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MÊS JAN 2019 - DIAS 05 - 12 - 19 - 26 (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

ÚLTIMOS DIAS (26/01/2019)

Você, caro leitor, deve estar se perguntando: por que esse título? Pensando um pouco - para tudo há o fim, não é mesmo? Sabemos que sim - mas hoje não me refiro à questão religiosa (mas também sabemos que há um final bom e um final ruim, de acordo com os credos religiosos), mas refiro-me ao período de estar em casa de boa, tanto os professores, quanto os alunos. E, para felicidade de muitas mães, o fim está próximo!

Mas, deixando um pouco de lado o retorno do ano letivo. O que você fez nestas férias? - pergunta direcionada aos alunos e aos professores, independente do grau de escolaridade, mas que precisa retornar à escola nos próximos dias. Apenas descansou, ou usou o tempo livre para algo bom, como passear, ficar mais próximo da família, colocar em dia as leituras (sem compromisso com o dever de ofício, quer de estudante, quer de profissional-educador), ir mais à igreja?

É de se pensar. Foram aproximadamente quarenta dias de descanso, longe do burburinho escolar - neste tempo beneficiou-se por estar mais próximo da família? Assistiu a algum filme bom - que realmente valeu? Leu algum livro? (Quantos livros leu?) Ligou mais o seu pensamento aos céus - independente de religião?

Pensou no que escrevi acima? Restam, ainda, uns dez dias para o início do ano letivo - que deve acontecer a partir de primeiro de fevereiro, se não fez nada do que acima descrevi, está na hora de (re) pensar os conceitos de vivência. Ou seja, o citado acima faz a gente ser mais feliz. E mais feliz exatamente por poder usufruir do que nos foi dado gratuitamente.

E falar em 'dar gratuitamente', podemos dizer que nada do citado faz gastar (ou gastar muito). Estar próximo da família - que gasto traz? Pelo contrário, traz mais afeto, o que não tem preço. Filmes: muitos gratuitos na tevê - basta selecioná-los. Livros - a biblioteca disponibiliza muitos títulos, e hoje em dia, a maioria tem celular e há uma grande quantidade de livros disponíveis para leitura - muitos em pdf que facilitam a leitura (além de outras plataformas de leitura). Ir à igreja - não tem custo, basta querer ser grato ao Ser Maior pelo que Ele proporcionou até os dias de hoje. E tudo, somado, traz realizações.

Quantos gostariam de poder retornar aos bancos escolares, e por diversas circunstâncias não podem - cada um tem um caminho a percorrer. E quantos gostariam de ler, de assistir filmes, de curtir a família, de ser grato ao Ser Maior - mas muitos não possuem visão, audição, muitos não possuem as mãos para agradecer (agradecem em pensamento, em palavras), para elevar aos céus em sinal de gratidão, outros não possuem famílias... Triste de pensar em tal realidade que, muitas vezes, não está longe de nós, mas fazemos de não perceber a situação.

Lembre-se que a leitura sem compromisso, sem obrigação - gera prazer; assistir filmes também; curtir a família - mais prazeroso ainda. Elevar os pensamentos aos céus em sinal de gratidão - quer algo melhor? - pois se estamos agradecendo, sinal que recebemos. Realmente está na hora de (re) pensar os conceitos de vida. Realmente está na hora de correr atrás do 'prejuízo' que nós mesmos causamos. A vida é curta para não a aproveitar de forma correta.

Entre o estar certo, e o estar errado - o melhor é pensar o mais correto, ou o menos correto, pois estamos sempre na busca de acertos, mas o erro faz parte, assim como abrir os olhos e corrigir enquanto há tempo - pois este passa velozmente, e quando nos damos conta, já não há mais tempo suficiente para fazer o que já deveríamos ter feito.

Reavaliar o conceito de vida faz parte de querer ser melhor - e não para aparecer, para se mostrar, mas para rever o que é preciso para atingir novos objetivos, novas metas, novas conquistas, porque o ser humano é feito para conquistas, e não para derrotas. Pense.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 26/01/2019 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.  

LER É UMA QUESTÃO DE, OU LER - EIS A QUESTÃO (19/01/2019)

Muitos perguntam sobre como aprender a gostar de ler - antes de ir ao assunto, coloco em pauta: 'ler é uma questão de', ou 'ler - eis a questão'. Nada melhor que pensar sobre e ir um pouco mais a fundo sobre o ato da leitura.

Segundo o que andei lendo e pesquisando sobre o ato da leitura - inclusive as minhas afirmativas estão em cima de uma pesquisa publicada pelo Ibope - por encomenda do Instituto Pró-Livro (2018), só é leitor quem leu pelo menos um livro (ou parte de) nos últimos três meses. Se leu durante o espaço de doze meses um livro - este não pode ser considerado um leitor. Segundo a pesquisa, o livro mais lido é a Bíblia - um livro marcante e aparece em todos os níveis de escolarização.

Voltando às estatísticas, 74% da população não comprou livros nos últimos três meses, e entre os que compraram por vontade própria, 16% preferem impresso. E os que leem, foram influenciados pela mãe (ou por alguém do sexo feminino), ou pelos professores - nota-se que as mulheres são bem mais leitoras que os homens.

Outro passo importante no processo da aquisição da leitura da criança, consequentemente do adolescente, é o envolvimento dos pais ou responsáveis, pois se aprendemos pelas experiências, nada melhor que ter um 'modelo' para seguir - e este modelo propiciará à criança o material necessário para o desenvolvimento - ou seja, o livro. Assim, desde pequena, a criança de posse do livro, dificilmente o abandonará. Logo, os adultos são os responsáveis pela introdução e manutenção da criança no 'mundo do livro'. E vale lembrar que começa pelo contar histórias, e - pouco a pouco, o gosto é implantado.

Continuando a falar de leitura, faz-se necessário ter um bom ambiente para se ler (exceto quando se está dentro de um veículo a caminho do trabalho, por exemplo), mas quando não, tem que se levar em consideração que deve ser um local bem iluminado (pouca luz prejudica rapidamente a visão) e de pouco barulho - ler exige concentração. Muitas vezes se lê e não se entende - pelo simples fato de não ter tido foco, concentração. Quando não houver jeito de fugir do barulho, recomenda-se o uso de um fone de ouvido - e até colocar uma música de sua preferência enquanto se faz a leitura.

E todo esse processo traz benefícios - ou seja, a leitura traz benefícios. Segundo a Ciência, os pais que leem aos filhos desde pequenos, estes sentem maior facilidade no momento da alfabetização, pontuam mais nos testes de inteligências e se dão melhor na vida adulta. Entre os benefícios da leitura, podemos citar: 1) promove a saúde mental (evitando desenvolver a doença de Alzheimer), 2) reduz o stress (perder-se em um livro é o maior relaxamento), 3) melhora o conhecimento geral (conversa sobre quase tudo, tem assunto), 4) mais empatia (ser diferente e respeitar as diferenças), 5) expande o vocabulário (ajuda a captar a atenção e imaginação do outro, abre caminho para promoções), 6) melhora a habilidade de escrita (mais leitura, melhor escrita), 7) melhora a memória (quando se lê, precisa seguir o enredo - logo a memória precisa estar ativada), 8) melhora o foco e a concentração (para se ler, e entender, precisa de foco - seguindo o foco, tem-se maior concentração), 9) melhora o sono (a leitura pode funcionar como uma pílula e nada melhor do que ser acordado com um livro na mão), 10) finalizando - pode ser um entretenimento grátis (apesar de ainda em termos de terras brasis o livro ser caro - há as bibliotecas, e tem mais: o escritor traz ao leitor um mundo diferente, uma imaginação fértil, um transporte ao mundo criado totalmente diferente do que se conhece, do que se vive).

Então, fechando estas linhas, leitura é uma questão de ler, de ter sido incentivado a ler (e não simplesmente de gostar de ler). Fica bem evidente que o incentivo à leitura tem que se fazer presente desde pequenos, pois se dobra a madeira quando ela é nova, pequena - não é assim que diz o ditado popular? E para ler o mundo é preciso observar, experimentar, comparar, construir e modificar. 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 19/01/2019 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.  

APENAS UM REAL (12/01/2019)

Sempre ouvi falar em coisas de um real, mas nem sempre liguei para esta questão, exceto para comprar alguns vasos que tenho em casa, pois nos fundos de casa o que mais tenho são plantas - inclusive hás uns três anos andando pela cidade encontrei numa loja um pedestal onde tem espaço para colocar exatamente vinte e oito vasos pequenos - levei-o para casa, enchi de vasos com pequenas flores coloridas que, ao anoitecer, não canso de apreciá-las, contemplando nelas a glória do Criador.

Mas o um real que me refiro é: Bom Prato! (Além do café por cinquenta centavos!) Eu ouvia muitos comentários sobre o lugar (em Araçatuba - voltou a funcionar no início do segundo semestre de 2018), e resolvi conhecer. E nada melhor que, para conhecer, saborear a alimentação do lugar. Lá fui eu: coloquei um real no bolso e acompanhei a fila - que por sinal estava grande, mas rápida. (Observando sempre: os de mais idade com fila preferencial - ah! Lei é Lei, mas estes não precisam de tanta pressa como os que trabalham!)

Um dia, se tudo correr bem, e se estiver no meu script de vida, também chegarei a melhor idade, por assim dizer - a preferencial! E, como sempre disse, também vou exigir os meus direitos de cidadão que a Lei me permite (mas, pensando bem, em alguns lugares as filas preferenciais caminham mais lentamente que as filas 'normais').

Voltando ao assunto em questão - o Bom Prato: saboreei a alimentação com gosto! Bom mesmo e voltei lá outras vezes. Sempre que tenho algo a fazer (ainda mais agora que estou em período de férias, esposa trabalhando, preguiça de arrumar o almoço, saco um real do cofrinho) - resolvo os problemas que tenho que resolver pela cidade, e dirijo-me ao Bom Prato! Vale a pena!

E sabe o que mais vale a pena? Você deve estar pensando em tantas coisas, mas talvez não tenha pensado no que vou escrever abaixo, pelo simples fato de não ter ido lá ainda - por vergonha, por falta de conhecimento, por falta de tempo, ou sei lá o quê. Mas o interessante, que vale a pena, saliento dois pontos: primeiro que você pode compartilhar a refeição - lado a lado, com pessoas desconhecidas, pois cada dia que fui sentei num lugar, com pessoas totalmente desconhecidas - e como sou falante: ah! Ser falante... A conversa flui; o segundo ponto é que cada um tem histórias e mais histórias a contar, e querem espaço para contá-las.

Na última vez que estive lá (durante esta semana), a carne oferecida era a suína. E muitos não gostam (eu, por exemplo, não aprecio muito - apenas alguns pequenos pedaços). Outros senhores e senhoras que estavam à mesa também não apreciavam tanto quanto eu, enquanto outros apreciavam mais - o melhor de tudo aconteceu: nada se perdeu, pois antes de iniciarmos a comer, oferecemos uns aos outros. E tudo resolvido, nada esperdiçado!

E para quem gosta de falar, como eu, e que também quero ouvir as pessoas, pois delas construo os meus textos, dar ouvidos a estas pessoas faz-nos sentir participativo do mundo delas. No dia da carne suína, um senhor moreno, de bigodes que começavam a aparecer os fios brancos, contou-nos que - quando mais jovem - seus pais criavam porcos: "E aquilo sim era porco!", o outro disse: "Já não se pode confiar nestas carnes suínas de hoje em dia, porque no meu tempo..." - e lá se foi o tempo que os meus ouvidos se deleitaram em ouvir as histórias suínas - inclusive contei a minha que, em certa época da vida, meus pais moravam numa chácara e eles tinham uma boa criação de porcos, com chiqueiros próprios, ladrilhados, e os porcos comiam ração (milho que papai preparava) e que eu buscava no Ceasa as frutas, verduras e legumes que não seriam mais aproveitados e deitava-os aos porcos.

Coisas que o Senhor Tempo não apaga, não é mesmo? As boas conversas, o compartilhar, o conhecer um pouco do outro que, talvez, nunca mais se encontrará - é assim mesmo a vida! Mas vale bem mais que um real!  

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 12/01/2019 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.  

A INTERAÇÃO HUMANA (05/01/2019)

Segundo os dicionários, interação humana é quando duas ou mais pessoas estão empenhadas em desenvolverem algo juntas, onde a ação de uma provoca uma reação na outra. Partindo desse princípio, caro leitor, qual a interação posposta para esse ano que se iniciou?

Nos mais diversos setores da sociedade podemos ter interação - exemplo frio: um curso online, onde de um lado está o aluno precisando de informações e do outro lado o professor com as possíveis informações. Partindo deste exemplo, creio que o restante nem seria preciso comentar - mas vamos a algumas interações que nos ajudarão a caminhar com mais leveza neste ano que se iniciou há pouco. Interações estas que estabeleci alguns critérios pessoais.

A primeira interação deve vir dos princípios religiosos, ou seja: crer num Deus Todo-Poderoso, pois é a partir d'Ele que tudo se fez. E, para os cristãos, independente da igreja que segue (placa de igreja não salva ninguém, mas sim a fé - e a fé sem obras, é morta), tem um significado muito grande: a começar pelo primeiro dos grandes mandamentos: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo" - como pode o homem amar ao seu semelhante, se não ama a si mesmo? E, amar a si mesmo é reconhecer em si a imagem, o poder e a presença do Ser Divino, que não o vemos, mas apenas cremos por fé!

A segunda interação tem que começar dentro de casa: relacionamento familiar. A constituição familiar tem que estar, tem que andar em perfeita comunhão, caso contrário o caos se estabelece - quando os pais não se entendem, quando discutem, os filhos seguem caminhos desordenados. A força da palavra de um pai, de uma mãe, muito pode em seu efeito - ainda mais quando se tem a orientação Divina. E a orientação Divina se consegue com união, com oração, com fé, com jejum, com clamor ao Pai Todo-Poderoso!

A terceira interação - e última, abrange o lado social. E o lado social é muito vasto, pois partindo do seio familiar, segue-se para os membros mais distante da família, colegas de escola, de trabalho, de clubes que se frequenta, membros de uma igreja, e poderíamos nomear muitos outros tipos de sociedade. E, para que a interação aconteça, se faz necessário o bem-viver, ou seja, adaptar-se ao local em que está e respeitar as regras pré-existentes.

Quando se fala em regras pré-existentes, imagina-se que a ideia principal é aceitar de forma muda o que está proposto. Em algumas situações sim (como costumo dizer: certas coisas já eram assim antes de eu nascer, e creio que você também já ouviu essa citação), mas em outras situações há coisas que podem ser discutidas, reformuladas - desde que venham em benefício de todos. E, para que isso aconteça, todos têm que estar de acordo. Não é a voz de um - se for a voz de um: chamamos de imposição; mas um dá a ideia, discute-se, e a aprovação tem que ser da maioria.

E, para fechar estas linhas, creio que não há maior interação no ser humano se ele não interagir com si mesmo; quando isso não acontece, ele está totalmente perdido. Interagir-se é ter um tempo para se autoavaliar: uma verificação objetiva de si mesmo nos pontos principais da vida, tais como o relacionamento com Deus, com a família (tanto os de mais perto quanto os de mais longe), com os amigos, com os colegas de escola, de trabalho, com os membros da comunidade religiosa que segue - é um processo um tanto doloroso, mas necessário.

Tal interação - consigo mesmo - após breve reflexão, assegura a tomada de novos caminhos que, por sinal, já tinham que ter sido tomados antes (mas nunca é tarde para recomeçar). O importante é reconhecer que há necessidade de recomeçar, de rever conceitos, de rever as tomadas de decisões. Assim a interação humana estará completa. Pense!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 05/01/2019 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.  

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