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MÊS MAR 2020 - DIAS 07 - 14 - 21 (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

OS LIVROS PERDIDOS (21/03/2020)

Creio que nem todos possuem conhecimento que muitos livros se perderam no tempo e espaço - e sabe-se lá onde foram parar. Alguns, com o passar dos anos, começam a aparecer através das escavações, outros nunca mais aparecerão (talvez: foram queimados, jogados nas águas, não é mesmo?). E, de certa forma, a humanidade que perde...

Estava eu a papear estes dias com alguns amigos, e conversa vai, conversa vem, tocamos neste assunto de livros perdidos. Naquele momento lembrei do Livro das Guerras do Senhor (Javé) - quando escrevi sobre o Pentateuco (publicado aqui neste Jornal no dia 03 de março deste ano, na Coluna Amolivros). E um deles me disse: "Você que gosta de estudar assuntos referentes à Bíblia, leia os Evangelhos Perdidos", e no mesmo dia comecei a pesquisar sobre.

Chegando em casa fiz várias pesquisas sobre o assunto, assisti vídeos, ouvi alguns a favor, outros contra, mas o mais interessante é a força política que tem por trás de tudo isso - penso e ao mesmo tempo pergunto: 'por que determinados livros foram tirados de circulação'? Independente do credo religioso que seguimos, o conhecimento não nos tira do caminho que queremos seguir - ou seja, estamos num país livre, democrático, e seguimos o que queremos seguir, acreditamos no que queremos acreditar - e ponto! - mas certamente não era assim em outros tempos, principalmente porque poucos detinham o conhecimento da leitura e da escrita.

Fiz uma pesquisa, e encontrei vinte e sete livros citados nas Sagradas Letras que não se tem notícias deles (base referencial: a Bíblia Sagrada, versão Católica). No Antigo Testamento: 1-Livro das Guerras de Javé, 2-Livro do Justo, 3-Provérbios e Cânticos de Salomão, 4-Livro dos Atos de Salomão, 5-Livro das Crônicas dos Reis de Israel, 6-Livro das Crônicas dos Reis de Judá, 7-Livro do Profeta Natã, 8-Livro de Samuel, o Vidente, 9-Livro de Aías, o Silonita, 10-Livro de Ado, o Vidente, 11-Livros de Semaias, o Profeta, 12-Livro dos Reis de Judá e Israel, 13-Livro dos Reis de Israel e Judá, 14-Livro dos Reis, 15-Anais dos Reis de Israel, 16-Comentários de Jeú, filho de Hanani, 17-A História de Osias, por Isaías, filho de Amós, o profeta, 18-Palavras de Hozai, 19-Livros dos Medos e dos Persas, 20-Anais do Pontificado de João, 21-Descrições de Jeremias, o Profeta, 22-Memórias e Comentários de Neemias, 23-Os Cinco Livros de Jasão de Cirene. No Novo Testamento: 1-A Epístola Prévia de Paulo aos Coríntios, 2-Epístola de Paulo aos Laodicenses, 3-A Profecia de Enoque, 4-A Disputa pelo Corpo de Moisés.

Além desses - com outro enfoque, também pesquisei sobre os tais Evangelhos perdidos - tendo por alguns como proibidos. A Bíblia Sagrada atual reconhece apenas quatro Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João - mas há alguns perdidos (que foram citados em estudos antigos e não se acharam ainda), e outros que foram achados ao longo dos anos, que são: o Evangelho de Tomás, o Evangelho de Maria Magdalena, o Evangelho de Pedro e o Evangelho de Judas Iscariotes.

Mas, de certa forma, podemos ir mais longe ainda, se pensarmos quando a Biblioteca de Alexandria foi queimada - quanto de conhecimento humano acumulado ao longo do tempo foi perdido? Talvez incalculável, e de certa forma nunca mais reconquistada! Ou, ainda, a Grande Biblioteca de Bagdá (a maior do planeta) - quando os mongóis a tomaram, fizeram questão de jogar os livros no Rio Tigre, que ficou seis meses com suas águas pretas pelas tintas dos pergaminhos.

Pensando em tudo isso: quantos livros importantes se perderam antes da invenção da prensa, por Gutemberg? Com certeza - muitos (tantos livros, como anotações importantíssimas). E indo mais longe: por que hoje em dia não há grandes leitores, ou ainda: quando se fala em ler, poucos têm o gosto ou a iniciativa para tal... E, assim, é sabido que através da leitura se tem conhecimento - o melhor a fazer é não perder tempo... Leia já!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 21/03/2020 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.

NEM TUDO SABEMOS (14/03/2020)

Você, assim como eu e outros tantos, não somos detentores do saber. Entenda-se: conhecemos muitas coisas, mas não todas (e ainda bem, porque, caso contrário, poderíamos nos vangloriar - e não fomos criados com este intuito pelo Criador).

Não saber, porém, não é motivo algum de sermos classificados de péssimos. Agora, não saber e não ter interesse em aprender, aí podemos dizer que se trata alguém com total falta de. (Semana passada escrevi neste espaço sobre uma pesquisa que li, e nesta pesquisa citava que temos que nos mostrar interessantes, conhecedores das coisas, dos fatos, das histórias, para as pessoas terem interesse em nós, caso contrário - estamos fadados a sermos pessoas consideradas 'comuns'.)

E fico cá a pensar com os meus poucos neurônios que teimam em permanecerem ativos - e ainda bem: por que será que nem todas as pessoas pensam assim? E cito um exemplo corriqueiro do setor que trabalho (e de certo modo, alguns têm razão quando dizem certas atrocidades sobre estes): falta de preparo para o exercício da profissão no dia a dia de trabalho.

O exemplo mais claro que posso citar: não estar preparado para enfrentar uma sala de aula. Ou seja, não dominar o conteúdo a ser passado. Conversando com determinada professora outro dia, esta citou que precisaria passar aos seus pupilos a História da Língua Portuguesa, e não sabia por onde começar - aliás, não sabia nem onde buscar o material. Intrigou-me mais ainda: seria necessário para o outro dia, e ela não sabia o que fazer (e já se fazia final de tarde...).

Questionei-a sobre sua formação (sou meio assim mesmo - quem me conhece sabe disso: às vezes desagradável, tosco); ela falou-me e falou-me, não me convenceu, mas mesmo assim disse a ela: 'Vamos começar levando à sala de aula o mapa...' - e busquei o Globo que estava ali próximo de nós e explanei sobre a História da Língua Portuguesa, desde a sua origem latina (latim vulgar falado pelos soldados romanos), conquista pelos mesmos das terras europeias (saída da Península Itálica) até chegar à Península Ibérica, formação posterior do Reino de Portugal; comentei sobre alguns textos; comentei a história de Portugal como uma das maiores nações do mundo; as grandes navegações e suas descobertas - colonização de África e América (e posteriormente o legado deixado a esses continentes); e assim, quando olhamos o relógio, lá se tinha eu falado mais de uma hora...

Eu amo a Língua Portuguesa, principalmente a parte histórica, geográfica - incluindo a sua belíssima Literatura. Como não citar a Cantiga da Ribeirinha - primeiro documento histórico que se tem notícia em nossa língua (de Paio Soares de Taveirós), como não citar Os Lusíadas (Camões), Sá de Miranda, Almeida Garret, Camilo Castelo Branco, Florbela Espanca, Alexandre Herculano, como não citar Fernando Pessoa e seus heterônimos (como Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro, com sua vasta obra: Poemas de Álvaro de Campos, Mensagem, O Livro do Desassossego), Eça de Queirós (obras que merecem destaques: O Crime do Padre Amaro, Os Maias), José Saramago (obras de destaques: Memorial do Convento, Ensaio Sobre a Cegueira, O Evangelho Segundo Jesus Cristo), Margarida Rebelo Pinto (Diário da tua ausência, O Dia em que te esqueci, Não há coincidências), Antônio Lobo Nunes, Lídia Jorge - entre outros...

E, depois desta longa conversa, à noite enviei a ela alguns slides e links que contam a História do Reino de Portugal - a nossa história (a nossa origem). Nem tudo sabemos, mas temos que ter em nós a necessidade de querermos aprender (independente do que vamos ganhar financeiramente, porque se nos dispusemos a fazer, que façamos bem feito), e ainda: é o nosso aprendizado em primeiro lugar. O velho ditado faz jus: temos que aprender constantemente!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 14/03/2020 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.  

É BOM SER INTERESSANTE (07/03/2020)

Você já conseguiu perceber que há pessoas - e em todos os lugares e níveis da sociedade (e não importa o grau de escolaridade) - que são interessantes? E, além de ter essa características, são pessoas que sempre estão prontas a ajudar ao próximo na escola, no trabalho, na igreja - de forma geral, ajudam, e sem buscar um retorno.

E, por serem assim, de certa forma, muitas pessoas tentam imitá-las - o que nem sempre é fácil, pois (parece-me) estas pessoas parecem que agem de forma tão natural que acabam nem percebendo como elas mesmas são - e isto, creio eu, deve ser incrível! E, acrescento que a maioria das pessoas que agem assim, de forma natural, são pessoas bem-sucedidas.

Por esses dias andei lendo sobre o assunto, pesquisando e descobri que, para ser interessante, tem que ser interessado! Tem que saber muito (o máximo de assuntos possíveis) - pois torna este conhecimento útil nas relações interpessoais (e se pode resolver tal assunto consultando os próprios sites de pesquisas, não é mesmo?).

Somado a tudo isso, há necessidade de querermos conhecer coisas novas - conhecendo coisas novas, temos o que contar (assim é notável que notem em nós que somos uma pessoa 'completa'); novo idioma ajuda; esportes; e outras atividades que ajudam a manter o cérebro sempre em busca de mais - e, como sabemos, dificilmente o cérebro vai se cansar; se encher.

Outro ponto interessante que li, é que ter uma 'paixão' é algo que deixa as pessoas a nossa volta 'interessadas', ou seja, nós as cativamos. A paixão por algo, ou por alguma coisa, faz com que nos tornamos mais 'especialistas' naquele assunto - e, para nós mesmos, torna-se mais prazeroso, a conversa pode ir mais a fundo (e até a ter mais proximidades com pessoas que também têm as mesmas afinidades).

Li e achei muito interessante para nos tornamos interessantes, é não usarmos situações comuns - conversas que são clichês (elas servem apenas para puxar conversa, depois devemos procurar assuntos interessantes). Devemos usar todo o conhecimento que adquirimos com as nossas buscas de leituras, de conhecimento, de pesquisa. Devemos falar conscientemente.

Interessante, também, que li nestas últimas pesquisas que fiz, é que sempre devemos estar à disposição, oferecendo ajuda ao próximo, procurando solucionar problemas com o outro - mesmo que seja algo simples - isso mostra que, possivelmente, seremos lembrados no futuro pelo que fizemos. Ajudar ao próximo, sem esperar retorno, é a melhor coisa: 'melhor ter para dar, do que ter que receber', não é mesmo?

Soma-se, ainda, saber compartilhar o que aprendemos - desde o fato de podermos contar uma história, e nelas as nossas experiências serem compartilhadas. E o melhor de tudo é sempre lembrar que não devemos ser longos em nossos discursos - o falar demais causa enfado no ouvinte. E, pensando melhor, quando falamos demais o nosso interlocutor, às vezes por educação, nos ouve, mas não está entendendo nada - não há interessa pelo fato de estar cansativo a conversa que se está levando.

E, outro ponto - para finalizar, que separei nas pesquisas que fiz, foi ser autêntico - e sermos autênticos é sabermos nos comportar nas mais adversas situações que vivemos. AH! E gostei, também, que ser um pouco 'anormal' faz bem a todos (não quer dizer ser um 'sem noção') - o equilíbrio neste ponto também faz parte. Assim, caro leitor, às vezes escrevemos - ou na maioria das vezes - daquilo que lemos, que pesquisamos, que achamos interessante. As pesquisas enaltecem o conhecimento deixando-nos preparado para enfrentarmos o que chamamos de dia a dia, de luta diária, constante - que não é fácil, mas também não é impossível, não é mesmo?

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 07/03/2020 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.

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