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MÊS JUN 2014 - DIAS 07 - 14 - 21 - 28 (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

PÉROLAS SE ATRAEM (28/06/2014)

As pessoas se atraem. E se atraem não pelo que elas são, ou tentam ser, mas por serem profundas e insondáveis - são, também, misteriosas. E muitas são misteriosas ao extremo. E os extremos - como costumam dizer, podem se atrair.

Às vezes são inacessíveis, silenciosas, vivem de forma experimental: às vezes em busca de luz - que, por algumas teorias, o ser humano é um ser de luz e por isso busca luz; às vezes não, pressionado, fraco, pende para o outro lado. Às vezes em profundas fantasias fantasiosas - talvez em busca da plenitude da liberdade para sobreviverem.

Atração pode acontecer por vários motivos, começando desde um simples olhar até por conhecimentos e afinidades - sem falar nas admirações que o senhor Destino pode simplesmente proporcionar - a interferência do Cosmo, pelo menos para quem acredita.

Esse mesmo Cosmo, para quem nele acredita, de certa forma e através de elementos mais próximos, interfere ensaiando, aos mortais, a angústia - que ao mesmo tempo proporciona busca de saídas, mas também sufoca. Cria-se uma linha fina entre os extremos.

A atração traz, será, felicidade? Ou, será que existe alguém plenamente feliz? Ou, ainda, quem a alcançou viveu sem a procurá-la? (Foi um simples contemplado - sortudo?) Parcialmente sabemos que passamos momentos felizes - e não há felicidade plena. A vida não deve passar em silêncio, mas com pretensão de glórias para sobreviver às adversidades do meio.

Sendo pérolas, são seres maravilhosos - seres que podem ser atraídos - talvez como ímãs. Mas às vezes notamos que seres iluminados - ou com potencial iluminação, se afeiçoam dos seres menos favorecidos neste quesito. Será o auxílio ao próximo que tanto as religiões pregam? Ou, os extremos se atraem - como citei acima?

As profundezas de cada ser, assim como os abismos, são insondáveis, quase que impenetráveis. E, por forças do senhor Destino, alguns começam a tentar buscar o que o outro ser tem - indiferente da sexualidade. E nesta busca imaginam estar se completando - apoiado às vezes em filosofias difíceis de serem comprovadas. Mas, na verdade, buscam marcas no outro para se espelharem e passarem do ter ao pleno exercício do ser.

É sabido que muitos estudiosos, filósofos, teólogos, entre outros, buscam algo que venha completar a existência do ser humano. As mais diversas religiões criaram Seres Superiores que o homem deve ser submisso - até ai sem problema (acredito eu), mas o que dói é a ignorância de alguns ao tentar fazer seguidores submissos a si. (Contra no sentido de aproveitar da falta de conhecimento do outro.) Os filósofos buscam em seu mais íntimo conhecimento frases que tentam explicar a existência humana - até quando? E os estudiosos, de maneira geral, tentam a partir de suas visões de mundo explicar o próprio mundo - logo, todos estão num balaio só!

E fechando estas pérolas sobre as pérolas que somos, fica uma imensa lacuna - creio eu - em cada cabeça (por isso que dizem que em cada cabeça há uma sentença): quando sentiremos totalmente realizados - a plenitude da felicidade? Talvez, digo eu, aqui na Terra nunca, mas se crermos em Seres Superiores - pois como diz que só o amor e a fé são capazes de todas as realizações, alcançaremos a plenitude de nosso ser e seremos plenamente felizes - talvez ainda demore um pouco, pois ainda somos pobres mortais!

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 28/06/2014 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.      

SOFREMOS MUITO, POR QUÊ? (21/05/2014)

Estamos numa época do ano que provavelmente há mais pessoas sofrendo do que nos meses anteriores e posteriores - é uma afirmativa possivelmente duvidosa, pode pensar o leitor. Mas, a partir do meu ponto de vista, vou tentar colocá-lo a par da minha afirmativa e convencê-lo de que é verdade - e não uma mera hipótese.

Muitos dizem que há loucos para tudo - e eu possivelmente posso ser analisado como um quando aponto que o sofrimento nos meses de junho e julho vai ser maior que os outros - refiro-me a este ano. O meu ponto de partida é a Copa do Mundo. Imaginem o sofrimento dos derrotados... Imaginou? Pois bem, imaginar não é tão difícil quando paramos diante da televisão e observamos os rostos dos torcedores, dos jogadores, dos técnicos, da comissão técnica. Agora, fora daquele cenário, você pode imaginar quantas pessoas estão envolvidas em suas respectivas casas e 'brigando' com a tevê?

Logo, tendo em vista a proporção do espetáculo, nota-se que o sofrimento aumenta em todo o mundo. É uma disputa, e algumas vezes desleal, por apenas um lugar - o primeiro lugar, o lugar mais alto do pódio. É o levantar de um troféu que levou meses para ser alcançado, ou seja, um processo de classificação em seus respectivos continentes (ou áreas de atuação, segundo as normas da Fifa) e depois a conquista de sete jogos, sendo que a partir do quarto jogo não há segunda chance - segunda chance constitui a eliminação do campeonato - possivelmente visto como fracasso.

Partindo deste ponto de vista, querendo ou não, sofremos. Alguns podem dizer que não sofrerão nada se o Brasil não conquistar o título tão sonhado. Podem afirmar que não sofrerão, mas lá dentro, no seu íntimo, na sua parte mais obscura e super-hiper-mega pessoal gostariam de ver a nação em que moram campeã. E não adianta dizer que, ganhar ou perder, não interferirá em nada. Sabemos que, de um modo ou de outro, interferirá sim. É o mesmo que dizem quando acontecem campanhas políticas e se mostram indiferentes - mas sabem que, mais cedo ou mais tarde, influenciará no seu dia a dia. São as escolhas que, posteriormente, não poderão ser reclamadas se não lutaram para que elas acontecessem de forma diferente. São políticas de escolhas.

Logo, voltando ao ponto de que estamos sofrendo - e muito, não estou sendo falso em afirmar. A humanidade, de forma geral, sofre. O emocional, de muitos, passa a não funcionar direito. Passam a acusar aqueles que estão dentro das quatro linhas e que não conseguiram concretizar as expectativas de quem está pelo lado de fora, mas que acreditou no possível potencial de quem está lá dentro. E acusam de forma desleal - como temos caso de que vidas foram perdidas por causa de uma bola.
E muitos podem pensar de forma diferente - em outros sofrimentos. Claro que há outros sofrimentos, como: físico, mental e religioso - ou todos misturados. E se pensarmos em tudo isso, e tudo misturado, sofremos ainda mais nessa época porque procuramos saídas - e nem sempre as saídas estão à mostra, ou são possíveis. Às vezes procuramos cura para os nossos sofrimentos carnais e não encontramos a tempo; às vezes nos apoiamos em teses para nossa cura mental e não conseguimos resultados satisfatórios; e, por último, tentamos saídas através das religiões e nem sempre nos sentimos bem com os resultados. Então, o que fazer? Creio que o resultado de tudo e tão simples quanto lembrar a mitologia: desde que a caixinha de Pandora fora aberta, a humanidade não se livrou mais dos males.

E até o próximo dia treze de julho o sofrimento está pairando sobre as nossas cabeças e de forma um pouco mais acentuada - e não adianta reclamar, temos que passar por ela e, quando terminada, positivamente ou não, lembraremos que tudo já passou e outras virão, e passarão também.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 21/06/2014 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.       

PROTESTAR PACIFICAMENTE (14/05/2014)

Hoje tenho muito a escrever, desde simples protestos pessoais a protestos que envolvem, de certa forma, a população brasileira - incluo-me. E sobre este último abordarei de forma generalizada dado o espaço disponível que tenho. E creio que não será diferente para o leitor que realmente está empenhado em conhecer um pouco do que se vive em seu país de grandes dimensões e que venceu a primeira das sete batalhas da bola: três a um sobre a Croácia.

O meu primeiro protesto vai contra a Companhia de Energia Elétrica que parou de fornecer a energia em pleno jogo do Brasil contra a Croácia - aproximadamente por vinte minutos: o suficiente para não ver o Brasil levar o primeiro gol, mas acompanhei através do rádio do carro - ainda bem que tem bateria! No segundo gol - empate - já vi na telinha. Aliás, pra dizer a verdade: o Brasil marcou quatro gols, apesar de um ser contra.

Continuando em clima de Copa do Mundo, os brasileiros têm que acordar que uma das formas de protesto vem após a o mundial - as eleições. Votar corretamente! Temos que lembrar que no momento não há o que fazer e os jogos acontecerão. Temos que lembrar que o povo brasileiro é festeiro, que gosta de futebol, e não é de hoje - mas desde quando chegou a bola em nossa terra, se assim pode-se dizer - era o ano de 1894 quando Charles Miller retornou da Inglaterra e trouxe uma bola na bagagem e um conjunto de regras. E no ano seguinte, no dia 15 de abril, aconteceu a primeira partida entre os funcionários da Companhia de Gás contra os funcionários da Companhia Ferroviária São Paulo Railway.

Voltando aos protestos, é sabido que há muito a fazer em termos de situações e situações aqui em nossa terra - ao enumerar teremos muito a falar - entre as situações: saúde, educação, segurança, transporte e se encherá a folha (mas creio que também aconteceu nas outras nações por onde a Copa aconteceu). Mas de que adianta tantas enumerações se, ao chegar às urnas, o povo vota sempre nos mesmos cidadãos? E, ainda: vale lembrar que os protestos são tão poucos frente ao número da população existente num país como o Brasil.

Creio que o maior desafio está por vir - é conscientizar o povo que votar é necessário - não por obrigação, mas por necessidade de mudar. Só se muda o futuro fazendo o presente diferente. Não adianta dizer que estamos em épocas diferentes - no passado também existia corrupção, mas quando o povo se juntava, havia força, havia mudança. E a mudança se faz com pessoas que possuem o mínimo de conhecimento - mas quem diz que querem dar conhecimento ao povo? Povo com conhecimento - muitos fora do poder. Aliás, poucos pensam no conhecimento que o povo tem que ter - mas vale dizer que o discurso é maravilhoso, que indica mudanças, mas logo depois tudo não passa de plano de governo engavetado, e sabe por quê? Exatamente porque ninguém volta aos eleitos e os cobram (ou poucos - mas deve pouquíssimos que não os incomoda).

O melhor agora a fazer é pregar a paz, pregar o amor, pregar a união - se unirmos, se o povo brasileiro se unir, não há quem o segure. Mas é um trabalho de, vamos dizer, formiguinha. Alertar é o momento - e principalmente os menos favorecidos. Estes, os menos favorecidos, precisam de amparo e, por precisarem, deixam ser levados por lábios enganosos cheios de vás promessas.

Então, e fechando estas linhas, os mais entendidos do assunto devem sair às ruas e pregar a boa palavra - aquela palavra que exorta os menos favorecidos a não acreditarem em vãs palavras, mas que busquem fundamentos em ações concretas, em ações que poderão ser realizadas - e, principalmente, verificar a procedência das promessas. 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 14/06/2014 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.        

ELES ESTÃO CHEGANDO (07/05/2014)

Creio que ao ler o título deste texto você deve ter pensando inúmeras coisas, inúmeros assuntos - talvez, dentre as coisas e assuntos que você pensou, estão as que vou abordar aqui. Se não estiver, nossas mentes não estão em consonância - o que, de certa forma, melhor ainda, pois você pode enviar o assunto e poderei pensar sobre ele e escrever nas próximas semanas.

Os assuntos que abordarei aqui referem, neste ano, a mesma data: o Dia dos Namorados e a abertura da Copa do Mundo. Mas a pergunta principal - ou, o assunto principal é: o que esperar destas datas? Ou, o que esperar dos envolvidos nesta data que, de certa forma, é especial? E, não deixando do lado a mídia, aproveitando a deixa, por que não trocar o dia? É bom lembrar que o dia dos namorados refere-se ao dia da morte de São Valentim, que ocorreu no dia doze de fevereiro.

Logo, abordando um de cada vez - namoro. Fiquei pensando nos enamorados da vida: paixões e mais paixões, amores e mais amores - e o tempo passa para muitos casais que, entre brigas e discussões, rompem meio século, ou mais, lado a lado. A exemplificar tal relacionamento, cito o meu sogro e a minha sogra: na última sexta-feira completaram cinquenta anos de casados e trocaram alianças. E aproveitando a oportunidade - parabenizo-os!

Mas namoro é coisa séria, ainda mais quando se passa algum tempo e o senhor Tempo converte em um grande amor. Discussões aparecem, cobranças também, expectativas de dias melhores sempre estão em mente e assim os dias passam e o relacionamento vai ficando cada dia mais profundo ao passo de, mesmo com os problemas que aparecem, a necessidade de estar junto é maior (se é assim que posso dizer). O querer estar ao lado de alguém que ama passa a ser maior que tudo. Passa a superar tudo - mesmo com as discussões (pois, se deve ter em mente que a vida a dois não é nada fácil!). Então, esperar o amor realmente acontecer é uma grande dádiva que poucos conhecem - mas vale a pena deixar acontecer (mesmo que as cobranças apareçam).

O outro fato é a Copa do Mundo - abertura dia doze e o Brasil despontando verdadeiramente nos gramados - é isto que esperamos, é o que desejamos. Sabemos de todos os problemas que a nação brasileira vive, sabemos dos sofrimentos que o povo passa, mas também sabemos que este povo que sofre, que grita, que pede por socorro, também quer vibrar patrioticamente naquele momento em que a pátria vestir as chuteiras e correr atrás para sagrar-se campeã.

Falar de Copa do Mundo é fácil, mas falar do povo que a sustenta não é. O povo que a sustenta sofre de desejo. De desejo de vê-la florescer. Florescer sem corrupção. Florescer com educação, com emprego digno, com moradia satisfatória, com segurança - entre outros itens que poderia encher esta coluna. Mas o momento pede precaução.

Colocar a Copa do Mundo no centro da folha, no centro das atenções não é difícil, ao passo que evidencia este fato, se encobre muito outros que deveriam também ser priorizados. Mas o povo também precisa de diversão. Aliás, o povo precisa de pão - mas do pão que enche a alma, que enobrece o espírito tornando-o empreendedor.

Fechando, o povo precisa de muitas paixões. A paixão pelo outro, pela outra. E também pelo futebol. Ambas, neste ano, acontecem simbolicamente no mesmo momento - digo simbolicamente porque sabemos que deve ser todo dia, mas o dia é marco. E, neste próximo dia doze esperamos comemorar os dois de forma significativa, guardando para cada um a sua devida proporção, o seu devido merecimento. 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 07/06/2014 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.         

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