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MÊS NOV 2012 - DIAS 10 - 17 - 24 (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

ESSA VIDA LITERÁRIA... (24/11/2012)

A vida nos apronta tantas coisas que, se pararmos para pensar quando certas coisas acontecem, acabamos desistindo. Mas a pensar sobre e, apesar de tudo, somos brasileiros - apesar de ser uma expressão pronta, mas de significado forte e válida pela garra que o nosso povo brasileiro tem -, não desistimos facilmente. A expressão nunca já é forçada.

Somos um povo sábio e, com tantas adversidades em nossa história, somos mais que vencedores. Queremos que o nosso passado fique bem distante e que lembranças amargas se percam no tempo. Não se vive de passado, mas nele se encontra a história, a história do povo brasileiro - a nossa história; é sabido. Coisas boas e ruins passaram a fazer parte da história que, muitas vezes, tentamos apagar, pois nos faz sofrer. Boas lembranças: faz-nos sorrir à toa, faz-nos voltar no tempo; lembranças ruins: tentamos apagar, mas... Mas - sempre o mas no meio do caminho - é sempre bom lembrar que não vivemos de passado, vivemos de lembranças. E queremos sempre ter boas lembranças.

A nossa história é rica - e em todos os sentidos, mesmo tendo quinhentos anos e uma década de história. Passamos por tentativas frustradas de repartir esta imensidão de terras em pedaços: talvez, se tivéssemos sofrido tal golpe, seríamos partes de pequenos países - mas ainda somos uma nação-continente: que bom! Passamos por colônia de Portugal, nossos exploradores, primeiro e segundo impérios - reinado, e república, a começar pelas repúblicas dos marechais, onde Minas Gerais, representando o leite, e São Paulo, representando o café, alternavam no poder - a conhecida república do café-com-leite; passamos pela república recheadas de golpes militares; passamos por reformas educacionais de peso - e outras que resultaram em fracassos fracassados, irreparáveis! Passamos, ao longo dos anos, por muitos assuntos interessantes que, pela pena do escritor, ficaram registrados: a literatura se encarregou plenamente de registrá-los. Nomes importantes se destacaram - e exemplo disso é o registro deixado pelo grande mestre Machado de Assis sobre a sociedade carioca. Ou, ainda, Monteiro Lobato registrando o interior do estado de São Paulo - o nosso caboclo.

Os anos se passaram, os textos registraram as épocas, registraram a sociedade e seus costumes. E no dia de hoje acontece a última reunião do ano marcando mais um ano de vitória dos confrades e confreiras da UBE - Núcleo de Araçatuba, sob a coordenação do confrade Antônio Luceni. Mesmo sendo um grupo pequeno, nacionalmente é conhecido pelo excelente papel que desenvolve na sociedade araçatubense e região. Vale destacar que muito do que se escreve hoje em breve será estudado e, como se pode esperar, passarão a conhecer a sociedade araçatubense através dos textos publicados pelo Núcleo através dos jornais locais e regionais, revistas, blogs e sites. E com pesar registramos a perda do escritor Hernâni Donato no último dia vinte e dois: um dos fundadores da UBE - União Brasileira de Escritores (17 de janeiro de 1958).

Vale deixar registrado que na noite de ontem, na Câmara Municipal, a Academia Araçatubense de Letras em ato solene, empossou o novo Presidente: o confrade Tito Damazo, que esta coluna na oportunidade parabeniza. Cidinha Baracat não aceitou ser reeleita. Fica também o registro de vinte anos de existência da Academia, tendo como primeiro presidente-fundador o professor Célio Pinheiro - grande mestre!.

Fechando estas linhas, sabemos que não pararemos de escrever - escrever para nós é uma arte que exercemos com gosto. Fecham-se as cortinas do ano, mas não olhar do escritor.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 24/11/2012 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.    

A PRODUÇÃO ESCRITA NÃO PARA (17/11/2012)

Como o mundo não para, a vida não para, logo, o registro desta também não pode parar. E, para que isso aconteça há ilustres cidadãos que se interessam em fazer este trabalho árduo e, por sinal, fazem de forma maravilhosa. E nestas poucas linhas deixarei o registro destes acontecimentos que as minhas retinas fadigadas presenciaram.

Mais um ano está chegando ao fim e, normalmente, as confraternizações passam a acontecer. E sempre é válido registrar - ainda mais sobre os que estão envolvidos diretamente na arte de escrever, seja esta em verso ou prosa.

No último dia catorze, à noite, na sede da Academia Araçatubense de Letras, aconteceu o encontro de despedida do Grupo Experimental e contou com a presença de ilustres senhores e senhoras que, através de seus escritos, deixam-nos o registro da sociedade araçatubense, deixam-nos o registro de suas imaginações através de suas histórias e deixam-nos o perfume do amor no ar com seus versos profundos e maravilhosos.

O evento contou com a presença da presidente da Academia Araçatubense de Letras, professora Cidinha Baracat - e, em uso da palavra, fez os agradecimentos e recitou o maravilhoso poema 'Fundo de Gaveta', com o Secretário de Cultura de Araçatuba, o acadêmico professor Hélio Consolaro - que também fez uso da palavra, e com a coordenadora do Grupo Experimental, Marianice Paupitz Nucera - que fez os seus agradecimentos e entregou em mãos dos presentes um DVD com os acontecimentos do ano e um acróstico personalizando a alma de cada um. O evento contou com a presença de muitos escritores que recitaram textos esplêndidos, além da presença do Grupo 'Amigos da Seresta', que deram o tom musical às vozes maravilhosas que se dispuseram a apresentar canções que nos deixaram saudades.

Não cito o nome de todos os presentes para não correr o risco de esquecer alguém - o que não seria nada agradável, por isso apenas a representação dos responsáveis nos seguimentos acima citados - mas fica registrado a presença maciça destes senhores e senhoras que estão preocupados em representar a nossa cidade no campo das letras. E, diga-se: Araçatuba está bem representada.

E, para fechar estas linhas, um pequeno comentário sobre a arte de escrever - e que todos os escritores devem ter em mente: - ao escrever pense sempre no que o outro pode achar do seu texto, logo, você precisa ser ótimo e original no que faz, e, se possível, sem erros; nunca escreva sobre o que não sabe, logo, a pesquisa é a melhor coisa a se fazer antes de escrever sobre qualquer assunto - domínio; sempre que puder comente com os amigos o que está escrevendo, ouça os comentários, os conselhos - tire deles o melhor proveito - confie em você, mas não totalmente; o seu texto, em verso ou prosa, é uma extensão de sua pessoa, logo, tem que ser o melhor - a busca da perfeição; inspiração ou transpiração? - acredito apenas na segunda - citando Drummond: 'Penetra surdamente no reino das palavras / Lá estão os poemas que esperam ser escritos'; nunca deixe para amanhã as tuas ideias, registre-as hoje no papel, no computador - ou até mesmo no guardanapo à mesa de um restaurante, antes que elas escapem; leve o seu trabalho à sério, busque a perfeição - você tomou nas mãos uma dádiva divina.

Assim, concluo estas linhas acreditando que o registro que o ser humano faz dos seus atos, dos atos da sociedade que pertence, é tudo que o olhar diferenciado proporcionado pelo Divino lhe trouxe - é uma dádiva. Inspiração, em parte, mas com dores no fazer palavras, palavras!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 17/11/2012 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.     

 CHUVAS NOS PASSEIOS (11/11/2012)

Todos nós queremos um dia de sol quando nos dirigimos à praia. E, quando isso não acontece, certamente ficamos desapontados - e outros até reclamam da sorte, soltam palavras desagradáveis - o que não adianta em nada.

Creio que viajar para perto ou para longe, o que todos querem é diversão, entretenimento e a chuva, num dia tão aguardado como o de uma viagem, vem para atrapalhar - pelo menos a grande maioria acha. Mas, como diz o velho ditado: não sabemos o que queremos, reclamamos, até nos indignamos, mas o Criador sabe o que faz, sabe o que é melhor para cada um de seus filhos. Além de saber o que a Terra está precisando.

Referindo-me às palavras citadas no primeiro parágrafo, na última quinta-feira passei por isso - aliás, passamos por isso. Quando digo passamos refiro-me aos alunos e a professores que os acompanhavam de três escolas aqui da cidade de Araçatuba, entre elas a escola Paraisão - onde exerço parte de minha profissão. É meio constrangedor.

Já passei por isso há alguns anos quando estava em férias na belíssima cidade de Florianópolis - e ainda bem que foi somente num período: após o almoço do dia em que retornaríamos à nossa cidade. E fiquei a pensar que, se naquela ocasião fora complicado, desagradável - e já tínhamos curtido cinco dias de sol e praia, imaginem para uma turma de quase cento e cinquenta alunos? E destes, creio que menos de cinco por cento já tiveram acesso ao passeio de barco num belíssimo rio Tietê.

No início, apenas aquela garoa fina - mas que certamente quebrou a expectativa dos viajantes, mas que foi recompensado por explicações sobre o rio Tietê, seguidas de músicas que empolgavam e fazia todos caírem na dança. Não muito depois, a chuva passou de garoa para um pouca mais pesada - sem muitos exageros, é claro, mas que não deixava enxuto quem acessasse o terceiro piso - mesmo com alguns teimosos não esquentando muito para ela.

A hora foi passando, a viagem seguindo, as músicas rolando, todos dançando e nada do astro maior aparecer. Lentamente, bem mais tarde, após o almoço, deu seu ar de graça - e não muito alegre. Aí sim, paramos numa pequena praia e o foi pura diversão aos presentes.

Passando por tudo isso, somente uma pessoa de mau humor pode dizer que as chuvas em passeios são bem-vindas. Não podemos fazer nada, sabemos disso, mas sempre vamos torcer para que tudo acabe em um belo pôr-do-sol, não é mesmo? Somos adultos e pensamos assim, fiquei pensando nos pequenos - ainda bem que o homem ainda tem fé. Outro ponto que chamou a minha atenção: não deram tanto trabalho como eu estava a imaginar. Em sala de aula muitos dos que foram são adolescentes indisciplinados, que não gostam de fazer as atividades - e lá, até que se portaram muito bem.

Fico muitas vezes a imaginar: como estes jovens de hoje, que serão profissionais amanhã, nos atenderão? E, no noticiário da tevê, na noite de quinta-feira: pacote federal diz que a criança tem que ser alfabetizada até os oito anos. Interessante: citaram a família - acordaram! Muito dinheiro aplicado: parte para a formação de professores, parte para adquirir livros, mas - e o piso do profissional: nada? Aliás, é o Brasil, o nosso país foi defendido que só é possível construí-lo com boa qualificação profissional, mas... - todos precisam manter-se melhor!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 11/11/2012 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.      

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