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MÊS ABR 2018 - DIAS 07 - 14 - 21 - 28 (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

UM LUGAR PEQUENO: O MELHOR LUGAR DO MUNDO! (28/04/2018)

Pensar num lugar pequeno - com toda certeza deverá surgir em sua mente muitos. Na minha mente também surgiram muitos, mas comecei, passo a passo, organizá-los por prioridade. E, nesta organização, coloquei em primeiro lugar: o meu lar! Pequeno, aconchegante - e meu! O que é mais importante, não é mesmo?

E é fácil observar isso: quando viajamos é maravilhoso estar fora da rotina por alguns dias, mas com o passar dos dias queremos o nosso lar - é no nosso lar que encontramos tudo o que precisamos (em outros ambientes sempre estará algo a faltar - mesmo que esse ambiente seja de excelente bom gosto).

No meu lar encontro tudo o que preciso: desde a paz que tanto preciso (e que o mundo não oferece) até o colo aconchegante da mulher amada - a minha amada amante. E os filhos, quando pequenos. Pequeno e simples, verdade seja dita, mas onde a paz de Deus faz-se presente - quer melhor que isso? Lugares confortáveis, fora da rotina, são bons sim, mas nada melhor que o lar.

Às vezes pensamos na crise que o mundo vive - mas viver sem crise é a melhor maneira. Ou seja, viver em Cristo; quem tem Cristo não tem crise. Outro dia li aqui na cidade, em determinada parede de um posto de combustível, a seguinte frase: 'O Mundo está em crise, nós estamos em Cristo'. Quer coisa melhor? Creio que não há!

E verdade é que o mundo está em crise. São discussões e mais discussões, principalmente na área política (e sem solução) - partidários discutindo o 'indiscutível', pois é sabido o fim de todos: desacordos aqui na parte inferior e, na parte superior, os maiorais batendo palmas. Será que vale a pena? O poeta Fernando Pessoa disse: "(...) Valeu a pena? Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena. // Quem quer passar além do Bojador / Tem que passar além da dor / Deus ao mar o perigo e o abismo deu, / Mas nele é que espelhou o céu." - é de se pensar, não é mesmo?

Volto-lhe a dizer, prezado leitor: o melhor lugar do mundo é o meu lar! O melhor lugar do mundo é o seu lar! Talvez ainda não tenhas aprendido, nem apreendido isso - mas um dia levantarás aos céus os olhos e dirás: aqui é o melhor lugar do mundo! A minha casa é o melhor lugar do mundo! Seja esta sua casa, aos teus olhos, grande ou pequena, com ou sem luxo - não importa: é o melhor lugar do mundo! E, de quebra, você ainda 'coloca ordem'!

Outros dirão: o melhor lugar do mundo é a Casa de Deus, como deixou-nos registrado o salmista rei Davi - no livro de Salmos, de nº 84, verso 10, diz: "Porque vale mais um dia nos teus átrios do que mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas dos ímpios". - Amém! Verdade sim, mas deu-nos Deus um lugar, que mandou constituir como família: nossa casa! - Efésios, capítulo 5, versículo 31, diz: "Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne" - Amém!

Então, analisando o parágrafo acima, poderemos dizer que - somados - formarão a combinação perfeita que o Homem (humanidade) precisa ter: estar na casa de Deus, o Criador de tudo e de todos, e estar também em sua casa - ser o rei em seu lar! Expectativas podem ter - como de que a casa do 'vizinho' é melhor, mas pare e pense: pode até ser, mas não é sua - é dele! Se é dele, o que tu tens de bisbilhotar? Vamos olhar para dentro de nós, de nossa casa e cuidar com muito amor do que nos foi dado: o nosso lar. Um lugar extremamente 'pequeno', e ao mesmo tempo grande - pois nos pertence. Pense!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 28/04/2018 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.   

DESÇA DA CARROÇA (21/04/2018)

Você deve estar pensando: que título de texto esquisito? Verdade mesmo - até eu achei, e continuei com ele. E gostei, posteriormente. E continuei exatamente por tratar-se da carroça como meio de locomoção, seja individual ou em grupos - que deve ser puxada, empurrada por animais, ou 'de forma paralela - pelo Homem'. Quando digo de forma paralela refiro às possíveis comparações que podem ser feitas a partir da carroça (local).

Outro dia estava a conversar sobre determinados assuntos religiosos, e um cidadão me disse exatamente que há algumas pessoas que não descem da carroça. Comecei a sorrir, e ele me explicou - e concordei exatamente com o que ele dizia. Mas, para o leitor se sentir bem à vontade, digo que não acontece somente no círculo religioso, mas em todos os lugares, pois em todos os lugares há pessoas que não gostam de fazer as 'coisas' como devem ser feitas.

Traduzindo o termo 'desça da carroça': em algumas igrejas (referia-se o cidadão em questão) apenas alguns puxam 'a carroça', poucos 'empurram a carroça' - a maioria fica em cima e ainda pedem para andar mais rápido - ou seja, não participam de nada e ainda criticam os poucos que fazem as coisas acontecerem. (E, na verdade, estão lá participando das atividades propostas - mas sem participação alguma do fazer.)

É bem assim mesmo - não sei se você já notou: nas comunidades religiosas muitos frequentam, mas poucos desenvolvem as atividades. Muitos frequentam e criticam, mas poucos colocam a 'mão na massa' para que tudo funcione bem, e que todos aproveitem. E, às vezes, criticam estes poucos quando são elogiados pelo que fizeram. Sabemos que escrito está que a glória vem de Deus, mas o reconhecimento faz parte do ser humano.

O reconhecimento humano faz parte do 'ser comunidade'. Alguém tem que liderar as atividades, caso contrário, é sabido o que acontecerá: bagunça - e nada realizado a contento. Sendo assim, alguns nada fazem (como citei acima) e ainda criticam os que estão a fazer, e criticam - ainda, os que enaltecem os que fazem. O ser humano é tão complexo que acaba fazendo um círculo tão vicioso contra si mesmo. E, pode fazer o comentário que se fizer, não reconhece.

Mas não acontece isso apenas nas comunidades religiosas (e sem citar nomes - porque é sabido que tal situação acontece em todas as religiões). Acontece, também, nos núcleos familiares - sempre tem alguém que se destaca, que faz acontecer - enquanto outros dizem apenas que 'fulana ou fulano' querem se aparecer. No final das contas, se os tais fulanos não fizerem, nada será feito - não é mesmo? Engraçado, mas a pura verdade.

No trabalho é a mesma coisa - sempre tem aquele que aparece mais que os outros - e leva o nome de puxa saco, dum 'rasgador de seda'. Verdade ou não, é assim que acontece. É assim que os colegas de trabalho o encaram - como um cidadão que sempre quer tirar proveito da situação. Nunca o enxergam como um cidadão que quer auxiliar para o crescimento da empresa, para o bem de todos. Estranho, ou não, é assim que são tratados: como bajuladores.

E você que chegou até aqui: seja dentro de alguma religião, dentro do seu núcleo familiar, ou até dentro da empresa em que você trabalha - vai descer ou não da carroça (ou vai continuar pedindo para que andem mais depressa)? Interessante pensar - pois os que estão embaixo também cansam... Que tal descer e ajudar a puxar / a empurrar? Todos trabalhando para o mesmo fim, com toda certeza, o resultado será melhor. Pense!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 21/04/2018 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.   

A HISTÓRIA MAIS OU MENOS ASSIM (14/04/2018)

A história é mais ou menos assim - uns dizem uma coisa, outros dizem outra, e ninguém sabe ao certo como ela é - mas é. E é assim mesmo. Sem mais, sem menos - e muito menos mais ou menos - e o engraçado é que não tem graça. Mas, digo: infelizmente confundem tentando explicar o que não deveria estar ali - mas... estão!

Entre o mais e o menos, sempre existe algo - uma distância que, invariavelmente, ninguém sabe qual é - e lá vão eles novamente e as colocam no meio. E a questão vai longe, porque ninguém assumi que gosta de - mas acaba sendo feito. Querendo ou não, as colocam no meio. E dizem que se dão bem com elas.

Verdade ou não - de se dar bem com elas, as usam. E, por sinal, usam muito - diria que bem mais que o necessário, e o pobre dos coitados são forçados a compreender o que nem sempre os próprios mestres conseguem explicar (e não conseguem explicar por uma razão: também não conseguem entender o que estão dizendo - raras exceções).

Eu, particularmente, nunca consegui entender - tanto que corro para bem longe dos que assim tentam me convencer, e os chateio dizendo que eles que gostariam de ser o que sou, e não conseguiram, e por isso se intrometem onde não são chamados, e não conseguem explicar de forma que me convença (e que convençam os outros).

E essa 'briga' segue (ou me persegue) por vários anos - creio que a levarei para o túmulo até encontrar - talvez na eternidade, o culpado. O pai - o criador de tais coisas, deveria ser crucificado de cabeça para baixo, pois creio que nem ele (ou eles - os pais) conseguem explicar - criam teorias, e mais teorias - não chegando ao concreto dos fatos.

E digo assim porque é totalmente diferente do que pensam: as colocam no meio dizendo que isso, que aquilo, e aquilo outro, e no final das contas, ou da conta, x é igual a (...). E eu fico imaginando a cabeço dos que acham que estão entendendo o que os seus mestres estão dizendo - deve fervilhar, não é mesmo? (Sem sombra de dúvida!)

Quando olho para tudo aquilo - com toda certeza posso afirmar: minha cabeça fervilha! E sei que a cabeça da grande maioria também. E ainda dizem que há plantonistas, o que eu duvido. E insisto que devem estar de brincadeira com noventa por cento da população - aliás, para cada povo deve ser outro tipo de linguagem o que tentam tratar ali.

É tamanha a monstruosidade que fico pensando nas construções dos pensamentos em cima de tudo aquilo - os neurônios devem padecer 'no paraíso', enquanto seus donos estão se regozijando das caras e bocas dos que os ouvem. E você, caro leitor, que chegou até aqui já fez ideia do que estou dizendo? Ou, ainda estás a viajar tentando descobrir?

E, brincadeiras à parte, estou a falar sobre as tais letrinhas que os mestres de Matemática colocam no meio das tais contas matemáticas - e eu sempre costumo dizer que eles - os mestres da Matemática - queriam ser mestres das Linguagens, mas não conseguiram codificá-las (ou apenas parte dela) e por isso colocam tudo quanto é tipo de letras em suas contas... (Pura inveja!)

Às vezes, quando em serviço estou, e entro na sala de aula após uma aula de Matemática, brinco com os alunos - "Este cidadão queria ser mestre das Letras, mas..."

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 14/04/2018 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.   

ESTÁ PROIBIDO LER (07/04/2018) 

Outro dia resolvi perambular por vários assuntos em sites da internet - tipo aquele dia que você não tem nada a fazer, ou não quer fazer nada. E, de tanto perambular - cansei-me! (Como se estivesse voltando para casa - fiz o retorno.) Estupidamente, ou por sorte do sr. Destino, deparei-me com um site escrito: Está proibido ler.

Interessante o posicionamento de quem o fez, e fiquei a pensar que tudo que é proibido, é mais gostoso: então, por que não ler o 'algo proibido'? E comecei a ler os textos - que, por sinal, interessantes. E carreguei comigo o fato para dentro do meu trabalho - por que não colocar próximos aos livros a placa: É proibido ler - e em letras garrafais?

Ler é um processo que se constrói ao longo dos anos. E, por conseguinte, são poucos os seres humanos que gostam de ler - se comparado à totalidade de seres humanos que se tem notícia no planeta Terra. Mas o processo realmente é lento, muito lento, pois quando descobrem a 'armadilha' que estão caindo, ou que caíram, deixam o livro do lado. O processo de fixação de leitura no ser humano é árduo! É penoso!

Ler por prazer - está longe de se alcançar. A leitura, de forma 'imposta' (vestibulares), passa a tomar forma próxima aos vestibulares, final do ciclo do EM - e não de forma generalizada. Digo isso tendo em vista a escola em que trabalho: que tínhamos três salas de terceiros anos do Ensino Médio em 2017, uma média de 110 alunos, e destes apenas vinte alunos passaram em excelentes universidades - escola pública para escola pública.

De certa forma, fixaram os seus estudos literários nos últimos meses - fiquei sabendo em conversa com muitos deles. E não podiam dizer que eram privados da leitura, pelo contrário, sempre foram incentivados a ler. Tanto eram que a minha luta pela biblioteca aberta em período integral foi enorme durante anos, até que nos dois últimos anos a vitória veio: biblioteca escolar aberta o dia todo. Parece estranho, talvez, a quem ler, mas os nossos governantes não pensam neste ponto - aliás, fingem não pensar...

Ah, e não pensam - fingem que não pensam, ou pensam tão pouco que, o pouco que se tinha de bibliotecárias, foram sendo 'exterminadas'. Mudaram até a nomenclatura das pessoas que trabalham nas bibliotecas escolares (e, creio eu, por questões salariais...). Nem sempre pessoas preparadas ocupam tal função - que é uma grande perda! E passa tudo a ser proibido - não desarrume a ordem dos livros! Que loucura! Que despreparo!

Creio que realmente deveríamos dizer aos alunos que está definitivamente proibido ler. Somando a isso, diríamos que os nossos governantes baixaram um decreto para tal (que não falta muito!). E afirmo com bastante clareza de mente, pois o velho ditado aqui faz jus: quanto mais inculto um povo, mais fácil de ser governado. Então, para que dar boa educação a um povo? Se quanto mais sábio um povo, é sabido que se torna mais difícil de ser governado. 'Eu, governo, evito problemas ao não dar o que realmente precisam.' - sem falar que cada povo tem o governo que merece!

Está terminantemente proibido ler! Então, está terminantemente proibido ler, tendo em vista que a leitura traz conhecimento, que a leitura traz muito conhecimento, e que deixará o ser humano pensante - não aceitando tudo o que os governantes fazem. Leia, apenas, o que o seu governo quer - que não é muito, pois ele não o quer habilitado (você habilitado traz a ele medo!). Porém, alerto-o: não sejas covarde! Vá a campo... Leia tudo que está, de certa forma, proibido.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 07/04/2018 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.   

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