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MÊS NOV 2011 - DIAS 05 - 12 - 26 (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

SENSAÇÕES EXTERNAS (26/11/2011)

O ser humano possui sensações. Algumas são indefinidas; outras até podem ser tidas como complicadas - mas vale muito pensar sobre de forma a compreendê-las. E, destas sensações, algumas queremos senti-las continuamente - o que nem sempre é possível.

Alguns estudiosos dizem que as sensações podem ser classificadas em três grupos: externas, internas e especiais. As sensações externas - a que pretendo me prender nestes enunciados a seguir - são aquelas que refletem as propriedades e aspectos de tudo que o ser humano encontra no mundo exterior, e para tal valemos dos órgãos dos sentidos: visão, olfato, audição, gustação (paladar) e tato.

E pensando em cada órgão de nosso sentido é interessante explorá-los de forma significativa e, por conseguinte, dominá-los ao máximo. Temos que ter em mente, sempre que possível, que tais sentidos estão interligados, que precisam um do outro e assim se completam.

A visão nos proporciona algo maravilhoso: ver a beleza da vida. É triste olhar e não ver - pois, como diz o velho ditado popular: o pior cego é aquele que não que ver; que não quer enxergar! Ou ainda pior: aqueles que estão apegados às coisas materiais e delas querem tirar o maior proveito - logo, não vivem - elevando para um plano maior. As mãos do Criador fizeram tudo perfeito em sua criação - e ver é uma delícia: no mais amplo sentido da existência. Fico a imaginar as pessoas que não podem ver, pois quão triste deve ser não poder, por exemplo, contemplar a sua própria face e a de seus semelhantes. E muitos não dão valor ao ato de ver.

Quanto nos proporciona o olfato? Sentir, por exemplo, o suave cheiro dos alimentos, das plantas, da vida! As rosas, por exemplo, exalam um perfume muito bom, por excelência! É um cheiro que, em muitas ocasiões, proporciona paz, amor, harmonia. E, pensando um pouco mais adiante: como é bom sentir o doce perfume que o companheiro (ou companheira) traz na alma - com um deliciar mais profundo de sabedoria!

A audição faz-nos sentirmos seguro em muitas situações: ao atravessar a rua, por exemplo. Quando somos chamados: que bom ouvirmos o nosso nome! Ao ouvirmos sabemos que somos conhecidos, lembrados, amados, desejados! Ou, ainda, ouvir o som de uma canção, de um pássaro. E por ai podemos seguir um caminho longo.

O paladar, em suas divisões: doce, salgado, quente, frio, amargo, suave - quantas emoções ao saborearmos um alimento que nos enche os olhos - são sensações sendo interligadas. Fazemos sem perceber, mas fazemos. E ao fazermos estamos exercendo o dom que o Criador nos proporcionou para vivermos melhor nesse planeta Terra.

O tato dá-nos o direito de tocar, de sentir, de acariciar. E acariciar o outro, ou a outra, é um poder que muitos não sabem medir o quanto pode em seus efeitos! Sentir a chuva tocando a pele em dia ensolarado. Sentir a brisa, o vento ou a ventania (ou ainda o frio) no rosto é poder sentir que está vivo! E viver é o melhor que se tem!

A soma destes sentidos, destas sensações externas, faz o ser humano ser o que realmente é. Viver tais sensações em harmonia - apesar de algumas serem incompreensíveis do ponto de vista carnal - é a constituição plena do ser, do existir. É a saída do corporal para o espiritual. É o outro lado da existência: que muitas das vezes não há explicação - mas complicações.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 26/11/2011 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.     

VIDA E A FELICIDADE (12/11/2011)

Será que é fácil ter uma vida feliz e com bons propósitos? Parece ser uma questão simples, mas não é, pois de todos os lados aparecem complicações que deixam o ser humano com muitos e muitos pontos de interrogação. È o mesmo que pensar que a vida é simples - e ela é, mas o ser humano que complica. É este mesmo ser que cria barreiras que, posteriormente, terá que transpor. Por isso a vida é, mas ao mesmo tempo não é simples.

Entre os vários propósitos da vida do ser humano, alguns são inesquecíveis: religião, trabalho, relacionamento, decisões, dinheiro e luxúria, entre outros; e, para finalizar: existe felicidade? Ou, tudo depende de metas traçadas e serem postas em prática?

No primeiro propósito - é a lei divina sobre a lei humana: a religião. Por mais que alguns dizem que não acreditam em nada, em alguma coisa acabam acreditando, pois o nada também é o tudo - e até certo ponto contraditório, não é mesmo? A religião existe para que o próprio homem dê seguimento ao que foi ensinado há séculos - e passado de geração em geração.

Outro propósito que pode ser abordado: o trabalho - e este, por sinal, é bendito! O trabalho foi dado ao homem para ocupar-se, para ter a mente ocupada - logo, evitam-se confusões. O ser humano que trabalha pode, às vezes até com muita dificuldade (tendo em vista que vivemos num mundo de desigualdades), sustentar uma família; oferecer o que ela realmente precisa. E, ainda falando em trabalho, o melhor seria trabalhar com o que gosta, sempre que possível - pois estaria de certo modo se realizando pessoalmente, profissionalmente e ganhando. Se for o contrário, com certeza este ser humano será infeliz e, consequentemente, fará outros seres humanos infelizes também.

O relacionamento é complicado - por assim dizer. A princípio: nunca casar por interesse, ou porque a família escolheu, ou por outro motivo qualquer. Casar tem que ser por amor - por assim dizer. Ou, ainda, por princípios comuns, por afinidades entre as partes envolvidas. É uma escolha totalmente pessoal - sem interferências de outros, porque na hora dos apuros o casal que tomará as decisões - não os de fora. E tem mais: quando os de fora colocam o dedinho, como dizem os velhos ditados, nos por finais acaba - na verdade, prejudicando. Deixando em situações mais desagradáveis - na maioria das vezes.

Na hora de tomar decisões - que é outro propósito que constantemente o ser humano precisa atuar, este deve ser o mais preciso possível, pois, posteriormente, não deverá chorar pelo que fez. Logo, pensar antes de decidir é a melhor saída. Mas muitos não pensam e, consequentemente, sofrerão - mas devem ser lúcidos e acatar o que vem de encontro às decisões tomadas.

Alguns seres humanos escolhem o dinheiro como propósito primordial à sua vida - esquecem o restante que os cercam. O dinheiro traz muitas coisas - entre elas, uma das mais perigosas faltas de virtude que circundam os seres humanos: a ganância. E, aliada a ela, a luxúria. Mas, por outro lado, precisa-se de paz: mas já pensaram que o dinheiro não traz paz?

E, tentando terminar este texto: existe felicidade? Ou, para tê-la, é preciso metas e estas traçadas minuciosamente? E, antes de responder, e pensando em tudo, concluo que a felicidade não passa de um estágio passageiro - logo, felicidade existe num estágio passageiro; por outro lado, traçando metas é possível alcançar os objetivos. E tais objetivos levarão, parcialmente, a felicidade.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 12/11/2011 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.      

AMOR, PÃO E CIRCO (05/11/2011)

Ser feliz, para muitos, pode centrar em três coisas: amor, pão e circo. E cada uma tem o seu parecer - pelo menos por parte deste que vos escreve. Cada item acima citado promete algo - e o leitor, por excelência, saberá decifrar e aproveitar o que melhor lhe encaixar.

Para muitos de nossos conterrâneos, ter felicidade é ter pão - o que significa ter em sua mesa o básico: alimentação para si e seus familiares. Para outros, não basta apenas ter pão, precisa de algo mais: possivelmente o circo - um pouco de diversão, de lazer, somado ao pão de cada dia. Sem tirar o mérito de ninguém, a política oferece miseravelmente um pouco disso: trabalho aos famintos, dando-lhes o direito de comer, somado a pouca diversão - filmes na tevê, quando estes já se propagaram em todos os canais. Ou, míseros programas de auditório, ou ainda: horário político!

Observando de perto, os tais canais de televisão chamados de abertos deveriam ser revistos, tendo em vista que são concessões. Se estes são concessões, são do povo - logo, deveriam apresentar excelentes programações - e tudo em primeira mão. Mas não é o que acontece, e estamos cansados de saber, mas poucos brigam por uma tevê mais digna.

Em terceiro, apesar de citado em primeiro - propositalmente, é um sentimento que deu (e dá) origem a belíssimas obras de arte, tais como telas, poemas, esculturas, músicas, encenações... Mas, o que pensam as pessoas a respeito do amor?

Na visão deste construtor de texto, em muitas telas pode observar jovens casais - ou até de mais idade, sentados lado a lado, às vezes abraçados, reclinados, ambos observando-se a beleza (reciprocidade), passando a não ter fronteiras o amor, independente das barreiras de raça, cor, religião, nível cultural ou social.

Outro dia abrindo um livro didático deparei-me, novamente, com uma tela que acho bastante interessante: 'O Beijo', de Gustav Klimt (1907-1908). As cores são vibrantes, maravilhosas aos meus olhos - o amarelo resplandecente prende a minha leitura a cada vez que a vejo. Neste mesmo livro trazia um belo texto: 'Poema dos olhos da amada', de Vinicius de Moraes, que é considerado um dos escritores brasileiros que mais falaram desse sentimento que colore os dias dos seres humanos: 'Ó minha amada / Que os olhos teus / São cais noturnos / Cheio de adeus / São docas mansas / Trilhando luzes / Que brilham longe / Longe nos breus... (...) Ah, minha amada / De olhos ateus / Cria a esperança / Nos olhos meus / De verem um dia / O olhar mendigo / Da poesia / Nos olhos teus'. Maravilhoso, não é mesmo?

Fazendo uma pausa por aqui - e concluindo no parágrafo a seguir, pois deveria seguir adiante, tendo em vista que muito se pode falar do sentimento chamado amor através de muitas outras canções, esculturas, encenações, entre outras - mas o espaço físico é curto. Assim como dois corações quando se encontram e querem, como num único lance, solucionar todo o tempo perdido. Impossível, mas os amantes sempre querem!

E, tentando fechar um assunto que nunca se esgota - amor, pão e circo, o melhor de tudo seria os três caminharem próximos - de preferência lado a lado. Assim, a humanidade teria o amor no coração, trabalharia com gosto, teria dignidade em ter o seu pão e, com toda certeza, a diversão apareceria. Afinal, nada melhor que após um dia de trabalho, ter um pão para saciar a fome, seguido de pequenas diversões, aliado ao amor entre os familiares. E, lembrando, ainda: o amor supera tudo - desde que bem vivido!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 05/11/2011 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.      

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