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MÊS JAN 2015 - DIAS 03 - 10 - 17 - 24 - 31 (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

À MODA ANTIGA (31/01/2015)

Há muitas coisas que podemos falar sobre fazer à moda antiga - mas nem todos compreendem que, às vezes, é necessário fazer para saber que gostinho que se tinha quando se fazia àquela maneira. E uma delas que cito hoje - entre tantas que se tem - é escrever cartas. Papel e caneta na mão e sonhar...

Escrever cartas está há anos ultrapassada (substituídas por e-mails, facebook, mensagens instantâneas, e outras tecnologias que vão surgindo constantemente) - mas ainda há entusiastas que, por razões várias, escrevem. Há clubes de cartas (os clubes de correspondências). Sair de casa e dirigir-se à agência dos correios, com toda a modernidade que se tem, passa a ser algo fascinante! Algo que os jovens de hoje desconhecem tamanha sensação.

O mais fascinante é a espera. A espera cria uma expectativa enorme: o que será que vem ao meu encontro? Vai demorar? Além da folha escrita, virá algum presentinho? Um cartão-postal, por exemplo; ou um livro; ou um desenho pintado à mão - uma verdadeira obra de arte! São tantas perguntas que, ao ouvir o carteiro deixar uma correspondência na caixinha dos correios, corre para lá na tentativa de satisfazer a curiosidade.

E nem sempre é a carta esperada - pode ser, por exemplo, a chegada da fatura do cartão de crédito: verdadeira decepção - acréscimo nas contas a pagar. Acréscimo de preocupações: gastou-se muito e não há verba suficiente no orçamento para a quitação do mesmo - e prováveis noites de falta de sono poderão ocorrer. Certas escolhas podem causar dor, desconforto, preocupação. Pensar antes é a melhor solução, ainda.

Mas também pode ser a tão esperada carta - uma correspondência, por exemplo, de uma terra distante, de uma pessoa que não se conhece (que passará a conhecer). E, pode parecer que não, mas o envelope quase sem peso passa a queimar em mãos: procurar um lugar aconchegante para abrir e tentar engolir linha a linha as palavras ali contidas. Ou, pode ser um envelope um pouquinho mais pesado e conter surpresas.

São histórias e mais histórias. Descrições de lugares fantásticos - digo assim, pois cada um tem uma visão de onde vive e a descreve com sensações maravilhosas. E o leitor, quem recebe a carta, fica imaginando os lugares através das palavras ali escritas - palavras carregadas. É um pequeno livro aberto para viajar. Digo isso porque certa época de minha vida fazia correspondência com 'international friends' e, ao receber as cartas - e muitas acompanhadas com cartões-postais, viajava por lugares que, dificilmente, um dia pisarei os meus pés.

E, fechando estas linhas, deixo aqui o registro que escrever cartas também pode ser um meio de expor determinados sentimentos que, provavelmente, para pessoas conhecidas não deixaria transparecer. Escrever cartas é um meio de conhecer pessoas e fazer novas amizades - mesmo que nunca venham a se conhecer pessoalmente; de vivenciar determinados lugares, e de até conhecer histórias que os livros não trazem.

Então, acesse a internet e procure sites, blogs, que promovem este tipo de intercâmbio. É interessante e, ao mesmo tempo, está exercendo algo que o ser humano aprendeu há muito tempo: a escrita. E, mesmo que contenha erros, escrever é sair do real e ir ao imaginário. 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 31/01/2015 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.  

PAI, O SER MAIOR! (24/01/2015)

O mundo gira, nós giramos juntos, portanto estamos firmes no Ser Maior - no Pai Celestial, o Criador de tudo. Ele nos dá a firmeza que precisamos - basta crermos. E, pensando assim fazemos comparações com o mundo que nos cerca, com as coisas que acontecem por aqui. E não adianta pensar diferente - as comparações são inevitáveis.

Deus, o Ser Maior, criou tudo que há neste mundo e cada um com a sua função. Criou a parte vegetal - e dela aproveitamos muitas coisas, tanto para a alimentação, como para a saúde (as ervas medicinais), como para a ornamentação. Criou o mundo animal e dele, assim como no vegetal, aproveitamos uma boa parte para a nossa alimentação, para a nossa companhia, para o encanto dos nossos olhos e ouvidos.

E entre os que possuem carne, criou o homem à sua imagem e semelhança - mas a este deu sabedoria, inteligência (e que muitas vezes não é usada para o lado bom): e somente ao homem deu o poder de saber que um dia passará desta vida terrena para outra vida - espiritual (e há muitos filmes que, a partir da imaginação de seus criadores, mostram esta possível realidade - digo possível porque ninguém voltou para responder o que há do outro lado da vida - pelo menos é o que eu creio). E, seguindo esta linha de pensamento, sabemos da morte, mas não a queremos por perto.

Falando nela - apenas uma escapadinha da originalidade do texto - nota-se que em sua passagem, assim como no nascimento, traz consigo flores. Estranho, mas possivelmente uma forma agradável de saudar tanto a chegada como a partida - a passagem por este planeta. E, falando em flores, digo com plena convicção: o espetáculo da vida. Constitui o renascer constante da vida - o embelezamento da mesma.

Voltando ao Pai Celestial temos a ideia do pai material. Como é bom poder sentir-se pai! Os problemas aparecem - não há como escapar deles, mas no final vale a pena ser pai. Viver intensos momentos de pai. Vale a pena - mesmo sabendo que pode ser um pai Severino, viver o pai Severino. Pai - palavra doce, assim como se pronuncia mãe! Ambas possuem uma visão diferenciada no reino das palavras.

Os filhos provocam os pais - mas lá no fundo há a consciência de que ser pai é um privilégio que a raça humana tem. Os outros animais acompanham os seus filhotes por um determinado tempo de vida; o homem tem a capacidade de estar por muitos anos ao lado dos filhos, de ser chamado de pai, de avô, de bisavô (alguns alcançam essa graça).

Viver o papel de pai aqui na Terra é um dom que somente 'vivendo' para saber. Faz-se necessário pensar muitas vezes sobre esta responsabilidade dada ao Homem pelo Ser Maior - a missão de orientar o ser que um dia também poderá ser pai. É sabido que em muitos casos há desentendimentos familiares, separações, mas os filhos não podem ser atingidos. Mesmo que um pouco distante por razões citadas anteriormente, o papel de pai é importante na vida de um ser em desenvolvimento.

Dentro dos muros escolares percebe-se muito esta situação - refiro-me sempre à escola por lá estar inserido há quase vinte e cinco anos! Como o tempo passa! E que digam os espelhos! Às vezes um pouco pior: pai dentro de casa, mas sem atitude. E nota-se também o contrário: pai um pouco afastado do convívio do dia a dia, mas 'presente' na vida dos filhos. Creio que tudo é uma questão de olhar a vida pelos vários prismas que ela oferece.

E quero fechar este texto citando que por mais que pensamos porque determinadas coisas acontecem conosco - e que nunca chegamos a uma conclusão - creio que acontecem porque deveriam acontecer: nem sempre o livre arbítrio funciona - penso eu que ser pai é um momento mágico da vida. E aqui registro um convite aos pais: vamos viver intensamente os momentos mágicos que a vida proporciona em sermos pai! 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 24/01/2015- em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.                  

CONVERSA FIADA ENTRE LIVROS (17/01/2015)

Muitos já devem ter imaginado, sonhado, e até vivido um belíssima tarde entre livros - nada melhor que a biblioteca. Um lugar recheado de todos os tipos de textos, desde o mais simples até o mais complexo. Dos mais diversos autores saem as mais geniosas ideias. E por isso o caminho é longo, lento e muito prazeroso.

Outro dia fui à biblioteca municipal 'Rubens do Amaral' e passei lá algumas horas - perdido entre livros e entre amigos. Conversa fiada sendo fiada. Passando por livros, autores internacionais, nacionais, regionais, e locais sendo transformados (se transformando em personagens), heterônimos e mais heterônimos - e eu no caminho para casa a pensar sobre tudo.

O que seria o mundo sem os livros? Que pergunta! Creio que seria um verdadeiro caos - pois estaríamos sem registros, sem saber o que os outros pensam. Sem saber o que os outros imaginam - e a imaginação é o que faz viajar. Entre livros se viaja mais. Creio que as pessoas que trabalham entre livros são muito felizes, ainda mais se houver nelas interesse por livros.

E a conversa fiada rodou por vários campos - e um deles foi a situação da própria biblioteca. Particularmente sou um sócio ativo e bem antigo. Tão antigo que a minha numeração de uso (cadastro) é antes do número mil. Outro dia fiquei até assustado com a foto que lá consta: eu era tão jovem, menos da metade de hoje - por assim dizer. Realmente o tempo voa - e não continuamos numa boa, pois os problemas começam a aparecer.

A biblioteca está num lugar 'impróprio' - sabemos disso, mas aos poucos está sendo melhorada - pois pode apenas ser usada verba municipal. E refiro-me aqui a dois fatores: situação predial e situação arquivo. Na primeira notamos melhorias: biblioteca em breve estará climatizada - ufa! É uma conquista merecida, pois os frequentadores merecem tendo em vista o calor que a nossa cidade passa. A segunda - situação arquivo: notamos uma melhoria significativa, está deixando ainda um pouco a desejar, mas num país que pouco valor se fá ao livro, temos progredido significativamente.

E, neste espaço delicioso, os personagens se multiplicam em nossa cabeça. Os funcionários comentam os autores que por lá passam - e dos mais variados. E fico eu a imaginar - principalmente os araçatubenses: um mais estranho que o outro, a começar por este que escreve estas linhas. Mas a diversificação é a motivação de eu, por exemplo, estar naquele lugar. E lá tem um cantinho especial: o Espaço do Escritor.

Quando uso a palavra 'estranho' é no sentido de diferente - não me interprete mal, escritor araçatubense. Se eu pudesse... Se eu pudesse faria uma pesquisa e caracterizaria cada um deles com suas estranhezas que encontramos em seus textos... E nele o leitor viaja para lugares distantes - como o passado que estava logo ali.

Falta-me tempo para colocar em prática tudo que desejo, mas é um desafio que neste texto coloco: buscar uma estranheza de cada autor e um dia publicar nos relatórios do meu site. Eu, por vezes, já fiquei pensando nas minhas estranhezas - e creio que muitos também já pensaram nas estranhezas que tenho. É quase natural essa ideia de imagina as estranhezas que os outros têm. E assim, de conversa fiada a conversa fiada, fui fiando o texto que acabo aqui. 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 17/01/2015 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.  

 LIBERDADE TÃO SONHADA! (10/01/2015)

Ao ligar a televisão, desde quarta-feira, um dos assuntos mais falado é a liberdade - liberdade de expressão. Nada mais justo, não só pelo fato acontecido (o atentado terrorista ao jornal francês Charlie Hebdo que levou à morte doze pessoas, e onze ficaram feridas), mas também por se tratar das poucas coisas que ainda continuamos sonhando: liberdade!

Digo assim pelo simples fato de sempre pregarmos tal assunto, mas poucos realmente lutam por ela. E a começar por nós mesmos, estamos certo que erramos em muitos itens: policiamos-nos o tempo todo e sonhamos com liberdade. Até concordo, em parte, de nos policiarmos, mas quando fazemos assim, estamos claramente tirando a nossa tão sonhada liberdade. E usamos a frase que a nossa liberdade vai até o começo da liberdade do outro.

O atentado terrorista na França dá um panorama bem claro desta tão sonhada liberdade de expressão. Queremos, lutamos - mas volto e repito: poucos! Alguns se escondem, em seus textos, em seus discursos, em suas charges e por meio de parábolas falam das coisas e lá na frente vão dizer: eu já falei sobre este assunto, mas deu pouca visibilidade. De que adianta? Com certeza a resposta é uma só - de nada adiantou, ou: surgiu ouço efeito.

Vale dizer que poucos têm a coragem de mostrar realmente a que vieram, porque estão ali, porque escrevem daquela maneira, porque pronunciam daquela maneira, ou - como os citados acima que deixaram ao mundo suas charges bem compreensivas e estas causaram revolta e indignação. Sabiam do risco que corriam (tinham até acompanhamento policial), mas perseveraram fazendo o que tinham em mente. Não foram as ameaças que os calaram, mas as ameaças estão fazendo com que sejam lembrados - e para sempre.

Saindo um pouco da tão sonhada liberdade de expressão, temos a nossa própria liberdade que, para não infringir a do outro, muitas vezes paramos no meio do caminho - e não adianta dizer como o poeta: que tinha uma pedra no meio do caminho, pois em outras partes estão escritas que as pedras são colocadas por dois motivos - vou citar apenas dois, mas creio que devem ter mais: para provar a nossa fé, a nossa paciência e para provar se somos capazes de - duas opções: ou tentar removê-la, ou transpô-la. O importante é ir adiante, sempre.

O terrorismo não vai fazer o mundo se calar. Pelo contrário, os homens e mulheres de bem vão abrir a boca e sair atrás dos culpados. Justiça seja feita. É preciso fazer justiça pela Justiça, pois esta foi dada a partir das mãos Divinas. Assim como as outras ciências, todas estão aqui a mando Divino e sendo usada a favor dos homens, apesar de alguns não entenderem perfeitamente como tudo isso funciona.

E, para encerrar este assunto, outro dia, num círculo de pessoas que gostam de escrever, ouvi alguns reclamarem que determinados textos haviam sido recusados por determinados veículos de comunicação - fiquei pensando: até certa parte, como citei acima, é normal - pois prezam pelos seus leitores, olham as religiões e os bons costumes (exagerou, corta!) e se acharem ruim, que produzam o seu próprio jornal. E a tal liberdade de expressão vai por rio abaixo - o que vale, caro leitor, é ter uma boa 'aparência' perante os leitores. 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 10/01/2015 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.  

DISCURSOS E AÇÕES - COMPROMETIMENTO (03/01/2015)

No primeiro dia do ano, às quinze horas, diante da televisão, fiquei a pensar: precisamos passar dos belos discursos a ações mais eficazes. E assim o Brasil, nós brasileiros, estamos sempre a ouvir os discursos políticos, os discursos empresariais, os discursos religiosos, os discursos familiares - e então, depois de ouvir tudo, o que fazemos?

Fazemos sim, mas é tão pouco! E não digo apenas pelas ações governamentais, empresariais, religiosas, familiares - mas a postura pessoal que tomamos. Ou, que deixamos de tomar e, somente horas, dias, semanas, meses, anos depois que lembramos e concluímos que deveríamos fazer diferente. E, vou dizer assim: já é um bom começo, mas longe do necessário.

Voltando ao discurso de posse do segundo mandato da presidenta reeleita Dilma Roussef - que foram quarenta e três minutos (pouquinho mais, pouquinho menos) - algumas coisas foram plenamente satisfatórias, outras ficaram a desejar (a exemplo de qualquer governo): são coisas que todo ser pensante sabe. Aliás, todo governante também sabe. Poucos procuram chegar perto das grandes realizações (e diga-se que o governante não governa sozinho - e jogam a culpa nos que estão ao lado: parlamentares e, principalmente, na oposição - e vice-versa). Ah! É política - ou, melhor dizendo, a politicagem que não deveria existir é perversa. Então destaco a fala, que será lema de seu segundo mandato: "Brasil, pátria educadora".

Muito bem bolada a frase - e então, e as ações? Pensar em Educação é uma questão de obrigação dos governantes. Um povo instruído é um povo que sabe o que quer - um povo que não aceita uma pequena fatia dos dividendos, mas um povo que luta por pensamentos grandes. Pensar em Educação é dar dignidade aos que a fazem acontecer: aos mestres - indiferente do grau que exerçam em sua função de educar. E dar dignidade significa: formação profissional adequada, salários adequados, prédios adequados, materiais a serem usados adequados. Não simplesmente dizer que teremos uma escola de Tempo Integral - por exemplo, mas se não temos como desenvolvê-la satisfatoriamente - não queremos deixar tudo muito bonito no papel, queremos ações que funcionem.

Não quero me estender muito, então deixo os leitores pensando sobre dois assuntos: 'espaço físico e espaço pedagógico'. Então, senhores pais, sobre o primeiro assunto, questiono-os: estiveram em dezembro na escola de seu filho (refiro-me aos pais que possuem seus filhos em escolas públicas - municipal, estadual ou federal)? Pois bem, se foram, ótimo, pois ao retornarem com os seus filhos em dois de fevereiro para o ano letivo de 2015 poderão conferir se os nossos governantes estão, ou não, preocupados com o bem estar de nossos filhos - pois também tenho filha em escola pública e me preocupo com o bem estar dela e dos que lá estão, pois também estou neste espaço. Se não estiveram, falharam - deveriam ter ido e visto como os prédios estão (nem todos em bom estado de conservação) - mas ainda dá tempo de ir nesta semana e conferir em fevereiro. Pois não temos boas expectativas...

A segunda questão, o espaço pedagógico - refiro-me aqui a espaço pedagógico a tudo que envolve o ato de ensinar, que é outra situação problemática. Os governantes, através das equipes gestoras educacionais, tentam certas ações que dificultam o ato da aprendizagem. Às vezes penso que nunca entraram em uma sala de aula os que delegam certos tipos de ações...

Mas, fechando este texto, senhores pais e leitores, procurem atentar mais para o seu filho: ou seja, para o lugar em que seu filho está estudando (espaço físico) e para o que está aprendendo - e cobrem melhorias, pois somente nossas ações farão nossos governantes pensarem diferentes. E vamos continuar continuando a escrever e o leitor vai continuar continuando a ler - e esperamos que os governantes continuem fazendo - e sempre mais! 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 03/01/2015 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.

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