas mais prodigiosas mentes humanas? Imaginou?

Pois bem, o ser humano é o único ser que - de acordo com a ciência - pensa! Sendo assim, em primeiro plano, a ideia de esperar é desafiadora. Desafiadora de todos os pontos de vista. De todos mesmos, a começar pelo ponto mais próximo: a própria espera de revelação do 'eu' pessoal. O próprio se encontrar no mundo.

Imagine-se numa situação de espera em uma rodoviária, ferroviária ou em um aeroporto a espera de uma pessoa amada e, lá fora, o tempo desaba em águas: muita a água a cair mesmo, trovoadas, relâmpagos, raios a rabiscar o céu e ninguém a dar uma simples informação - e já se vão mais de meia hora de espera!

Imagine-se como amante, após uma longa discussão, a espera de um novo encontro para tentar reativar os laços que os une, as juras de amor - a espera da paz. Imagine-se à frente de uma vaga de emprego - vários candidatos; entrevista e dias de espera no desejo de ser chamado. Ou, após o árduo e doloroso vestibular, imagine-se...

Imagine-se um político que, a princípio, defende de unhas e dentes os direitos dos cidadãos - mas sempre de olho no resultado das próximas eleições. Imagine-se um médico que, à beira do leito de um paciente moribundo - e que já fez o que estava ao seu alcance, vê ela se aproximar - a morte - e nada mais pode fazer. Imagine-se um advogado que, por ofício de profissão - mesmo sabendo do erro do condenado a ser julgado - faz o melhor para inocentá-lo, ou - se ainda possível, pelo menos abrandar a pena a parti do ato que cometeu.

Imagine-se um professor que, durante todo o ano letivo, ministrou conteúdos à sua turma - mas alguns ficaram (não conseguiram êxito), pois não conseguiram acompanhar. Imagine-se um escritor que, após longas horas de trabalho, espera pela publicação e momentos de autógrafos - a glória!

Imagine-se um goleiro de seu time em final de campeonato - e não podendo levar gol - mas seu time não ataca, pelo contrário, sofre grandes ataques... Imagine a consagração, ou a insatisfação de ficar com o segundo lugar e balbuciar que faltou pouco!

Imagine-se um pai de família que aguarda trinta dias de árduo trabalho para pegar o seu salário (digno, mas em sua maioria muito pouco) para sustentar esposa e filhos - quando não, e também, certos vícios. Ou doenças;

Imagine-se a futura mãe a espera de um resultado de teste de gravidez - um filho, uma filha! Se positivo, nove meses de expectativas. O nascimento, o desenvolvimento, a infância, adolescência, idade adulta, velhice... O ciclo da vida! (E, depois, muitos filhos e filhas não dão o valor necessário aos pais!) Que mundo, meu Deus, de esperas!

São tantas coisas a imaginar pela espera - inclusive pela publicação destas poucas linhas: e, ao acordar de mais um sábado, recolher o jornal e ler - novamente - o texto materializado no papel. São tantas esperas... E em breve: a chegada do natal, do ano novo. E com isso o ser humano vai se realizando, vai renovando as esperas - e estas, aos poucos, vão sendo realizadas tornando-se assim um ciclo de novas esperas, de novas realizações, de novas imaginações.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 10/12/2011 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.       

ANIVERSÁRIO DE ARAÇATUBA COM ARTE (03/12/2011)

Mais uma vez Araçatuba está em festa: 103 anos! E com muita arte e beleza: 'II Olhar Arte', Circuito de Artes Plásticas. Os festejos aconteceram no MAAP - Museu de Artes Plásticas e no Teatro Castro Alves - ambos na rua Duque de Caxias.

Durante a semana dos festejos - que se iniciou no dia 24 de novembro - o público que por lá passou apreciou obras de artistas locais que nada deixaram a desejar de artistas renomados, além de apresentações musicais, workshop, intervenções, bar cultural e festa a fantasia. E tudo numa excelente harmonia e organização.

Na semana ainda houve a premiação do II Olhar Arte, sagrando vencedora a artista plástica Fernanda Russo, pelo conjunto da obra: Imaginário Feminino - desenho digital sobre fotografia. Em segundo lugar ficou Paulo Martins, com a escultura 'Casal'. Em terceiro lugar Roberto Raniel, com a obra 'Representação', categoria pintura. O circuito de artes também contou com a participação de Edna Badu (menção honrosa, com a obra Força da Floresta, Série Amazônica - óleo sobre tela), Ronaldo Almada (menção honrosa, com a obra Fragmentos - pintura e desenho), Margareth Martins (menção honrosa, com a obra Musa Ausente - escultura), Mário Bueno (pintura), Ana Almeida (mosaico), Duxtei Vinhas Itavo (óleo sobre tela), Thiago Gomes Rabelo de Melo (mosaico), Henry Mascarós (acrílico sobre tela), Mildred Lourdes Pacitti Rocha (nanquim sobre papel), Jane Andrade Valença Ramos (nanquim sobre papel cartão), Dior Orlando dos Santos (aerografia sobre tela), Marta Recchia Prado (óleo sobre tela).

Também durante esta semana de festejos, a Oficina Cultural 'Silvio Russo', entregou à população araçatubense um painel restaurado do pintor Sílvio Russo - que aqui viveu durante certo tempo de sua vida e pai da artista plástico Fernanda Russo - e que está numa das paredes do MAAP. Além da entrega neste último dia primeiro de dezembro, foi exibido um documentário de 45 minutos sobre a vida do artista.

Desde sua fundação - há 103 anos, Araçatuba passou (e passa) por grandes transformações. E entre as transformações, passou de uma simples cidade pacata do interior para uma cidade que apresenta, em seu meio artístico, grandes acontecimentos: Festara - Festival de Teatro, Semana de Literatura, Concurso Internacional de Contos, Circuito de Artes Plásticas, entre outros - e ainda conta com nomes locais de peso em todas as áreas. E, tudo isso, vem somar e diversificar a vida dos que aqui vivem, aumentando o desejo de crescer.

Com toda certeza, cabe ao cidadão araçatubense, incentivar ainda mais (cobrar quando pode) e comparecer aos eventos, pois está se fazendo, está acontecendo, mas ainda há pouca participação dos munícipes. E fico cá a pensar: se temos tão poucos acontecimentos artísticos, estes - com certeza - deveriam estar lotados. Mas, onde estão os nossos amigos-cidadãos? Depois, não adianta reclamar, pois avisados estão. Há um versículo bíblico que diz: 'No pouco foste fiel, no muito te colocarei'. Logo, se temos pouco, temos que comparecer - e, comparecendo, automaticamente nossos políticos poderão acordar e trazer mais acontecimentos artísticos. Mas é preciso comparecer!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 03/12/2011 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.        

© 2016-2025 Escritório: Avenida das Casas, nº Das Portas, Araçatuba - SP
Desenvolvido por Webnode
Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora