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MÊS JAN 2017 - DIAS 07 - 14 - 21 - 28 (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

AMIGOS PARA SEMPRE (28/01/2017)

Na última semana escrevi sobre os amigos que podemos ter (e que temos) na estante. Mas, acrescento, que muitos destes que estão na estante, nunca os vimos, mas nos tornamos amigos para sempre, e - 'Amigos para sempre é o que nós iremos ser / Na primavera ou em qualquer das estações / Nas horas tristes, nos momentos de prazer / amigos para sempre' - como diz a canção.

Assim como muitos pequenos fazem, nós - os adultos - também fazemos e sem pensar. Os pequenos quando recebem um presente, um brinquedo por exemplo, não largam enquanto não se cansam dele, ou enquanto não recebem outro que venha satisfazer determinadas ansiedades - por assim dizer. Nós, já crescidinhos, fazemos assim também: quando recebemos ou compramos determinado livro e gostamos do conteúdo dele, dificilmente o deixamos longe de nós.

Trago sempre próximo de mim algumas obras que considero excelentes, que considero show. Na estante estão sempre de fácil acesso. Não pareço escolhê-las, mas elas a mim. É interessante quando pensamos assim. Sempre estou a ler, e a reler, os sonetos de Vinícius de Moraes. Sinto-me quase fora do meu ser ao ler os versos 'De tudo, ao meu amor serei atento / Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto / Que mesmo em face do maior encanto / Dele se encante mais meu pensamento // (...) // E assim, quando mais tarde me procure / Quem sabe a morte, angústia de quem vive / Quem sabe a solidão, fim de quem ama // Eu possa me dizer do amor (que tive): / Que não seja imortal, posto que é chama / Mas que seja infinito enquanto dure.' - simplesmente magnífico!

Outra obra que jamais me esqueço - que tive o prazer de ganhar da minha irmã - é Flor do Abismo, do escritor paranaense Dirceu Galdino Cardim. Foi uma obra que li de um só fôlego, como dizem por ai. Envolveu-me tanto que todos os anos a releio e encontro o sonho do ser humano ali presente - e marcante. É tão marcante que me marcou com a frase: 'O abismo atrai, não pelo que contém, mas pelo que é: profundo e insondável.' - marca ou não marca? E, nas últimas páginas: 'Nossa felicidade é o reflexo da felicidade que distribuímos. No exato momento em que procuramos fazer alguém feliz, começamos a ser felizes. Se você procura felicidade, ela se torna miragem. Ela não deve ser procurada: deve ser vivida.'

Alguns leitores que chegaram até este ponto do texto poderão estar se perguntando: e os autores araçatubenses, onde entram? Gostaria de citar todos - mas penso que por ser humano, vou acabar esquecendo alguns. Mas vou arriscar (quem ficar de fora, me liga que prometo escrever um especial sobre ele, ou ela). Que tal começar dizendo que 'A infância é o paraíso onde os anjos jogam amarelinha.', da obra Descaminhos dos Anjos, de Emília Goulart dos Santos. 'No ir e vir do dia a dia, o tempo não pede licença para passar.' - da crônica Estação Ferroviária, do livro De Retalhos em Retalhos, de Marianice Paupitz Nucera. 'A moça era santa. Rosto angelical. Desde pequena era anjo, daquele que põem asas nas procissões. Na adolescência, não teve as comichões sexuais. Onde punha mão, curava. (...) Agora, era carregada em andor nas procissões. (...) Até que a santa resolveu descer do andor, queria ser carregada, sim, mas num carro alegórico de escola de samba...' - da crônica A Santa Desce do Andor, do livro Casar! Contra Quem?, de Hélio Consolaro.

Entre tantos outros nomes de amigos (as) que escrevem e executam belíssimas apresentações, cito Yara Pedro de Carvalho, Antenor Rosalino, Aristheu Alves, Rita Lavoyer, Albertina Saraiva Vicente (a Tininha), Wanilda Borghi, Vicente Marcolino (e seus sonetos!), Manuela Sant'ana Trujilio, Elaine Cristina de Alencar, José Hamilton da Costa Brito, Maria José da Silva, Anízio Canola, Hilda de Oliveira, Isabel Moura, Carmem Silva da Costa, Ana Almeida, Antônio Luceni, Kelly Stábille, Tito Damazo, Regina Ruth Rincon Caires, Hozanah Spíndola de Ataídes, Maria Rosa Dias, Duxtei Vinhas Ítavo, Marilurdes Martins Campezi, Marly Aparecida Garcia Souto, Amarildo Brilhante, Larissa Alves Marzinek, Edson Genaro Maciel - fecho estas linhas prometendo descobrir mais alguns...

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 28/01/2017 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.    

OS AMIGOS NA ESTANTE (21/01/2017)

Outro dia comecei a rever alguns livros em uma das minhas estantes - e é interessante que podemos notar que os nossos amigos estão ali pertinho - basta mexer, ler, e revê-los mentalmente dizendo determinadas frases, parágrafos, capítulos de suas autorias. É ruim quando, de posse do livro, não temos noção do autor - ficamos, parece, que perdidos com a obra em mãos.

Sempre, em minhas aulas de Literatura, afirmo que só passaremos a entender bem o livro quando conhecemos - pelo menos um pouco - o autor. Sabemos que não é possível conhecer a grande maioria, mas de certa forma, podemos conhecê-lo através de uma pesquisa biográfica - que não é difícil nos dias atuais: internet resolve quase tudo.

Costumo dizer, também, que devemos conhecer a época em que o escritor viveu - e assim saberemos o porquê dele ter escrito aquela obra. A Literatura é uma reflexão do momento. É um modo particular de relatar os acontecimentos do mundo de quem a produz - mesmo que, às vezes, um pouco distante no tempo.

Retomando à estante em questão, também me encontrei por lá. E senti uma pontinha de orgulho em fazer parte de um seleto grupo que gosta de gastar papel escrevendo (hoje não mais tanto, pois as páginas do computador estão a evitar que muitas árvores sejam derrubadas). Digo seleto grupo pelo simples motivo de serem poucos os que se dedicam a arte da escrita.

E escrever, como sempre digo, é uma arte. E quem gosta de fazer arte sempre está a fazer. Torna-se um viciado - e ser um viciado na escrita é tão bom que, cientificamente falando, desenvolve o cérebro a tempo de não deixá-lo lento. E isso é tão interessante que a minha norinha disse que quando ela começa a ficar meio preguiçosa mentalmente, meio lenta em seus raciocínios, ou em lembrar as coisas, vem à mente que está faltando leitura. Pura verdade!

E muitos têm preguiça de ler. E, com isso, estão ficando cada vez mais dependente de produtos prontos - feitos por poucos que detém o domínio (o que a grande maioria deveria deter), mas a falta de coragem em efetivamente pesquisar, elaborar, desenvolver, prejudica - e muito! Vão ficando cada vez mais com o raciocínio lento. E, por incrível que pareça, não esquecem de reclamarem da vida - mas lutar por ela... Não lutam!

Na minha estante deparei com amigos que jamais esquecerei, porque através de suas artes no papel transmitem conhecimento. Na verdade, cada um tem o seu modo de ver o mundo. Costumo dizer que na vida existem vários prismas, e cada um vê segundo o seu próprio prisma. Logo, então por que discutir? Mas, a vida é assim: queremos sempre que os outros enxerguem pelo nosso prisma... Às vezes, até desrespeitando o outro.

Há amigos que jamais esquecerei; há obras que jamais esquecerei. Há escritas que parecem fundir autor e obra! Não vou citar nomes para não ser tido um tanto volúvel se me esquecer de algum, mas quero deixar o registro que, às vezes, abro determinado livro e leio apenas um ou dois parágrafos, ou um capítulo inteiro e sinto estar pertinho do detentor daqueles escritos. A escrita, eu considero e muitos também, uma verdadeira magia. Magia de viajar no tempo e espaço sem sair de casa, de forçar o imaginário... De ser o personagem ali composto. Assim, a melhor coisa é ter amigos por perto - sempre!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 21/01/2017 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.   

AS COISAS QUE OUVIMOS FALAR POLITCAMENTE DE ARAÇATUBA (14/01/2017)

Todos que sobem ao poder, de um jeito ou de outro, são apontados - seja pelo bem que realizam, seja pelo contrário - não gosto de usar a palavra mal, pois depende muito da interpretação e do lado que você está. Nestes últimos dias as redes sociais, os jornais impressos, blogs, ou seja: os eleitores, comentam determinados acertos que o novo governo municipal vem fazendo.

Se pararmos para pensar, alguns que lá estão (refiro-me a cargos comissionados) possuem competência para o que foram apontados, outros nem tanto! - e estes, de certa forma, sabemos que estão lá porque fizeram alguma coisa durante a campanha eleitoral - direta ou indiretamente. Seria ilusão pensarmos o contrário - aliás, trata-se do mundo político. E sabemos que nenhum político governa sozinho... Há os apontamentos partidários.

Fazendo uma pequena pausa para melhor entender o que citei acima: leio todos os dias os atos oficiais no Jornal e não pulo uma linha, ainda mais se tratando de nomeação, e posso concluir que alguns partidos políticos que apoiaram o atual governo estão em vantagem, outros nem tanto - igualdade? Como posso dizer... Impossível! - aqui afirmo a minha fala: trata-se do mundo político!

De certa forma - não vou entrar na questão de nepotismo, muito menos citar nomes - mas fico aqui a pensar em tudo que já foi dito e passo a tirar algumas conclusões, inclusive que deveríamos falar menos e fazer mais. Todos - inclusive o povo, pois este depende diariamente da política! Prometi ao meu próprio ser não entrar no mérito da questão, mas fica difícil como cidadão araçatubense que participou da última campanha política ficar quieto.

Cada um tenta se posicionar de determinada forma - apoiando-se no lado legal, outros no lado da moralidade; li comentários de vereadores e alguns tidos pelos eleitores como pessoas que ficaram sobre o muro; li comentários do MBL - Movimento Brasil Livre; comentários de blogs e o que os jornais escreveram... Pressões, pressões e mais pressões sobre falas anteriores. E, juntando tudo, pergunto: sobrou pra quem resolver?

Como sempre se diz no popular: o dono da boiada tem que resolver. Ou seja, o responsável legal pela indicação - o senhor prefeito Dilador Borges. Acima de tudo - manter ou não manter determinadas pessoas que foram indicadas (e outras que ainda serão indicadas e poderão causar polêmicas), como sabemos, compete a ele. E quem não gostar, que questione juridicamente. As leis existem e os juristas também: defesa e acusação! E bate-se o martelo.

Por outro lado, há muitas coisas a serem consertadas - e outras que passarão o tempo do governo atual e não serão consertadas - e de outros governos também, e isso acontece desde que o mundo é mundo. Alguns aplaudirão de pé o que o atual governo está fazendo, outros estarão por perto apenas para colherem os deslizes e fazer deles trampolim para autopromoção. O que temos que sustentar é que quem está no poder está exatamente consciente destes lados.

E, finalizando estas linhas, pode-se dizer que o povo - de certa forma, cobra as promessas feitas (apesar de determinada parcela do povo possuir memória um pouco curta!). Então, estar de olho em tudo que acontece na cidade é uma boa para nas próximas eleições saber o que fazer: saber em quem votar! Os dias do atual governo apenas começaram, e muitas coisas ainda vão acontecer. É esperar e, de tempos em tempos, fazer uma reflexão sobre os acontecimentos.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 14/01/2017 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.  

A DOÇURA ANIMAL (07/01/2017)

Há muito tempo se ouve dizer que os animais trazem benefícios ao ser humano. E, por curiosidade, fui pesquisar em vários sites sobre as possíveis verdades - ou não. E, depois de pesquisá-las, comecei a colocar em prática porque aprendi que nos trazem benefícios com a doçura que carregam - principalmente os cães.

Nunca fui um ser próximo do reino animal, ou vegetal. Apreciei-os sempre, mas raramente de perto. Mas, ultimamente, sinto-me que estou aproximando deles. E, de certa forma, realmente faz bem ao ser humano - como dizem as pesquisas: os bichos ajudam a melhorar a sensação de bem-estar. Entre os sites que li - e as pesquisas datam de longa data, de instituições respeitadas e de situações concretas - são unânimes em dizer que a relação animal x ser humano torna este mais seguro e com elevada autoestima. Logo, conviver com animal de estimação faz bem.

Citei acima que sempre estive um pouco distante do reino animal e vegetal, mas de uns tempos para cá venho me envolvendo com eles e sinto-me melhor. A minha história com o reino animal começou recentemente com a adoção de um cão. Uma amiga que tem um abrigo de cães ligou-me pedindo, melhor - implorando - que eu cuidasse de um cachorro da raça poodle, achado abandonado próximo do aeroporto Dario Guarita, pois os outros animais do canil estavam batendo nele. Fui conhecê-lo, gostei dele e vice-versa; muito manso; trouxe-o para casa. E, agora em casa, são dois poodles: o Bebê (este macho adotado do canil desta amiga) e a Belinha, uma fêmea que ganhei recentemente.

Retomando os benefícios que os animais trazem, a universidade de Cambridge apontou que as pessoas que possuem animais (cães e gatos) vão menos aos médicos, e em caso de doenças, recuperam-se mais rápido. Outro estudo apontou que casais que possuem animais de estimação brigam menos - pois os cuidados com os pequenos seres ajudam a aliviar o stress do dia a dia. Nas crianças os animais ajudam a exercitarem o valor da amizade, respeito à vida, amor e responsabilidade: pois querem que os pequenos animais não sofram, logo passam a cuidar.

E, para fechar os dados da pesquisa, o fator solidão. Em determinada época de minha vida passei meio isolado e os animais contribuem para o fim da solidão. Costumava dizer que o meu Bebê me aguardava no portão latindo/sorrindo, como diz a canção O Portão, de Roberto Carlos: "Eu cheguei em frente ao portão / Meu cachorro me sorriu latindo / Minhas malas coloquei no chão / Eu voltei (...)" - e verdadeiramente é assim: os animais afastam a solidão.

Hoje, depois de me conscientizar que necessitava de animais em casa, mantenho alguns que me ajudam a tirar o stress do dia a dia - como diz a pesquisa: cachorros, pássaros (recentemente comprei um aquário que estou preparando), e gostaria de ter uma pequena tartaruga; e do reino vegetal mantenho uma pequena horta (tendo em vista o espaço que as casas atuais trazem): alface, almeirão, cebolinha, salsinha, manjericão, pimenta, pimentão, berinjela, quiabo, rúcula, hortelã; girassol, roseira, orquídeas, entre outras. Algumas vão plenamente, outras não - principalmente as verduras: os pardais sempre aparecem.

E você, caro leitor, que se acha um teimoso como eu - pois eu dizia que os animais apenas faziam sujeira e etc e tal - está na hora de reavaliar: ainda há tempo para cuidar de um pequeno, e ser cuidado por ele. Então, vamos adotar um animalzinho?

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 07/01/2017 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02. 

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