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MÊS JUL 2011 - DIAS 02 - 09 - 16 - 23 - 30 (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

OS CLÁSSICOS - UMA VISÃO DIFERENTE (30/07/2011)

Sistematicamente os professores indicam aos alunos do Ensino Médio a leitura dos clássicos - ou, pelo menos, todos os profissionais da educação que têm consciência fazem isso - e desta época do ano para frente ainda mais: vestibular às portas. Mas, ultimamente os conceitos têm mudado um pouco essa maneira de como apresentar.

As mudanças ocorrem pela fugacidade do tempo - hoje, num estalar de dedos, as informações estão em nossas mãos. A mídia eletrônica faz com que tudo mude - inclusive a maneira de se ensinar. Antigamente - não muito tempo atrás - os professores exigiam, sem nenhuma culpa, de seus alunos a leitura dos clássicos, somado a tudo que a Escola Literária referente à obra oferecia. Hoje é um pouco diferente: pede-se ao aluno que leia os clássicos. A mídia eletrônica fornece ao educando - e ao leitor em geral - um resumo da obra, comentários e até filmes.

Para exemplificar: o clássico poema 'Morte e Vida Severina', de João Cabral de Melo Neto, publicado pela primeira vez em 1966 (escrito entre 1954 e 1955), onde Severino é um retirante: ele é como muitos outros e que está partindo para o litoral, fugindo da seca, da morte. A vida na Capital parece mais atraente, mais vida, menos severina. Em suas andanças, entretanto, Severino se depara a todo momento não com a vida, mas sim com o que já conhece como coisa vulgar: a morte e o desespero que a cerca. Para este grande clássico há versão completa para baixar em pdf, resumos literários, filmes e, recentemente, o filme em história em quadrinhos (enviado recentemente às escolas públicas do Estado de São Paulo). Pergunto: uma visão diferente de se ensinar?

Outro exemplo: o romance 'Grande Sertão: Veredas', do mineiro João Guimarães Rosa, é considerado uma das mais significativas obras da literatura brasileira, publicado em 1956, inicialmente chama atenção por sua dimensão - mais de 600 páginas - e pela ausência de capítulos. Guimarães Rosa fundiu nesse romance elementos do experimentalismo linguístico da primeira fase do modernismo e a temática regionalista da segunda fase do movimento, para criar uma obra única e inovadora. Também temos versão completa para baixar em pdf, resumos literários, filmes. Pergunto novamente: uma visão diferente de se ensinar?

Talvez - mas de se pensar.

Mas em todas as versões citadas acima há o lado bom e o lado - por assim dizer - não tão bom. O lado bom é que, de uma forma ou de outra, o aluno (ou, os interessados em ler) têm acesso e lêem. Por outro lado - o não tão bom - é que leva alguns preguiçosos a se limitarem ainda mais na questão do ato de ler. Quando se tem acesso a um resumo - como o próprio termo já diz: é um resumo - e muitas coisas podem ser omitidas (e são!), pois depende de quem o escreve. Quando se tem acesso a um filme (seja ele da maneira que for - ou como citei por último: história em quadrinho), também se fica limitado à interpretação dos atores/atrizes - ou do desenhista/cartunista. Um exemplo bem claro é do poema de João Cabral de Melo Neto citado acima: quem nunca o leu, ao assistir o filme ou o filme em forma de história em quadrinho ficará um tanto perdido.

Olhando atentamente em tudo citado no parágrafo anterior: em todos os processos ocorrem leitura; mas fica um 'ato' a se pensar: nada substitui o prazer de pegar um livro e lê-lo na íntegra - só nele há de se encontrar realmente o que o escritor quis transmitir através do poder da palavra. Seja ele clássico, ou não, o livro tem o poder de transformar completamente, enquanto que, o resumo, parcialmente.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 30/07/2011 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.

SER ESCRITOR - ESTAR ESCRITOR (23/07/2011)

No próximo dia 25 de julho, segunda-feira, comemora-se o Dia Nacional do Escritor, que, segundo o escritor Laé de Souza, foi instituído em 1960, após o sucesso do I Festival do Escritor Brasileiro, promovido pela UBE - União Brasileira de Escritores, tendo, na época, como presidente João Peregrino Júnior e vice-presidente Jorge Amado.

Aqui em Araçatuba a programação sofreu alteração: foi comemorado ontem, sexta-feira, e juntando o passado, presente e, olhando para o futuro, comemorou de forma diferente: sarau blogueiro. Um olhar para o passado (escritor da 'pena' - sem ir muito distante), somado ao presente e futuro: os autores de blogs. Sendo este último (blog) temido por alguns escritores, mas que aos poucos vai ganhando - por assim dizer, a simpatia até dos mais tradicionais

Mas, na verdade, o que é ser escritor? Janethe Fontes, romancista brasileira, diz que 'para ser escritor neste país é necessário muito mais do que amar a escrita, do que ter a cabeça fervilhando de histórias: é necessário ser imune à desmotivação'. E, quem realmente quer ser escritor (ou tenta) sabe muito bem o que estas palavras representam, pois, quando se sente necessidade de publicar um livro - começa os entraves.

E na verdade, o que é estar escritor? Será que é circular no meu literário? Ter um conto, ou poesia, publicado em uma antologia? Ou, ainda - mais moderninho: ter um blog com textos de ficção (cartas, crônicas, contos e até romances) ou de poesia?

Antes de chegar às definições dos termos acima (ou pelo menos aproximar), vale lembrar que o escritor - pelo menos quem tenta intitular-ser de - deve, em primeira mão, ser leitor! E, segundo Jonas Lopes, 'o escritor é um leitor, antes de tudo. E o que é um leitor, senão um acúmulo de ideias conflitantes e/ou convergentes, um punhado de concordos e discordos que, fundidos, formam um quociente?'

E pensando um pouco, antes de voltar à temática deste texto, até há cursinhos para ser escritor - mas será que se 'forma' escritor? Concordo que há grupos de literatos preocupados com a perfeição do texto - excelente proposta! Aqui em Araçatuba há essa preocupação por parte da Academia Araçatubense de Letras através do Grupo Experimental. Então, 'formar' escritor é impossível - pelo menos do ponto de vista deste rabiscador.

Retomando, ser escritor é olhar o mundo com olhar diferente, é dizer o que já existe de forma diferente - 'o livro - um grande escritor não precisa inventá-lo, no sentido comum, pois ele já existe em cada um de nós, e sim traduzi-lo', citando Proust. E, estar escritor é descobrir o escritor que há (se há) dentro de si. E, ao longo do tempo, criar seu próprio estilo - e isso só acontece com o tempo - nada melhor que este para dizer se é, ou não, escritor.

Completando a ideia do texto: o melhor é ser e estar escritor. E, para colocar em prática, nada melhor que começar a escrever sobre o que o rodeia - pois só assim tem-se conhecimento sobre o que se escreve - e sem pairar dúvidas. A frase a seguir, de Guimarães Rosa, ilustra bem: 'Sou donde nasci'. Então, os melhores textos para tais situações iniciais sãs as crônicas - que alguns estudiosos consideram literariamente menor. Pense: você é um escritor, é um estar escritor, ou: você é e está escritor?

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 23/07/2011 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02. 

TER UMA FEZINHA (16/07/2011)

Ter uma fezinha - muito a se entender. Depende, também, de quem lê e com qual intenção se lê, aliás, tudo neste mundo depende das intenções. Ainda em tempo: por mais aprimoradas que se possam ser, sempre enxergarão algo que consideram contraditórias em nossas intenções.

Será que as pessoas param e pensam no que é ter fé? Há muitos tipos de fé - desde o crer em um Ser Superior - ou inverso (conforme o pacto de vida que se tem), até crer em nada, ou no dinheiro (na riqueza), ou ainda na própria capacidade de raciocínio, de inteligência, de sabedoria. E ter fé, assim penso, é crer em primeiro lugar na própria capacidade de um Ser Maior estar ao seu lado - se pensar sempre pelo lado cristão de ser, independente da religião que se segue.

Muitos têm fé num Ser Superior, num Ser Maior - pelo menos grande parcela da população. Ser Superior, Ser Maior - que muitos de nós chamamos de Deus - Deus Pai. Este Ser Superior, segundo a fé cristã, criou tudo que há no mundo - inclusive nós, os humanos. E, às vezes, esquecemos d'Ele. Melhor dizendo: lembramos d'Ele com maior frequência nas horas de aperto. E, relembrando os ensinamentos cristãos: ai de nós se assim não fizermos!

Outros, com citei acima, têm fé em algo perecível: a riqueza, por exemplo. Esta é perecível - não se carrega para o túmulo, ou para além-vida! Mas os que a possui, com raras exceções, se acham os melhores. Porém, deveriam, sim, aproveitá-la para se beneficiarem, mas sem exageros - usando uma frase pronta: acham que o dinheiro compra tudo. Acham, mas acham errado: compra 'quase' tudo. O 'quase' aparece sempre, a bem da verdade.

Além destas citadas acima, há muitos outros tipos de fé - inclusive alguns 'tipos' que são considerados ilegais. Opa! - diria o leitor. Quando falo assim, mudo o conteúdo do texto: refiro-me aos jogos - que datam sua tradição de muitos anos... E alguns jogadores dizem: Vou fazer uma fezinha - e lá vão eles às suas apostas.

Por parte do governo brasileiro, alguns jogos são considerados legais, outros não. Os legais, por assim dizer, são aqueles que, em primeiro lugar são reconhecidos pelo próprio governo e que destes são retirados certas quantias destinadas a algum benefício à população - como assistência a jogadores, por meios dos devidos comitês esportivos existentes. Ou ainda, mesmo que de certa forma estranha ao analisar, certas cartelas de sorteios também se incluem aqui. Os ilegais são aquelas apostas feitas irregularmente - sem reconhecimento governamental, como exemplo: o jogo dos bichos.

Se você, caro leitor, desconhece a origem do jogo dos bichos, pesquisando achei - segundo a Wikipédia: "o jogo do bicho é uma bolsa ilegal de apostas em números que representam animais e foi inventado em 1892, pelo barão João Batista Viana Drummond, fundador e proprietário do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, em Vila Isabel". Seguindo, explica-se ainda: "a fase de intensa especulação financeira e jogatina na na bolsa de valores nos primeiros anos da república brasileira imprimiu grave crise ao comércio e para estimular as vendas, os comerciantes instituíram sorteios de brindes; assim é que, querendo aumentar a frequência popular ao zoológico, o barão decidiu estipular um prêmio em dinheiro ao portador do bilhete de entrada que tivesse a figura do animal do dia, o qual era escolhido entre os 25 animais do zoológico e passava o dia inteiro encoberto com um pano, e tal pano somente era retirado no final do dia, revelando o animal do dia; posteriormente, os animais foram associados a séries numéricas da loteria e o jogo passou a ser praticado largamente fora do zoológico, a ponto de transformar a capital da república (de 1889 a 1960) na capital do jogo do bicho".

Finalizando, é sabido por todos que as tais 'fezinhas' são ilegais, mas - como diriam muitos: jogue a primeira pedra quem nunca fez (ou teve a curiosidade de fazer) - poucos salvariam, se é que se salvariam!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 16/07/2011 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.  

RECICLANDO IDEIAS (09/07/2011)

Você, caro leitor, já parou para pensar em reciclar ideias? Se não parou para pensar - mas que inconscientemente faz e ainda bem! - está na hora de parar e pensar que todas as ideias são, de certa forma, recicláveis.

Entramos num período de recesso escolar e muitos nesta época não querem nem ver as cores dos cadernos, livros ou apostilas, mas nem por isso deixo-me de dirigir a palavra aos estudantes - principalmente os estudantes do Ensino Médio, pois no final do ano participarão de vestibulares que, de certa forma, mudarão a maneira de viver: aliás, é uma escolha que, dificilmente, voltará atrás. Então, reciclar ideias faz parte do cotidiano do ser humano: talvez aquela imagem que nada é novo, mas que tudo é cópia - transformação, já se foi; talvez o termo melhor a se aplicar é reciclar.

Nós, seres humanos, somos recicladores de ideias. Aliás, o termo copiadores de ideias, como disse anteriormente, é ultrapassado - nos dias atuais é melhor dizer: reciclei a ideia de fulano - evita-se posteriores punições. Como humanos, estamos em todos os momentos olhando o nosso próximo e, às vezes, discordamos do que este faz, ou fez, e passamos a fazer de forma diferente - quase parecida - por isso passamos a reciclar.

Há algumas ideias que devem ser recicladas, ou seja: aproveitadas, mas com algumas restrições. Na área política, por exemplo, poucas ideias são dignas de serem reaproveitadas, mas não se pode descartar e dizer que não há o que reciclar. Há políticos que merecem o respeito, que possuem a dignidade de suas ideias serem recicladas - poucos, mas há - como em qualquer classe social - abrindo parênteses: hoje quase em extinção.

No setor educacional há bons profissionais que, de certa forma, vale a pena reciclar suas ideias. Eu, por exemplo, sempre tive em mente que determinados mestres deveriam ser imitados - deveriam ter suas ideias recicladas: e eu os imitei. Houve um mestre que me marcou profundamente pelo seu grau de conhecimento - e, de certa forma, por fazer-me ver o que realmente era a educação. Ele - como tantos outros que pela minha vida passaram, marcou pelo seu modo carrasco de ser. Nas primeiras aulas do Curso de Letras testou-me dizendo que não servia para tal profissão, que estava em área errada. Meio constrangido, retruquei e segui em frente - vendo que eu não desanimava, que era aquilo que eu realmente queria, começou a me incentivar e a passar os seus conhecimentos mais profundos. A minha persistência, somado ao conhecimento que o mestre passou-me - e os estudos posteriores, sou hoje um profissional realizado: que realmente gosta do que faz e que faz com dignidade.

Aprendi que quando lemos um livro, uma revista, um jornal, um material na internet há ideias. Estas ideias devem ser, de certa forma, analisadas. Se boas, aproveitadas - recicladas e colocadas em prática de maneira apropriada para momento.

Na sociedade há muitos a seguir. Há muitas ideias que devem ser seguidas - recicladas, reaproveitadas. Existem pessoas que promovem o bem sem olhar a quem - como diz o dito popular. Fazem pelo gosto de se sentirem realizadas. Estas, sem olhar o lado político que move o mundo - pois é sabido, como escrevi outro dia aqui neste espaço: há política em tudo que fazemos - sentem-se plenamente realizadas; sentem-se dignas de estar aqui neste mundo fazendo o bem.

Portanto, reciclar ideias é um termo que uso aqui no sentido olhar o outro - de olhar o próximo - e dele aproveitar o que há de bom, de atitude digna. E, aprendi ainda, que todo ser humano possui coisas boas - depende apenas do momento para pode colhê-las.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 09/07/2011 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.   

PASSAR PARA O OUTRO DIA (02/07/2011)

Outro dia... Realmente sempre estamos passando os nossos afazeres para o outro dia - pois nem sempre conseguimos tempo suficiente para realizarmos o que gostaríamos. Creio eu que, com certeza, os que já se foram de entre nós diriam que tempo lhes faltaram para cumprir tudo que gostariam de fazer; se um dia pudessem retornar para nos dizer, é claro!

E, pensando um pouco sobre isso, resolvi rabiscar as linhas a seguir. Será que realmente pensamos no amanhã? Se realmente pensarmos, não deixaríamos nada para o amanhã - que pode ser tarde! Mas deixamos sempre! Aliás, creio que é isso também, entre outras coisas, que move o ser humano.

Temos, quando criança, algumas metas a ser alcançadas. Metas estas que são, de certa forma, involuntárias: uma delas é crescer para ser logo um adolescente; quando adolescente, ser adulto - responsável pelos próprios atos. Depois, pensando um pouquinho mais longe, constituir família, amadurecer. E, bem depois, se possível, envelhecer - finalmente o que ninguém espera - mas que temos consciência, o fim de todos: a morte!

Falando nestas fases em outros dias - ser criança é a melhor coisa, a melhor fase: não tem malícia. São inocentes, de pureza e alegria no olhar. Quase tudo - quando bem educadas - lhe servem. E quando brigam umas com as outras, minutos depois estão novamente juntas! Que emocionante! - poderia acrescentar.

Esta criança crescida, quando adolescente, não sabe esperar pacientemente as ordens dos pais, dos mais velhos - quer atropelar a tudo e a todos - aliás, pais nessa época da vida só servem para ditar regras. São estes considerados chatos, não é mesmo? E quem trabalha com adolescente - como eu - sabe muito bem disso. Quanta teimosia que chega a gerar grandes irritações! E depois - nós, os mais velhos, somos tidos como culpados - que ironia!

Com um diploma na mão, adulto, tenta buscar a formação de uma família, quando não, muitos fazem antes do tempo - precocidade da mocidade! - formam lares e que pedimos a Deus que durem, se possível, para sempre, mas que haja amor - e não apenas o dever de estar juntos - talvez por causa dos filhos ou da própria família das partes envolvidas. E desses lares, filhos, e dos filhos, novos filhos, e o círculo estará sempre feito - e desde que o homem foi posto na Terra!

Pensando assim, analisando superficialmente, não deixe para o outro dia o que você pode fazer agora; não durma para o tempo passar: então vá viajar - se não puder ir, vá pelo menos em pensamentos, ou em boas leituras; vá curtir o sol nascer e se pôr - que é maravilhoso! Ver a lua no céu, ou coberta por densas nuvens - juntamente com as estrelas: paixão dos enamorados... Vá ser - ou pelo menos tentar - ser feliz momentaneamente!

E, para finalizar este pensamento, para buscar a felicidade: não fique remoendo coisas ruins, vire a página, como se costuma dizer - viva o momento em sua maior plenitude; reviva apenas as coisas boas - de resto, deixe passar, pois assim como vem o dia de chuva, passa, e no outro vem o sol - e torna a brilhar como se nada tivesse acontecido, assim é a vida.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 02/07/2011 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.    

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