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MÊS MAI 2020 - DIAS 10 - 17 - 24 - 31) (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

TODOS JUNTOS EM CASA (31/05/2020)

Semana passada escrevi aqui neste espaço sobre questões referentes ao teletrabalho, sobre o ato de ensinar - e nem por isso o assunto se esgotou - a verdade é que todos estamos ansiosos para que estes dias fiquem apenas como memória, apenas como aprendizado - e que a Terra precisava de descanso, que o ser humano precisava rever alguns conceitos sobre o ato de viver. E nada melhor que uma pausa - mesmo que até de forma 'assustadora'.

Pensando nestas questões, nada melhor que olharmos para nós mesmos e buscarmos em nós respostas, ou perguntas - tendo em vista que são as perguntas que movem o mundo - para nos autoajudarmos. Penso eu aqui com meus 'botões' que a vida pediu passagem neste momento para que refletíssemos sobre o que é viver - mas um viver pleno e em harmonia - comigo e com o próximo, e por que não com a própria natureza?

A esta última citada, dizem alguns estudos, que houve calmaria - menos poluição, menos em tudo - e assim sendo, a natureza agradece. Seguindo o raciocínio da sentença anterior, iniciando-se pelo fim, o próximo muitas vezes estava distante. O próximo, os nossos familiares, por vários motivos ficavam em outros planos (exceto de ser o primeiro), mas com as atividades propostas, por exemplo, pelas escolas, os pais se aproximaram dos filhos, sentiram as dificuldades que são enfrentadas diariamente - e de tudo isso pode-se tirar um grande aprendizado: a valorização do ato de ensinar (que esperamos ser retomada por parte de todos).

Estar em harmonia 'comigo mesmo' - o autocontrole de estar muitas vezes só - estar só pode significar não apenas isolamento, mas uma busca interior de amar cada vez mais a si mesmo. De não ter com quem falar, desabafar - exceto por um meio eletrônico (seja lá qual for o meio/aplicativo). E nessas horas o aparecimento do autocontrole, da busca do autoconhecimento em organizar a própria vida. É o ato mais sublime da busca do 'amor próprio'. É o ato de se encontrar frente a frente. Um aprendizado que jamais será esquecido, que levaremos para a eternidade, pois foi um momento que, sem choro e sem vela, aprendemos muito.

No início desta jornada 'fique em casa' recebíamos muitas imagens e vídeos de amigos - e até mesmo de pessoas desconhecidas - reclamando do isolamento, de possíveis discussões familiares (claro que por um lado, principalmente o brasileiro, gosta de fazer em tudo um pouco de drama, de suspense, de comédia), mas que, com o passar dos dias, notei que foram diminuindo e muitas famílias estreitando os laços de amizades entre seus membros (o que, por sinal, era notado um certo afastamento). Agora, muitos destes já espalham imagens e vídeos de união.

A paz que tanto queremos, de certa forma, volta a reinar com um dilema preciso: 'fique em casa' - que nada mais é do que 'se cuide, cuide de sua família neste momento de isolamento social' (parcial). E, como sabemos, família é o dom maior, é o bem maior: Deus - Família - Comunidade! Deus, o Criador de tudo e de todos, nos deu uma família para partilharmos coisas boas e ruins, para nos ajudar e nós ajudarmos a ela, e - inserido neste contexto, temos a comunidade que pertencemos, dividida em vários itens: de trabalho, de religiosidade, de amigos, e etc. e tal.

Fechando estas linhas, por que não dizer que está sendo a esta geração, a este momento, um grande aprendizado? As palavras #fiqueemcasa creio que nunca foi tão usada como agora - mas com um sentido pleno de zelo: se cuide! A vida vale muito, valorize-a! Então, se cuide! Fique em casa!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 31/05/2020 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.   

TELETRABALHO NO ATO DE ENSINAR (24/05/2020)

Muitos já ouviram, nos tempos atuais, o termo teletrabalho. E, por sinal, dia a dia vamos nos habituando a ele - alguns dirão: neologismo, mas na verdade não é tão jovem assim o termo.

Teletrabalho, também dito trabalho remoto, significa - pela pesquisa que fiz, literalmente, trabalho à distância (português). Deriva do conceito denominado, em inglês, telecommuting - e ainda: home working, telework ou teleworking, working from home, mobile work, remote work e flexible workplace.

Em continuação à pesquisa, o termo teletrabalho surge na década de 70 quando o mundo passava por uma crise no petróleo e havia uma preocupação com os gastos com deslocamento para o trabalho, e determinadas funções passavam a ser atribuídas para a execução em casa. Em 1857, surge o trabalho remoto através das atividades de telégrafo. J. Edgar Thompson proprietário de uma linha de ferro controlava suas unidades remotas através do telégrafo, exercendo a gestão e o controle de recursos e mão de obra remotamente.

Na situação atual em que estamos, muitas empresas estão com seus trabalhadores em trabalho remoto, e, creio eu, que todos os setores estão sofrendo consequências, mas neste texto volto-me para a questão do ensino-aprendizado. E, como faço parte deste setor, sinto mais profundamente as consequências de ambos os lados. E, diga-se de passagem: como há papéis a serem preenchidos (um meio de comprovação deste trabalho remoto).

Deixando o comentário dos papéis a serem preenchidos do lado, a questão maior é o ato de ensinar e o ato de aprender, principalmente nos pequenos, que carecem de alguém ao lado, de alguém que tenha um certo 'jeito' para o ato de ensinar. Nada contra pais, mães, tias/tios, avós/avôs que tentam ensinar, mas em alguns pode ser percebido que não há nenhum 'talento' na questão de repassar conhecimentos.

Antes de dar continuidade ao assunto - mas não fugindo tanto assim, como prova do que falo, recebi há poucos dias um pequeno vídeo de menos de dois minutos, onde uma mãe tentava ensinar o filho no processo de alfabetização. Nos primeiros trinta segundos já ficou bem claro que não tinha nenhuma feição para a situação, e com menos de dois minutos o garoto já estava apanhando (fico imaginando na escola se fizessem isso - tempo das sabatinas e réguas nas mãos dos professores - o que diriam as mães, ou até mesmo esta mãe?).

Por mais que a Educação sofra no momento, está trazendo um grande aprendizado a todos - tanto aos educadores, como aos educandos e seus respectivos familiares. De um lado os educadores estão precisando se adequar às tecnologias (vários programas ao mesmo tempo) - e com o mínimo de recurso possível (pois não foi dado ao educador equipamentos de trabalho que garantam uma tranquilidade no desempenho de suas funções - simplesmente: use o que você tem); por outro lado, os familiares tentando acompanhar o que está acontecendo - e, não diferente do educador, também sem recursos suficientes. (Vale lembrar que tudo foi colocado de maneira rápida, sem uma estrutura que afirme um trabalho adequado, com equipamentos adequados.)

Claro que é sabido que, para um Estado - mesmo forte como é São Paulo, torna-se impossível equipar a todos para este período de trabalho, mas vale ressaltar que, independente de quaisquer obstáculos que surgem, surgiram ou ainda vão surgir, o Estado de São Paulo, através da Secretaria de Estado de Educação, está buscando alternativas para o aprendizado a partir de casa, evitando a disseminação maior do vírus - pois onde se há aglomeração de pessoas, corre-se o risco.

E, fechando estas linhas, é compreensível o esforço de todos os lados na busca do isolamento social (parcial em alguns casos), e se faz necessário para que em breve possamos dizer: passamos por mais uma, superamos, e estamos juntos novamente, e fortes, pela graça do Ser Maior. Se cuide! Fique em casa!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 24/05/2020 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.   

PANDEMIA (17/05/2020)

Creio que muitos não conseguem entender o porquê de algumas doenças serem consideradas 'pandemias'. Então, a primeira coisa a fazer é saber o que significa pandemia. Segundo os dicionários, e também pela internet, 'pandemia' é um substantivo feminino, área da medicina, e significa 'enfermidade epidêmica amplamente disseminada'.

Para compreender melhor: 'uma pandemia é uma epidemia de doença infecciosa que se espalha entre a população localizada numa grande região geográfica como, por exemplo, um continente, ou mesmo o Planeta Terra'. Logo, a partir destes princípios, a preocupação com o novo coronavírus - e se lermos com muita atenção, temos que nos preocupar e seguir o que recomenda os órgãos de saúde pública.

Se pesquisarmos a História da Humanidade, e de acordo com OMS - Organização Mundial da Saúde, uma pandemia pode começar quando se reúnem três condições: a) o aparecimento de uma nova doença na população, b) o agente infecta humanos, causando uma doença séria, e c) o agente espalha-se fácil e sustentavelmente entre humanos. Segundo a OMS, uma doença ou condição, não pode ser considerada uma pandemia somente por estar difundido ou matar um grande número de pessoas; deve também ser infeccioso. Por exemplo, o câncer é responsável por um número grande de mortes, mas não é considerada uma pandemia porque a doença não é contagiosa (embora certas causas de alguns tipos de câncer possam ser).

E lá fui pesquisar (wikipedia) - na História da Humanidade, quantas epidemias e pandemias já aconteceram. Creio que, segundo li, muitas! Citar algumas aqui que marcaram muito - chegando quase a aniquilar cidades inteiras. Epidemias: a) Peste do Egito (430 a.C.) - febre tifoide (causado por bactérias); b) Peste Antonina (165-180) - varíola, e matou um quarto dos infectados - cinco milhões no total; c) Peste Cipriano (250-271) - varíola ou sarampo, que se espalho pelo Império Romano, chegando a matar cinco mil pessoas por dia em Roma; d) Peste de Justiniano (541) - peste bubônica, que começou no Egito e chegou à Constantinopla na primavera seguinte, chegando a matar dez mil pessoas por dia (eliminação de um quarto da população do Oriente Médio); e) Peste Negra (1300), começando na Ásia, depois chegou á Europa, e matou vinte milhões de europeus em seis anos.

A primeira Pandemia reconhecida iniciou na Ásia no verão de 1580 e dentro de 6 meses havia se espalhado para a África e Europa, e daí para a América do Norte. Houve taxas elevadas da doença e uma característica comum a futuras pandemias de gripe foi relatada no Reino Unido: a ocorrência de várias ondas de infecção - no verão e outono daquele ano. Além da grupe, outros tipos de pandemias têm sido registrados na história, como a pandemia de tifo da época das cruzadas e as de cólera que tem sido registrada desde 1816. Um surto de conjuntivite hemorrágica aguda foi reconhecida primeiro durante 1969 em Gana e logo após em outros países africanos. O surto alcançou proporções pandêmicas, com dez milhões de pessoas envolvidas de 1969 a 1971.

Retomando o assunto, pandemia não é algo desejável por população nenhuma, logo, o novo coronavírus também não é. A melhor situação a fazer é seguir o que as autoridades competentes, e conscientes, estão pedindo para fazer/ permanecer em casa por algum tempo e logo estaremos juntos, mas se faz necessário obedecer - sair somente quando necessário. E aprender que respeitar as regras faz-nos bem, e aos nossos queridos também, aliás, a população de forma geral.

Não há necessidade de estres... Há muitas coisas úteis a fazer - quer melhor que ler? Que escrever? Assistir bons filmes, séries? Que participar mais diretamente da família? Que interceder pelos necessitados em forma de oração? E até mesmo agradecer por não estar na lista dos infectados? Há muito a fazer, basta querer! Faça a sua parte e todos ganharemos!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 17/05/2020 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.   

APROVEITE E LEIA! (10/05/2020)

Nesta ocasião em que estamos passando - questão de 'corona vírus' / Covid-19, muito se recomenda ficar em casa, e somado ao ficar em casa, nada melhor que usar o tempo lendo, assistindo bons filmes ou seriados - o verdadeiro cuidar-se!

E, como falamos de livros, várias pessoas e editoras disponibilizaram livros, e livros as mãos cheias, desde os mais simples aos mais complexos, dos de poucas folhas aos mais volumosos - no entanto, que queiram ler, livros não hão de faltar. (Muitos grupos de WhatsApp estão disponibilizando em lazer - se você ainda não tem, pode solicitar que envio também.)

E, falando em livros disponibilizados pelas diversas redes sociais - em pdf - notei que o povo está sensível ao momento (e deveria estar, não só agora, mas sempre - em se tratando de leituras). No Brasil, apesar de dizerem que o papel é o que se tem de mais barato (até pode ser), mas o custo do livro ainda é alto - as etapas pelas quais o livro passa ainda possuem elevado custo, deixando-o fora do alcance da maioria dos brasileiros.

Ante de falar sobre alguns livros, li esta semana dois posts de status que, na verdade, deveríamos fazer exatamente como diz, e com toda certeza seríamos um povo mais culto. Observe esta média de leitura: 'se você ler 15 páginas por dia, em 30 dias terá lido 450 páginas (conforme o livro, poderá ter lido até três livros), em 12 meses terá lido 5400 páginas (cerca de 35 a 30 livros)' - não seria maravilhoso? Ou, ainda: 'se você ler durante trina minutos por dia, três horas e meia por semana, seria o suficiente a terminar de ler um livro a cada três ou quatro semanas (dependendo do volume de páginas do livro) - em um ano você terá lido entre 15 a 20, ou 24 livros' - novamente: não seria maravilhoso? Tudo isso mostra que não precisa de muito esforço para ser culto, basta querer ser!

Vários sites que revendem livros, como exemplo, a Amazon - disponibilizaram a leitura de muitas obras, tais como: romances, novelas, ficção, gibis, livros interativos, livros de informações (inclusive sobre o assunto em questão). Então, aproveitando a 'quarentena', por que não ler? Alguns grupos de WhatsApp disponibilizaram links que, a partir do Google Drive, o leitor poderá baixar e escolher a sua leitura.

Por eu não ser diferente de muitas pessoas (que também gosto de dar os meus palpites), recomendo: Turma do Mônica Jovem (do nº 0 ao 100 - simplesmente top!), Histórias em Quadrinhos / HQ - Chico Bento, O Menino Maluquinho, Hulk, Homem de Ferro, Homem-Aranha, Wolverine, Guerras Secretas, Guerra Civil, Gavião Arqueiro, Drax: Destruidor, Doutor Estranho, Demolidor, Capitão América e Pantera Negra, Capitã Marvel; revistas como a Superinteressante; vários livros infantis, como Férias em Casa, Brincadeiras Criativas, João e os Des Pés de Feijão, Branca de Neve e a Sete Versões; livros de ocupação mental, de relacionamento, relaxamento, além de clássicos, como: A Hora da Estrela (Clarice Lispector), Ensaio Sobre a Cegueira (José Saramago), Os Contos de Hans Christian Anderson, Histórias de Fadas (Oscar Wilde), entre outros.

O que fica bem claro é que devemos ocupar o nosso tempo - o que chamam de quarentena - fazendo algo útil, e que deveríamos levar pela vida toda. A leitura, como citei acima, deveria fazer parte de todo ser humano. É através dela que sabemos o que já foi descoberto, e o que ainda poderá ser um dia descoberto - no caso da ficção, que um dia poderá tornar-se realidade. E, acrescento: que sirva de lição este momento que estamos passando... e não nos esqueçamos de, num futuro breve, guardar em nós a vontade de continuar lendo - o hábito é tudo! 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 10/05/2020 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.   

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