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MÊS DEZ 2013 - DIAS 07 - 14 - 21 - 28 (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

SAÚDE E PAZ SEMPRE (28/12/2013)

Saúde e paz: sempre desejamos - e, no espírito natalino, de fim de ano, ainda mais. E escrevendo estas linhas venho desejar a todos que a saúde e a paz multipliquem em cada ser, em cada lar, em cada lugar que o Homem busque o seu sustento.

Mas não é só de saúde e paz que o Homem vive. Ele precisa sobreviver, precisa ganhar o seu pão de cada dia. E pra ter como se sustentar, precisa de inteligência - que o Todo-Poderoso olhe para cada um e dê o necessário para a sobrevivência, segundo os seus esforços. Para alguns mais, para outros menos, mas todos devem correr atrás de suas necessidades; fazer a sua parte.

O fim de ano também é de pausa. De olhar para trás e fazer um balanço - uma retrospectiva do ano que se passou. Uma retrospectiva das ações que fizemos. Pesar as coisas, os fatos. Assumir os erros; buscar o perdão, não só do ser humano, mas principalmente de Deus, pois se Ele não o acusar, quem é o ser humano para acusá-lo, não é mesmo?

Esta semana fiz um levantamento do que escrevi aqui nesta coluna. Cinquenta textos. Falei de tudo um pouco: das buscas constantes das pessoas; dos homens e das mulheres; da vida como ela é; das renúncias, das certezas e incertezas; das influências; das leituras possíveis, de grandes nomes da área literária e suas influências; da política - com certa precaução; das recordações da infância: pessoas e lugares; dos pássaros, das flores, da natureza; das escolhas pessoais; do egoísmo; do imenso calor que aqui sofremos; das dores, das alegrias, dos amores, das tristezas - de amar um ao outro, como o Mestre dos mestres ensinou. E tudo: não mais que de repente.

Um ano novo se aproxima e, com toda certeza, temos que buscar desafios - e em todas as áreas. Alguns param no tempo, outros são mais ousados - e por causa de suas ousadias, são criticados. Mas, o melhor de tudo, é ser criticado por ser ousado - não se trata de extravagâncias, mas de determinação. Ser mais ousado é mostrar determinação. É correr atrás do imagina que é certo. Lembrando: temos o livre arbítrio, a livre escolha.

Não adianta apenas prometer a si (ou a outrem) que o ano que se iniciará em breve será diferente. Há necessidade de correr atrás e fazer a diferença. Não é preciso mostrar aos outros, é preciso mostrar a si que é capaz de ultrapassar os limites - de ousar.

Temos que ter o hábito de olharmos no espelho da alma e saber o que está faltando, ou, onde estamos errando. E, ainda, sabermos olhar para o nosso próximo e - conscientemente - ajudá-lo. É necessário fazer isso, e acima de qualquer religião. O Homem se faz necessário de ajuda.

A vida é assim: um ajudando ao outro. E essa Judá levará a um grande montante onde todos conseguirão ultrapassar os limites próprios atingindo belíssimos resultados. A vida nos cobra isso, e às vezes demoramos enxergar. Às vezes precisamos de alguns cutucões - de seres com maior desenvolvimento ao nosso lado.

Temos que olhar para todos os lados, inclusive para cima, e buscar uma luz maior, pois às vezes anjos em forma de homens e de mulheres são colocados em nossa vida e não conseguimos perceber a importância deles ali. Logo, a necessidade de se buscar uma fé em um Ser Maior.

Então, olhe ao seu lado e aceite os 'anjos' que o Ser Maior colocou para te ajudar. Olhe para cada ser ao seu lado e imagine-o como um anjo. E você, caro leitor, também é um anjo! Somos anjos e cumprimos o nosso papel: cuidamos também, assim como também somos cuidados.

Encerramos mais um ano, estamos vencendo mais uma batalha, mas temos que olhar sempre à frente, pois lutas maiores virão. Devemos estar sempre preparados, pois quanto maior for a luta, maior a vitória. Mas Deus é por nós e nada será contra nós. Apenas tenhamos fé!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 28/12/2013 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.        

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS (21/12/2013)

Amai-vos uns aos outros - foi-nos recomendado pelo Mestre dos mestres. E você, caro leitor, está fazendo a sua parte? Está amando ao seu próximo? Está querendo o bem do seu próximo? Está desejando-lhe paz e muita prosperidade? Ou simplesmente está deixando acontecer, sem preocupação alguma?

Pensando assim, olhando por vários prismas as perguntas acima, fico imaginando (e fugindo um pouco do assunto, mas dentro dele com outra perspectiva) quanto fundamento existe nesta pequena palavra, nesta pequena palavra amar; no verbo amar. E quanto esta pequena palavra é contraditória em si, melhor, a fazem contraditória.

Ao mesmo tempo ama-se; ao mesmo tempo odeia-se! Contraditório a si é o amor. E, mesmo sabendo, tentamos amar - sempre! E, do meu ponto de vista, a pior situação de se aplicar o amor é aquela que devemos direcionar ao nosso próximo, pois ele tem que ser doado, sem esperar nada em troca. E sabemos também que muitos amores terminam em ódio - mas, será realmente que se faz necessário tal situação?

Estamos acostumados a fazer algo e esperar sempre o retorno. Quando não vem, nos decepcionamos. Esta aí outra palavra de peso: decepção. Ninguém gosta de sofrer decepções; é penoso, mas às vezes tomamos algumas atitudes que, de forma até impensada, decepcionamos os outros, ao até a nós mesmos.

E amar ao próximo é mandamento. E não adianta lembrar somente perto destas datas festivas, destas datas de celebrarmos o nascimento do Salvador do mundo. É um mandamento que devemos trazer nas pontas dos dedos e fazê-lo valer, de preferência obtendo resultados que nos levem a 'louvor'. Não podemos deixar simplesmente que aconteça, precisamos batalhar para que aconteça com perfeição.

Temos que lembrar que o amor suporta tudo - mas qual Homem está preparado para isso? Creio eu que nenhum. Não suportamos coisas mínimas, imaginar as máximas e suportá-las é sonhar o mais alto lugar do pódio. Na minha visão, apenas o Mestre dos mestres atingiu tal plenitude. Mas, sabendo do nosso jeito de ser, recomendou-nos para que - pelo menos, atingíssemos uma pequena parte. Fez assim com o amor, fez assim também com a fé - que basta apenas uma minúscula parte, que faremos coisas poderosíssimas.

E nesta mesma linha, sigo aqui com meus botões, que amar é sofrer muito - talvez além da capacidade humana. Foi nos dado uma máquina poderosíssima - o cérebro - ma não conseguimos usá-lo plenamente. E, mesmo não conseguindo usá-lo plenamente, o Homem já realiza grandes façanhas, grandes proezas. Agora, imaginar que, quando passar a usá-lo plenamente, o que realmente fará de bom a ele mesmo?

Até agora fez grandes coisas, mas inventou a sua própria destruição - não pensou no amor ao próximo. Não pensou que suas construções estão voltadas contra ele mesmo. Já está na hora de começar a pensar. E, em tempos de dureza, de coração quebrado, nada melhor que tentar reverter tal situação - lembrar que deveria comemorar o Natal todos os dias de sua vida.

Fechando, o Natal não é apenas em um dia, mas todos os dias. Todos os dias os homens deveriam ter a mesa farta - a terra, por sinal, é abundante. Lembrar sempre dos menos favorecidos e auxiliá-los. Assim, o Natal seria bom para todos. 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 21/12/2013 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.

NÃO MAIS QUE DE REPENTE (14/12/2013)

Tudo acontece não mais que de repente. E, num piscar de olhos, a vida se deslumbra! As coisas acontecem, atitudes são tomadas e não mais que de repente! E vale sempre lembrar que não mais que de repente.

Muitos poetas escreveram sobre o não mais que de repente. Eu, poeta menor, cronista menor, não poderia ficar atrás. E fico a pensar se a vida imita a arte, ou se a arte imita a vida. Lembro-me de um belo poema que Cecília Meireles deixou-nos escrito: 'Ou isto ou aquilo' - são as escolhas e, não mais que de repente.

Não mais que de repente, Vinícius de Moraes escrever o belíssimo 'Soneto de separação'. Uma verdadeira obra prima, pois cada vez que realizo a leitura, mais me pego a pensar. Então 'De repente do riso fez-se o pranto / Silencioso e branco como a bruma / E das bocas unidas fez-se a espuma / E das mãos espalmadas fez-se o espanto' - e assim é a vida!

Peninha, cantor e compositor - grande poeta, em sua canção 'É ouro pra mim' afirma: 'Tudo junto / No meu caso mudou / De uma vez só / De repente / O que era já não era mais...' - e tudo pode acontecer de repente... E tudo pode acontecer de uma só vez. E nós não sabendo interpretar, achamos que o mundo desabou, mas também temos que lembrar que certas coisas pra mudar, tem que piorar... - ou não!

Nando Reis tem uma bela canção: 'De repente' - se você ainda não a escutou, pelo menos leia-a aqui e faça uma reflexão: "Não vi ela há muito tempo / Há quanto tempo faz / Nem me lembro mais, então // Pensei na vida que algum tempo / Eu deixei pra trás / Não me deixe em paz, se não // Porque, ainda aquele tempo / Dentro entra e sai, volta vem e vai / Sem acabar // O tempo passou / O tempo passooou // E agora eu sei o que eu passei // Cantei // Contei, estrelas mil no firmamento / Vão brilhar, depois apagar, irão / Chorei, // As lágrimas correndo como / Nus cristais, fogos dos vitrais, pagãos // Não à solidão, amar e desejar a vida / Que não deu as mãos / Mas vai dentro da gente // Como explosão do ar / Como furacão no mar // De repente é / Você voltou assim // Eu preciso mais, / Eu preciso / Uh hu uh. / Eu preciso mais, eu preciso / Uh hu uh" - e como precisamos uns dos outros! Voltar - talvez seja a palavra a se procurar.

E refletindo sobre tudo isso fico aqui a pensar. A pensar sobre o que pode acontecer de repente. E sei que muitas coisas podem acontecer. Inclusive este texto que acabo de escrever - aliás, que estou acabando de escrever. E tudo depende do modo como vão lê-lo: uns aprovarão, outros não - tudo depende da visão de mundo de cada um.

E tudo, de repente, passa-se do alegre ao triste, ou não! E as certezas de muitas coisas nos faltam e por isso lamentamos, mas quem sabe um dia descerá um espírito (ou já desceu e ainda não conseguimos 'sintonizá-lo') que nos ilumine nos mais conceituados caminhos que nunca antes havíamos imaginado.

Pensando em tudo isso caminhamos firmes nas pisadas do nosso Senhor - e cada um dentro dos seus conceitos básicos de religião. Pois somente Ele nos oferece refúgio - e não de repente, mas sempre. Basta crer, e nada mais. Somente o crer, com fé, nos levará a alcançar os nossos objetivos. 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 14/12/2013 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02. 

AS FLORES NO JARDIM (07/12/2013) 

Se há algo que realmente aprecio - e sem moderação, são as flores - e de todas as qualidades. Creio que não apenas eu, mas uma grande parcela da população. E não há motivo para não ser assim - salve alguns casos de alergia, de irritação.

Elas, as flores, em seus variados tons, perfumes, texturas, encantam. Possuem uma magia - pelo menos sobre este ser que vos escreve. Uma magia que mexe profundamente com o meu ser quando as vejo.

Acho quase impossível citar qual a mais bela entre elas. São especiais - muito especiais. Eu, incondicionalmente, sou apaixonado por elas. Quando as vejo tenho a necessidade de tocá-las, mesmo que cheias de espinhos.

A vida, como diz o ditado popular, também não é uma 'mar de rosas', há os espinhos. Alguns - poucos - tentam pular fora; outros a enfrentam, mesmo sendo uma vida severina: franzina. Dores e sofrimentos, lágrimas e, talvez um pouco de riso - mas persistir sempre.

Sempre que vou à casa de minha amada, abro o portão de sua casa, beijo-a docemente e, após alguns segundos, vago-me lentamente pelo jardim - entre as flores, e, como um colibri, vou 'beijando' uma a uma. Reparo que elas se alegram. Às vezes, os espinhos furam-me os dedos, mas alegro-me ao ver a pele tingida de tão nobre cor e por tão nobre flor. O seu jardim faz-me viajar, faz-me sentir num doce aconchego de paz.

Os espinhos nas flores, os problemas na vida - são importantes. Para elas, defesa; para o Homem, crescimento, amadurecimento; reflexão. As dificuldades que o ser humano enfrenta faz a autoestima oscilar muito - subir e descer, mas tudo isso faz a genialidade humana florescer - logo, a humanidade cresce.

Retomando - as flores, assim como o ser humano, apresentam tons diferentes, fragrâncias diferentes. Das mais pesadas às mais suaves. As variações persistem, as atitudes persistem. Todavia, há gostos diferentes que atende todos os tipos.

Das mais belas flores nas árvores frutíferas surgem as mais saborosas frutas - por exemplo. Alguns gostam mais, outros não: mas a diversidade deixada pelo Criador atende a todos. Quer flor mais linda que a do maracujá? No entanto, nem todos saboreiam o fruto. Alguns, quando ouvem tal expressão: 'minha flor de maracujá', acreditam que estão sendo rebaixados, mas pelo contrário, a flor do maracujazeiro é uma das mais lindas que já conheci.

Abordando outra questão sobre as flores, estas também desempenham papéis sentimentais: um namorado quando presenteia a namorada com flores - que doce carinho! Ou, o outro lado da vida - estão também presentes na morte: tristeza marcante - única certeza que o ser humano tem. Enfeitam a vida e a morte...

Encerrando, nada melhor que ter flores a colher - como escreveu certo autor: plantar, cultivar, colhê-las e embrulhá-las em belíssimo papel, arrumá-las na cestinha e, de bar em bar, oferecer aos casais. Ato singelo que derrete qualquer coração de mulher quando recebe do amado uma flor. Nada melhor ao vendedor. Lembro-me do título do texto: Pedro, o homem da flor. 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 07/12/2013 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.  

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