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MÊS MAR 2012 - DIAS 03 - 10 - 17 - 24 - 31 (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

O PODER DA BELEZA FEMININA (31/03/2012)

Quando se trabalha com adolescentes - assim como eu trabalho - a visão de mundo fica um pouco diferente. Diferente no sentido de realizar determinadas ações que, possivelmente quem não trabalha diretamente com o jovem, consegue perceber.

Trabalhar com o jovem é entrar num mundo que muitas vezes torna-se estranho - ainda mais quando se vai pegando determinada idade - mesmo estando há anos trabalhando com eles. Estar entre os jovens, ter que pensar em certos momentos como os jovens; ou ainda pior: fazê-los pensar num futuro é algo que realmente dá trabalho - mas que, após determinadas conquistas, os resultados são surpreendentes, principalmente quando se pode vê-los executando certas tarefas que os seus conhecimentos passados a eles estão presentes.

Estes dias estou envolvendo os jovens num assunto um tanto até polêmico: a beleza feminina - e entre os adolescentes isso pesa muito. Tanto é que alguns se acham o 'patinho feio' da família, da turma - tanto do lado masculino, como do feminino. É um assunto que levanta muita coisa a ser pensada, pois pode atingir tanto o lado externo, como o lado interno do ser humano, acrescido que não diz diretamente e especificamente à mulher, mas também ao ser masculino que está ao lado dela (ou que estará ainda). Visto por estes lados, há três frentes a seguir - pelo menos é o que pretendo abordar aqui: a mulher pela mulher, a mulher pelo homem, e a mulher e suas realizações.

A mulher vista pela própria mulher é algo incomum - ou seja: é disputa acirrada. E outro dia li numa revista feminina que entre as mulheres existe certa concorrência, uma querendo aparecer mais que a outra - não é à toa que no mundo inteiro produtos destinados ao público feminino geram milhões de dólares por ano; somado ainda que as mulheres, no geral, quase nunca estão satisfeitas com o próprio corpo, necessitando de algumas coisinhas básicas: batom, blush, rímel, base, pó compacto, delineador, perfume, sombra, delineador de lábios, gloss, brilho, gel, esmalte, lixa de unha, brinco, pulseira, anel, colar, hidratante corporal, filtro solar, chapinha, secador de cabelo, escova, pinça, absorvente - e acrescentava ainda: sem contar o que vestem e calçam. Creio eu que fiquei quase sem fôlego ao ler tudo o que havia lá escrito - mas a pura verdade.

Partindo para o segundo item que coloquei nesta minha lista particular, a mulher vista pelo homem, pode até complicar um pouco mais. Complicar no sentido de esta ser ou não ser desejada, de ser ou não ser querida, aceita, paparicada no meio da turma - refiro-me à turma masculina. Isso é bem notório e acrescento que, principalmente nesta fase que ainda estão em desenvolvimento, a algumas a natureza não foi tão generosa, logo permanecem quase que isoladas. Ter notoriedade faz o ego crescer. Mas o tempo passa e é bom lembrar que todo balaio, como diz a sabedoria popular, tem a sua tampa.

No último item: a mulher e suas realizações - fico a pensar principalmente em suas conquistas nas últimas décadas. As mulheres dedicavam, a princípio, ao lar: cuidar do esposo, dos filhos, da casa. Com o passar dos anos começou a seguir determinadas profissões leves e, aos poucos, ganhando espaço no mercado de trabalho - inclusive com profissões que antes eram consideradas apenas femininas. Apesar de toda conquista, há um detalhe - que faz toda a diferença - e que ainda não foi resolvido plenamente: as questões salariais. Ainda hoje há diferenças salariais de ocupantes de mesma função somente porque são de sexos opostos - e desculpem-me alguns por eu falar a verdade: elas, em muitas ocasiões, dão show!

Encerrando estas colocações sobre o ser feminino, sobre a beleza feminina, sobre a garra feminina, sobre as conquistas femininas, acrescento uma fala dita pelo próprio ser feminino: os homens, algumas vezes, sentem vontade de esganar uma mulher, mas não conseguem, pois elas são tudo o que eles mais desejam - e nada melhor que estas palavras para encerrar o mês dedicado especialmente à mulher.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 31/03/2012 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.      

O PODER DA IMAGEM (24/03/2012)

Quanto poder tem a imagem? Você já parou e imaginou o que ela pode fazer? Outro dia fiquei pensando sobre as imagens e, de repente uma, que vi recentemente num livro, veio-me à mente e não a consegui esquecer, por isso estou aqui a escrever. Algo em minha mente acontece para que eu escreva sobre a mesma: talvez as múltiplas respostas que encontrei a partir da leitura da mesma.

Neste momento, que estou com esta imagem fixa aqui dentro - não quero deixá-la somente para mim, quero passá-la ao leitor: lindos pés femininos - mas nas pontas dos pés. Tipo bailarina a bailar, a dançar feliz da vida - feliz da vida coloco por conta e risco, tendo em vista que a imagem trazia apenas os pés, equilibrados nas pontas dos dedos.

Imagine você, talvez dentro de um cinema, ou até mesmo à frente de sua televisão - e, de repente, sereno, belíssimos pés saltam-lhes aos olhos a bailar. Você fica a imaginar: será uma bailarina? (Você não pode afirmar nada porque o local não é propício pra isso - imagine ser areia - e você vê somente os pés e parte inferior da perna.) A imaginação é quase tudo na vida do ser humano.

Você fica imaginando: será alguém querendo ver mais longe? Ou, alguém querendo observar por cima do muro? Ou, por cima de uma multidão à sua frente? Ou, se preferir: alguém se alongando - tantas possibilidades. E, se for mais criativo, pode colocar-se frente ao mar: alguém esperando um barco chegar. São tantas as possibilidades que se abrem que o espaço fica reduzido.

E, pensando sobre a imagem, começo a refletir em cada trabalho duro que cada cidadão exerce. A bailarina, por exemplo, desde cedo os familiares a conduzem para o árduo treinamento, pois um dia a querem ver fazendo parte de grandes shows, de uma grande companhia. Outros operários - dos mais diversos setores, às vezes necessitam ficar nas pontas dos pés para conferir determinados trabalhos.

Ou, o que será que aquela figura tentava avistar tão longe - seja por cima do muro, por cima da multidão, ou ao mar alto? Por cima do muro poderia estar espiando o vizinho, ou simplesmente cochichando; por cima da multidão - tentando encontrar alguém querido; talvez, simplesmente, se alongando - e este ser aqui a pensar coisas; espiando o mar - talvez na esperança da breve chegada de seu amado - antes que o sol se ponha. Tantas possibilidades!

Imagem: quanto poder o vosso! Inclusive - dicas passadas aos meus alunos, outro dia ouvi numa palestra: quero enaltecer o ser - tiro a foto de baixo para cima; quero ridicularizar o ser - tiro a foro de cima para baixo. São os poderes que a imagem nos confere - basta usar corretamente. Ou, basta usar o equipamento de forma adequada.

Deste lado aqui da tela, às vezes estando à toa, coloco uma palavra nos buscadores e quantas fotos surgem, quantos ângulos diferentes - quantos segredos guardam as imagens! Quantos? E eu aqui deste lado frio tentando decifrá-las. Oh! Quanto poder o vosso! Que sorte tem o fotógrafo, pois trabalha diretamente com a arte de registrar os acontecimentos, de registrar a vida. Alguns se especializam em ser repórter fotográfico: deve ser um prazer enorme para os tais - principalmente se trabalharem a linha 'ser humano', se assim posso dizer.

E o melhor de tudo: cada cidadão imagina algo diferente da imagem - sem contar o lado emocional que a mesma interfere - por que não o lado mais profundo do ser humano: o psíquico? O enigmático.

E, observando novamente imagem - os pés equilibrados nas pontas dos dedos, concluo: quanta força pode expressar tal imagem! E eu prefiro ir além do escrito acima: no poder da imaginação.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 24/03/2012 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.       

OS TAIS PECADOS CAPITAIS (17/03/2012)

Nada mais divertido que o tal ser que é chamado de ser humano, de pensante, de racional, de homem; de bicho homem. É tão divertido que acaba instaurando em si mesmo os seus pecados (por pecado pode ser entendido: nada mais que suas desobediências perante as leis do seu Criador, Deus) - e a um grupo de pecados atribuiu nome significativo: pecados capitais; fortes vícios de conduta. Apenas sete! Por que não mais, ou menos, mas tem que ser o número sete?

Aliás, o número sete é muito significativo. O número sete para mim é de muita valia, de muita honra - diga-se de passagem. Em seis dias se fez a Terra e tudo que nela existe, no sétimo dia descansou. O mundo antigo com sete maravilhas: Pirâmide de Quéops, os Jardins Suspensos da Babilônia, Estátua de Zeus - em Olímpia, Templo de Ártemis - em Éfeso, Mausoléu de Halicarnasso, Colosso de Rodes e Farol de Alexandria; o mundo moderno com sete maravilhas: Muralha da China, Ruínas de Petra, o Cristo Redentor, Machu Picchu, Chichén Itzá, o Coliseu e Taj Mahal. As sete cores do arco-íris: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Poderia citar outros - como o dia em que nasci, mas passando a outro assunto.

Os tais pecados capitais, que também são sete - a gula, a ira, a inveja o orgulho, a avareza, a preguiça e a luxúria - estão tão presentes no homem que, por deveras vezes vi estes se enfartarem, principalmente com o primeiro. Incorporei-me hoje no papel de um 'espeto observador' que, tranquilamente na mão de seu amigo garçom-condutor, passa mesa a mesa servindo o homem e, ao mesmo tempo, observando tudo.

É um lugar aconchegante, a churrascaria. Sentem-se, os humanos, no céu. Divagam em seus pensamentos - ainda mais quando acompanhados - e ainda mais quando acompanhado de um bom vinho. Mas, antes de entrar neste particular, os outros pecados me parecem também um tanto pesados. Um homem irado pode acabar com sua casa, com sua vida em poucos minutos - é a presença da destruição; a inveja faz o mesmo regredir, faz o mesmo perder o contato com as reais possibilidades - já ouvi muitas histórias neste sentido; o orgulho faz com que o ser pensante se torne diferente dos outros, se infla, apesar de ir para o mesmo lugar - a sepultura; a avareza faz com que o ser racional se sinta apegado a alguma coisa, passando a ter medo de que algo lhe falte; a preguiça faz com que este ser que se intitula homem passe a não pensar, passe a ser o bicho homem; a luxúria - o excesso em ter, inclusive no prazer; e por último a gula - que merece um parágrafo à parte.

Segundo alguns estudiosos, e segundo as minhas observações, o ser pensante quando diante de iguarias - muda! Transforma-se! Até enfarta-se! A gula é a busca incontrolável pela comida e pela bebida, e até por tóxicos - engolir e não digerir. Prendo-me não apenas ao citado acima, mas indo um pouco mais adiante, na simbologia significa voracidade - que também pode ser usado no sentido de comprar, de usar, de possuir. E fico a pensar: o que será que leva o homem - um ser tão pensante como é - a cometer tal pecado?

Pelos comentários ouvidos, as guloseimas que o homem faz desde que aprendeu a pensar, o levou a perdição. Alguns acham tal perdição uma das sete maravilhas do mundo! Há deliciosas receitas - de muitas já participei efetivamente sustentado-as no fogo - o que não é nada fácil, mas fui treinado para isso - e tais receitas fazem as partes internas do ser humano delirar.

Fico imaginando - a partir dos meus poucos conhecimentos, o que será que os atletas pensam quando estão diante de certos pratos e não os podem comer? - pois querem ir a Londres.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 17/03/2012 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.      

A SOLIDÃO PEDE PASSAGEM (10/03/2012)

Não sei se posso dizer que é opção, ou imposição da vida, mas muitos vivem sozinhos. Viver sozinho não é nada interessante como dizem, mas o contrário - pelo menos penso assim. Muitos cidadãos ilustres registraram os seus pensamentos sobre o assunto ao longo da existência da raça humana na Terra e vale muito conferi-los antes de eu começar a divagar sobre o assunto.

É divagar mesmo: termo que veio do latim divagari, que quer dizer vaguear, andar em diferentes sentidos; discorrer sem nexo - cito alguns pensamentos: 'Há certo gosto em pensar sozinho, é ato individual, é como nascer e morrer.', de Carlos Drummond de Andrade; 'Se você sente tédio quando está sozinho é porque está em péssima companhia.', de Jean Paul Sartre, 'Nunca estou mais acompanhado do que quando estou sozinho.', de Marcus Cícero; 'Para mim, o maior dos suplícios seria estar sozinho no Paraíso.', de Johaan Goethe.

Alguns alegam que viver sozinho é ter liberdade total, é fazer o que bem entender a qualquer momento, é conhecer o mundo sem pedir licença a alguém, é o ir e o vir sem dar explicação, entre outras coisas mais. Em parte é tudo isso - talvez até um pouco mais, mas será que vale a pena? Será?

Outro dia, sentado sozinho à mesa de um bar-lanchonete, com visão privilegiada, contemplava a multidão que alegremente dançava ao som da voz rouca e bêbada dos cantores, dos instrumentos - e fiquei a imaginar o que alguns e algumas faziam após o término do show: a vida não pode parar - voltavam para baixo de seus respectivos tetos, sozinhos - pois conhecia a vida de alguns ali presentes, e começavam a falar com as paredes - assim como já ocorreu algumas vezes com este que vos escreve. De tanto imaginar, certo dia aconteceu o inesperado - e veio tal acontecimento a confirmar o que eu já tinha provado na pele, mas que imaginava ser fruto de minha farta imaginação.

Cessou a voz rouca e bêbada dos cantores; aproximaram-se de mim; a roda se abriu, as conversas tomaram muitos caminhos, mas o fim chegou - a noite fazia-se já alta. Fecharam-se as cortinas do palco da vida, mesmo que de forma parcial, e eu a levei para sua casa. Ofereceu-me água, e ficamos por algum tempo a conversar. Ela, altiva e bela, confessou-me: "O difícil começa agora: o estar sozinha." Pensei com meus botões dourados: também estou nesta, menina-moça-mulher!

Logo, por que não deixar a solidão ir embora? Por que não aceitar certas convivências a dois? Por quê? E se começasse a citar, vários motivos seriam citados aqui. O que será que acontece com os homens e mulheres que se mostram alegres, mas ao apagar das luzes a solidão permanece - não pede passagem?

Parece-me que é mais ou menos assim: vivemos sozinhos, vivem sozinhos; não amamos, não amam; pois - 'Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção', como disse Antoine de Saint-Exupéry, autor de 'O Pequeno Príncipe', um dos livros mais educativos que já li e reli várias vezes em minha vida. E, como sempre estamos correndo atrás, completa: 'Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo', e - por minha conta e risco, arrisco: e temos medo!

Será que estamos voltando para dentro de nós - como disse Mário Quintana: 'Sonhar é acordar-se para dentro.' - e não estamos dando passagem à solidão? Refiro-me aos que nesta situação se encontram (outros, a trancos e barrancos - como dizem - levam a vida a dois... - ou, tentam levar).

É fácil para quem está de fora a comentar, mas o difícil é o viver, difícil é o conviver com a solidão; ou, difícil é conviver... Então, dar ou não dar passagem a tal solidão? Você - se é o caso de estar nesta situação - decida! Ou seja, não dê espaço ao outro para que decida por você - lembre-se o que Bob Marley disse: 'Eu olho para dentro de mim, e não me importo com o que as pessoas fazem ou dizem, eu me preocupo só com as coisas certas.' - logo, a decisão é pessoal, intransferível.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 10/03/2012 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.       

AINDA HÁ ESPERANÇA (03/03/2012)

Os tempos finais estão chegando e há sinais por todas as partes - como pregam muitas religiões, mas poucos ouvem - poucos serão os escolhidos. Mas dizem, apesar dos sinais claros dos fins dos tempos, das dificuldades, sempre haverá esperança - e por mais péssima que esteja a situação.

Fico a pensar sobre o que é a esperança - ou sobre o significado de esperança nos diversos segmentos da sociedade moderna - como cito abaixo - e surpreendo-me cada vez mais com o que me vem à mente. E neste pensar perturbo-me ainda mais: será que apenas eu sou o sonhador? Será que o meu vizinho vive a sonhar? Ou, será que o mundo vive a sonhar?

Há sempre os velhos dizeres - e a exemplificar: a esperança é a última que morre! É um ciclo de buscas, de realizações que movem o mundo - é a esperança em ter dias melhores que faz a humanidade caminhar - mesmo que em meio a grandes atrocidades.

O pobre sempre tem a esperança que um dia melhorará a sua posição social (será? - depende mesmo da sorte de ganhar algo extraordinário dentro de uma casa lotérica); o cidadão de situação razoável espera galgar cada vez mais um patamar mais alto; o que está em cima - no topo - o que dizer? Bem, este eu já não sei o que esperam - mas, creio que esperam sempre ter algo mais e cada vez mais saciar o próprio ego - poucos, neste nível, pensam no próximo.

Na realidade, a criança quer logo ser adolescente, o adolescente quer logo ser adulto - obter a maioridade - ter liberdade; o adulto quer chegar a ancião - e este, com a experiência que possui, tem a vontade de viver sempre mais: é a esperança que move o mundo.

O pequeno ser em formação começa a mexer nos jornais, revistas e livros e logo quer ler; aprende a ler: alguns querem sempre mais (ler, compreender, reproduzir, produzir); outros, já não são assim. Os primeiros cultuarão durante a sua vida o gosto pelo ato de ler, e a este gosto associarão a vontade de escrever - que seguirá durante o seu existir na face desta Terra. Outros pelo ler e escrever se tornarão grandes profissionais: é a esperança crescendo, são as notícias chegando, as histórias sendo contadas e recontadas, inventadas - é a vida continuando.

Mesmo sendo trágico e sofrido o fim que certas doenças causam, sempre há no ser humano um último fio de esperança, seja pela dosagem dos remédios ingeridos, ou pela fé religiosa. Esperança é o que mais prega as religiões - e o homem se apega a este fator.

O trabalhador consciente de seus atos procura sempre fazer o melhor na esperança de ser promovido a partir do seu próprio esforço, de receber mais - e com tais indícios, doam-se. Dobram-se. Desdobram-se. Produzem - enriquece o outro.

Uma nação, mesmo estando em guerra civil, nutre em seu povo a esperança de dias melhores. O derramamento de sangue (e alguns, mesmo sabendo que poderão perder suas respectivas vidas, passam a lutar na esperança de serem heróis - de serem aclamados pelo povo) traz esperança. Traz - pregado por alguns exaltados - até certo ponto, dignidade.

Retomando o parágrafo inicial: os tempos atuais estão cada vez mais difíceis - mesmo contando com toda tecnologia que temos. Chegaremos, talvez, a próxima grande guerra, em situação diferente: com paus e pedras - rudimentarmente falando. Mas o que faz a humanidade caminhar é que a cada vida que nasce renova-se a esperança do homem no próprio homem.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 03/03/2012 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.       

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