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MÊS JUL 2015 - DIAS 04 - 11 - 18 - 25 (Textos publicados na minha Coluna 'ESCREVER... É ARTE'.)

A PAIXÃO E A VIDA (25/07/2015)

A paixão é algo estranho - ou estou errado? E a vida, o que é? É uma paixão também estranha que temos que cultivar pelos dias que nos é dado aqui neste pedaço de chão. Logo, ambas andam juntas, temos que conviver com ambas da melhor forma possível.

Como andam juntas, terei que escrever sobre as duas juntas - sobre paixão e vida, sobre vida e paixão. Ou, do meu ponto de vista estarei falando sobre situações desconexas. E eu acredito que o ser humano é posto na Terra com paixões a serem vividas.

Alguns - nem sei se acreditam ou não, vivem várias paixões. Algumas mais e outras menos intensas - mas o importante é vivê-las. E não vivê-las em vãos momentos, mas de mente aberta, de coração aberto. A vida é curta e há muitos motivos para curtir cada momento, cada paixão.

Estou aqui a escrever este pequeno texto e recebo a notícia da morte de uma jovem que dei aulas durante alguns anos: Fernanda Puelcher, 22 anos apenas - manhã de quinta-feira. Viveu uma vida curta, uma paixão pequena - mas viveu! E, como citei acima - uns mais, outros menos.

E paixões - entendo eu - não se trata apenas do relacionamento humano - ou seja, do relacionamento entre pessoas. Acredito que paixão se pode ter por várias coisas, inclusive pelo que se faz na e durante a vida. Um exemplo pessoal: uma das minhas paixões é estar entre os jovens, ensinando-os. Outra paixão que tenho é sobre o ato da escrita.

Ensinar é compartilhar o seu aprendizado com outros. É distribuir o que se sabe a outros - e muitos não conseguem pensar assim. E há quem pensa de modo diferente. Mas prefiro ficar na situação que ensinar é ao mesmo tempo aprender. Ou, apreender.

Sempre gosto de ilustrar meus textos com pedaços de canções - até a minha mãe disse que o da semana passada estava recheado de palavras que ela desconhece: tratava-se do inglês. Mas, algumas canções em outras línguas retratam bem certos assuntos que abordo - e o da semana passada era sobre correspondências que inspiraram grandes canções.

Para o de hoje escolhi algumas canções que retratam bem o que é a paixão. Refiro-me à paixão do ser humano - nem vou dizer do homem pela mulher, pois estaria assim fazendo e trazendo polêmica. Logo, uso o termo ser humano.

A canção Doce Paixão, interpretado por Babado Novo, diz: 'Toda vez que eu te vejo / O meu coração dispara / Perco a fala quando você está perto. / Se você me pede um beijo / Fico louca de desejo / Eu viajo ao paraíso / Vou de carona na luz dos teus olhos / Te quero tanto / A verdade é que... // Seu amor, é a minha cura / É doce paixão / Ninguém segura...' - quer cura melhor que a doce paixão?

Outra canção que também é interessante para pensar sobre o que é a paixão: Como eu te amo, da banda Moleca 100 Vergonha, que diz 'Como eu te amo, como eu te quero / Não consigo te tirar do pensamento / Como eu te amo, como eu te quero / Não consigo te esquecer um só momento // Nunca imaginei, que um dia fosse encontrar / Alguém como você em minha vida / Tudo que sonhei, você assim me entregou / Deixou no coração acesa a chama, desse amor // Foi assim, que eu me apaixonei e me entreguei nos seus braços / Foi você, que me fez sonhar e me entregou os seus sonhos' - e então, o que é a paixão?

E, para terminar, nada melhor que a canção A paixão me Pegou, interpretada pelo Grupo Revelação: 'Quando eu te vi pela primeira vez / Me encantei com o seu jeitinho de ser / Seu olhar tão lindo me fez viajar / Vi no seu sorriso imenso mar // (...) Já tentei não dá pra esconder / O amor que sinto por você / É luz, desejo, encanto e sedução / Ardente como a fúria de um vulcão // A paixão me pegou, tentei escapar não consegui / Nas grades do meu coração, sem querer eu te prendi' - e assim o ser humano faz... E assim a vida acontece.

É válido lembrar que muitas vezes o Cupido - aquele que anda de asas abertas, sorrindo e cheio de flechas querendo converter tudo em amor - então, ele às vezes cerca-nos, flecha-nos e ficamos assim: apaixonados. Depois: enamorados; e quem sabe, talvez, para sempre! 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 25/07/2015 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.   

SUA CORRESPONDÊNCIA NÃO CHEGOU? SEU AMIGO-ESCRITOR NÃO ENVIOU? (18/07/2015)

A sua correspondência ainda não chegou? E você não tem noção dos motivos dos atrasos - ou, você conhece como tudo isso, o envio das correspondências, chega a sua casa? Ou, será que alguém as abriu e com ela compôs belíssimas canções?

Então vamos a uma pequena história. A Instituição Correios foi criada em 1663, mas só começou a entregar as correspondências a partir de 1835 - e já se foram cento e oitenta anos de trabalho. E, durante este tempo muitas coisas mudaram, inclusive o modo de as pessoas se comunicarem. Fico a imaginar o tempo em que se gastava para uma correspondência chegar ao seu devido destino - aliás, muitas famílias sabiam da morte de seus familiares meses depois - bem depois mesmo! Hoje: instantânea! Quanta mudança em tão pouco tempo!

E vale lembrar que os serviços prestados pelos Correios não abrangem apenas as cartas - as tão sonhadas cartas que os 'colecionadores' tanto esperam ao final de cada dia, mas também tem uma grande função comercial - correspondências bancárias, ou educativas - as revistas, entre outros serviços.

Mas vale citar que, com toda a modernização que a tecnologia traz, inclusive nos serviços prestados pelos Correios, há quem se preocupe com ato de trocar cartas - como os clubes de correspondências, os clubes filatélicos (colecionadores de selos - e hoje no mundo contam com mais de 40 milhões de adeptos). E, para curiosidade, pesquisei: o Brasil foi o segundo país no mundo a emitir o selo, datando de 1843 - o 'Olho de boi'; a Inglaterra foi a primeira, em 1840.

Retornando ao nosso tema - você já parou para pensar qual a diferença que uma correspondência pode fazer em sua vida? Ou, quando alguém recebe uma correspondência enviada por você? Principalmente, por exemplo, se for uma criança, ou uma pessoa de idade? Ah, e tem mais: quando você escreve para uma pessoa desconhecida, além da expectativa da resposta, fica-se na curiosidade de saber como esta pessoa é...

Quando falamos em carta, estamos falando em escrever. E temos alguns escritores de peso na Literatura, tanta de nível internacional como nacional. Vale citar, aqui no Brasil, as cartas trocadas entre Mário de Andrade e Fernando Sabino, entre Mário de Andrade e Manoel Bandeira - onde até declara a sua escolha sexual. Numa das cartas de Mario a Sabino, o primeiro propõe ao segundo que encurte o nome - pois só assim pegaria legal para um cidadão que pretende ser escritor de carteirinha.

Algumas músicas estão, ou estiveram nas paradas de sucesso, e foram inspiradas pela troca de correspondência. Em 1960: 'Sealed with a kiss' (The Four Voices): "Though we've got tosay goodbye for the Summer / Darling, I promise you this / I'll send you all my love / Every day in a letter sealed with a kiss' ('Embora tenhamos dito adeus no verão / Querida, eu te prometo / Que eu mandarei meu amor todo dia numa carta / Selada com um beijo'). Uma nacional: 'Cartas', de 1990, com o grupo Roupa Nova; 'A Carta', de 1992, com interpretação de Erasmo Carlos: 'Escrevo-te / Estas mal traçadas linhas / Meu amor! / Porque veio a saudade / Visitar meu coração / Espero que desculpes / Os meus errinhos por favor / Nas frases desta carta / Que é uma prova de afeição... // Talvez tu não a leias / Mas quem sabe até darás / Resposta imediata / Me chamando de "Meu Bem" / Porém o que me importa / É confessar-te uma vez mais / Não sei amar na vida / Mais ninguém...'; ou 'Cartas de Amor', em 1984, com o rei Roberto Carlos - uma versão de 'Love Letters', de Victor Young e Edward Heyman, de 1945; e para finalizar vale citar 'Uma carta', de 2001, de LS Jack - que onde o eu lírico diz que colocou uma carta de solidão em uma garrafa e pede que salvem o seu coração: 'Coloquei uma carta numa velha garrafa / mas uma carta de solidão / coloquei uma carta, um pedido da alma / salvem meu coração...'.

E aqui fica o registro e um convite: dia 11 de agosto, às 19h30, palestra a ser ministrada por este que manuseia esta pena, na Academia Araçatubense de Letras - abordando o assunto em questão aqui tratado. E peça a sua carta! 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 18/07/2015 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.

HÁ VINTE E CINCO ANOS (11/07/2015)

Então, como a canção diz: o tempo realmente não para. E há vinte e cinco anos partia desta terra um grande poeta - como foi conhecido no meio artístico: Cazuza - Agenor de Miranda Araújo Neto (04 de abril de 1958 / 07 de julho de 1990). E em suas canções podemos ver uma verdadeira alma de poeta. Participou do Grupo Barão Vermelho - primeiro disco em 1982, e seguiu carreira solo a partir de 1985.

Para quem não o conheceu, Cazuza foi cantor, compositor, poeta. Vocalista e principal letrista da Banda Barão Vermelho, deixou-nos um legado que - penso eu, está bem longe de ser alcançado. E muitos dizem (polêmico): que os jovens de hoje deveriam esquecer um pouco o sertanejo, o funk, e ouvir Cazuza (nada contra os ritmos citados). Estou de acordo - pois suas canções, em parceria com Roberto Frejat - entre outros, foram e sempre serão de pensar sobre a vida. Canções que carregam bons conteúdos, se pensadas e executadas, bons resultados podem ser colhidos.

Sempre que posso ouço as belas canções que ele deixou. E uma delas - 'O tempo não para' - somente para não correr na direção errada: 'Disparo contra o sol / Sou forte, sou por acaso / Minha metralhadora cheia de mágoas / Eu sou o cara / Cansado de correr / Na direção contrária / Sem pódio de chegada ou beijo de namorada / Eu sou mais um cara // Mas se você achar / Que eu tô derrotado / Saiba que ainda estão rolando os dados / Porque o tempo, o tempo não para' - realmente: podem pensar, mas ainda as coisas estão rolando. E vou mais: 'Dias sim, dias não / eu vou sobrevivendo sem um arranhão / Da caridade de quem me detesta' - é a vida! Sobrevivência do mais forte!

Mas não para por ai - seguindo as suas canções, vou levando a vida com a minha Ideologia: 'Meu partido / É um coração partido / E as ilusões estão todas perdidas / Os meus sonhos foram todos vendidos / Tão barato que eu nem acredito / Eu nem acredito'. E, acrescentando: 'Meus heróis morreram de overdose / Meus inimigos estão no poder / Ideologia / Eu quero uma pra viver / Ideologia / eu quero uma pra viver'. E qual ser á a ideologia dos jovens de hoje? Será que sabem o que significa a palavra? E a palavra em suas respectivas vidas?

Enquanto pensam, se conseguiram chegar até este ponto do texto, passo para outra canção que curto muito - Exagerado. Salve algumas linhas, sou totalmente um exagerado, que me jogo aos pés da amada - e na maioria das vezes não me dou bem! Não sei se é de rir ou de chorar - '(...) Exagerado / Jogado aos teus pés / Eu sou mesmo exagerado / Adoro um amor inventado / Que por você eu largo tudo / Carreira, dinheiro, canudo / Até nas coisas mais banais / Pra mim é tudo ou nunca mais'. E você - já pensou em largar tudo por um grande amor? E sabe pra quê?

Pro dia nascer feliz - isso mesmo! '(...) Todo dia é dia / E tudo em nome do amor / Essa é a vida que eu quis / Procurando vaga / Uma hora aqui, outra ali / No vai e vem dos teus quadris // (...) // Pro dia nascer feliz / Essa é a vida que eu quis / O mundo inteiro acordar / E a gente dormi' - quer melhor que isso? É a vida que eu quis, quero.

Creio que, se parar por aqui, todos que passaram por esta época vão lembrar e curtir muito ao relembrar cada canção - independente das ideologias que seguem. Aqui ressalto o fazer poético e, aos que amam as melodias, soma-se ainda mais. E - de uma vez por toda, encerro com uma canção que mexe com tudo: Burguesia! E sem muitos comentários (deixo os comentários aos leitores): 'A burguesia fede / A burguesia quer ficar rica / enquanto houver burguesia / Não vai haver poesia'. 

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 11/07/2015 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02. 

CRISES E MAIS CRISES (04/07/2015)

Perfeição? Longe disso! Longe de se pensar nesta situação. A situação hoje é outra: crises para todos os lados. E as crises atingem os mais variados setores de nossa sociedade e, consequentemente, atingem os lares.

Logo, surge a pergunta: o que fazer? Praticamente pouca coisa se pode fazer, mas o primeiro passo é tentar evitá-la. Sempre a prevenção é a melhor situação. Por todos os lados há panfletos e mais panfletos abordando os mais diversos tipos de crises - principalmente voltados para o público adolescente.

Entre as crises, começo pela econômica. A esta todos estão sujeitos, pois independente, de certa forma, do nosso querer - mas, indiretamente: pois votamos nos que estão tomando as decisões políticas e econômicas de nosso país (e não adianta falar que não votou, pois o voto da maioria vence e estamos num sistema democrático).

Agora, pelo lado humano - o que mais interessa neste texto: há jovens seguindo caminhos errados e pagam um preço muito alto - com a própria vida. Começam num pequeno cigarrinho e logo passam a uso de entorpecentes mais pesados, como o crack ou algo mais. E uma coisa força a outra, uma ação força a outra, e logo a situação está irreversível. Por isso é necessário o acompanhamento dos pais cada vez mais perto e, alguém de fora também pode agir (às vezes até de forma sigilosa: discando 181 - Disque Denúncia: Tráfico e Uso de Drogas).

E vale lembrar que o crack age muito rápido. O usuário aspira a fumaça do cachimbo e de oito a doze segundos chega ao cérebro e já provoca intensa euforia e autoconfiança. Tal sensação persiste por cinco a dez minutos (diferente, por exemplo, da cocaína em pó que leva de dez a quinze minutos para começar a fazer o efeito). Assim, o usuário chega a fumar de 20 a 30 pedras por dia... E, para sustentar o vício, acaba vendendo coisas/bens da família. E pior ainda: começa a cometer crimes. Terrível a situação - por isso, vigiemos nossos jovens!

Ainda sobre o crack, vale dizer que este corta o apetite e o sono do usuário - pois fica dependente direto da droga. Assim, fica definitivamente vulnerável à entrada de doenças, como pneumonia e tuberculose - além de atacar diretamente o coração: aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Provoca, também, lesões no cérebro (causando deficiência de memória). Quando é uma adolescente grávida: prejudica o feto, como atraso no crescimento intrauterino e parto prematuro, além de problemas comportamentais e afetivos. E, a soma de tudo isso é a morte - não só por doenças - citadas acima, mas as estatísticas mostram que o maior problema de morte está por dívidas com os traficantes.

Ainda sobre jovens, alguns não conseguem se identificar - crise de identidade, como dizem os mais estudiosos. Olham-se no espelho e não se encontram - a imagem que enxergam não parece ser real. Colocam defeito em todo o seu ser - dos pés à cabeça. E o pior, e sabemos muito bem disso, é o interior: este é mais complicado ainda! Principalmente para aqueles e aquelas que possuem questões referentes à sexualidade, ainda mais numa sociedade em que vivemos, pois esta tem uma boa parte que é preconceituosa, que não sabe distinguir a mão direita da esquerda, falando em parábolas, mas apontam os outros (mas se olharem para dentro de si não vão se encontrar, ou, encontrarão um enorme buraco negro! - mas tentam julgar os outros).

Também há outras crises, como as conjugais - e nem sempre são possíveis de serem resolvidas. Os mais velhos sempre diziam que em briga de marido e mulher ninguém deve meter a colher. Verdade ou não, mas quem está de fora sempre tem um olhar diferente - sempre que possível uma ajudazinha é bem-vinda, mas nem sempre apresentam bons resultados. Às vezes, até pessoas de influência religiosa tentam ajudar, mas - como citei acima, nem sempre acaba num bom resultado. Temos apenas a lamentar.

E poderia continuar aqui falando de outras crises, como as religiosas, as territoriais - entre outras, mas o espaço é este: o suficiente para não deixar nenhum leitor cansado! Então, vamos olhar para dentro de nós e nos encontrar; vamos praticar a prevenção, pois esta ainda é o melhor remédio.

Prof. Pedro César Alves - Publicado em 04/07/2015 - em O LIBERAL REGIONAL, Caderno ETC, p. 02.  

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